Este trabalho teve o objetivo de descrever a evolução da publicação mundial de relatórios de sustentabilidade organizacionais, com base nos indicadores da Global Reporting Initiative (GRI), no período de 1999 a 2010. Identificou-se a evolução de adesão aos indicadores GRI pelas organizações, mediante análises quantitativas das publicações por: i) regiões (continentes); ii) países; iii) setores de atuação; iv) níveis de aplicação das diretrizes GRI; e v) nível de aderência às diretrizes GRI. Trata-se de uma análise documental, com enfoque quantitativo, de natureza descritiva, que fez uso de estatística descritiva por meio do software Statistica e de planilha eletrônica Excel para proceder à análise dos dados. Conforme dados de GRI (GLOBAL..., 2011), constatou-se que as regiões com maior adesão à publicação de relatórios no modelo GRI foram a Europa, que obteve maior representatividade com 47,60% do total, seguida pela Ásia com 17,02% e América do Norte com 13,92%. Os países com maior volume de publicações foram em ordem: Espanha, Estados Unidos, Japão e Brasil, que somaram 33,54% do total. Dentre os setores com maior adesão aos indicadores para elaboração de relatórios de sustentabilidade, destacam-se os de Serviços Financeiros, Energia, Serviços de Energia e Outros, que somados alcançaram 35,30% de participação relativa. Observou-se que 74,80% dos relatórios foram publicados no nível de aplicação G3, além de que existe forte movimento de publicação nos níveis mais elevados de aderência ao padrão GRI (A e A+) e com verificação externa, sobretudo a partir de 2006 e 2010. Mediante uso de análise de correspondência entre os 13 principais setores de atuação e os 14 principais países de origem das empresas que publicaram relatórios pela GRI, percebe-se a ligação entre os Setores de Energia, Serviços de Energia e Construção com o Brasil. A Europa ganha destaque em relatórios do setor de Produtos Alimentícios e Bebidas, Telecomunicações, Serviços Financeiros, Logística e Construção. Os menores indicadores de correspondência são referentes à África do Sul, bem como ao setor de Mineração. Concluiu-se que as diretrizes GRI vêm ganhando a adesão gradativa de organizações localizadas nos mais diversos países e regiões, pelas preocupações que tais indicadores possuem com os multistakeholders, além de conferir credibilidade e transparência à gestão das organizações.
O presente trabalho aborda o processo de adaptação estratégica organizacional utilizando para sua análise duas abordagens distintas: a perspectiva Institucional e da Dependência de Recursos. O texto em um primeiro momento apresenta uma revisão bibliográfica sobre as perspectivas e após a discussão de como a utilização de ambas na análise dos processos pode contribuir para seu entendimento. Apesar das diferenças entre as perspectivas, os autores, na revisão bibliográfica feita, concluem que elas podem ser utilizadas de forma complementar. A ponte de complementaridade decorre de suas concepções a respeito do meio ambiente, que o considera o fator chave do funcionamento organizacional. A perspectiva Institucional afirma que as organizações resistem às pressões do ambiente na extensão em que a tradição das empresas, o contexto ambiental, ou ambos, suportam tal resistência. Já a perspectiva da Dependência de Recursos sugere que as organizações adaptam-se às pressões na extensão em que os atores organizacionais corretamente percebem e gerenciam as mudanças necessárias. Portanto, para a compreensão de como os processos organizacionais que resultam na sobrevivência ou não das organizações ocorrem há que se considerar a visão das duas perspectivas.
The objective of this article is to deepen the debate surrounding the practice of evaluation as performed by Brazilian NGOs. In order to accomplish this goal, we examined the results of an investigation conducted between 2007 and 2009 that had two stages: first, a national study and second, a quantitative and qualitative study made in the state of Santa Catarina. We also considered secondary sources of data from two important studies on the national level that were conducted in 2008 and 2009 by the Fonte Institute, with partnership of the Itaú Social Foundation. The results showed that most NGOs use internal rather than external evaluation and conduct evaluations focused on projects and programs. Furthermore, they used evaluation mainly to help decision making about projects. Consequently, the majority of NGOs focused their evaluations on results and were not concerned with creating spaces for self-reflection and learning.Résumé L'objectif de cet article est d'approfondir le débat autour de la pratique de l'évaluation réalisée par des ONG brésiliennes. Pour y parvenir, nous avons examiné les résultats d'une enquête menée entre 2007 et 2009, et qui s'est déroulée en deux étapes : tout d'abord, une étude nationale, ensuite, une étude quantitative et qualitative menée dans l'É tat de Santa Catarina. Nous avons également analysé des sources de données secondaires provenant de deux importantes études réalisées au niveau national, qui ont été conduites en 2008 et 2009 par l'Institut Fonte en partenariat avec la Fondation Itaú Social. Les résultats ont montré que la plupart des ONG utilisent une évaluation interne plutôt qu'externe et procèdent à des évalua-tions axées sur les projets et les programmes. En outre, elles ont principalement utilisé les évaluations pour aider à la prise de décision sur les projets. Par consé-quent, la majorité des ONG ont concentré leurs évaluations sur les résultats et ne se sont pas intéressées à la création d'un espace pour l'autoréflexion et l'apprentissage.Zusammenfassung Ziel dieses Beitrags ist die Vertiefung der Diskussionen über die Bewertungspraktik nicht-staatlicher Organisationen in Brasilien. Dazu betrachteten wir die Ergebnisse einer zwischen 2007 und 2009 in zwei Phasen durchgeführten Untersuchung: sie bestand erstens aus einer landesweiten Studie und zweitens aus einer quantitativen und qualitativen Studie im brasilianischen Bundesstaat Santa Catarina. Des Weiteren untersuchten wir Sekundärdatenquellen zweier wichtiger landesweiter Studien, die 2008 und 2009 vom Fonte Institut in Partnerschaft mit der Sozialstiftung Itaú durchgeführt wurden. Die Ergebnisse zeigten, dass die Mehrheit der nicht-staatlichen Organisationen statt externe, interne Bewertungen durchführen und sich dabei auf Projekte und Programme konzentrieren. Zudem nutzten sie die Bewertungen hauptsächlich zur Entscheidungshilfe bei Projekten. Folglich konzentrierten sich die meisten der nicht-staatlichen Organisationen bei ihren Bewertungen auf die Ergebnisse und befassten sich nicht mit der Schaffung von Spielr...
O presente artigo tem por objetivo principal apresentar o nível de adesão e o volume de publicações dos relatórios de sustentabilidade das empresas brasileiras conforme as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) entre 2000 e 2008. Para a análise, foram definidas 5 variáveis de estudo: i) Setor econômico de atuação das empresas; ii) Ano de adesão às diretrizes; iii) Nível de aplicação das diretrizes; iv) Existência de ações negociadas em segmentos da BM&FBOVESPA; e v) Participação na composição do índice de sustentabilidade empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA. Quanto aos procedimentos metodológicos, foram aplicadas análises por correspondências simples e múltipla entre os setores de atuação econômica das empresas publicantes e as 5 variáveis de estudos definidas. Os resultados mostram que o universo de organizações que publicaram relatórios socioambientais até 2008 ainda é reduzido. Contudo, observa-se crescente adesão, demonstrada pelo número de publicações, sobretudo na Europa. As empresas brasileiras responderam por metade do volume de publicações em 2008 na América Latina e o setor de energia liderou esse processo no país com 35% da amostra.
Uma das inovações recentes nos territórios é a utilização de diferentes estruturas de governançaterritorial, por meio das quais uma sociedade organizada territorialmente gere os assuntos públicosa partir do envolvimento conjunto e cooperativo dos atores sociais, econômicos e institucionais,incluindo o Estado nas suas diferentes instâncias. Os recortes que venham a ser identificados comoum território, evidentemente, precisam estar demarcados por laços de identidade territorial, a qualé a condição necessária para uma maior participação democrática dos cidadãos no destino de seuentorno espacial. Assim, partindo das premissas contidas nas concepções teóricas, avaliam-se práticasde governança territorial no Brasil, a partir de estudos de dois tipos de estruturas de governança: adescentralização político-administrativa, no estado de Santa Catariana e as experiências de IndicaçãoGeográfica (IG) no Brasil. Os estudos adotaram abordagem qualitativa, com coleta de dados medianteentrevistas e pesquisa documental. A fundamentação teórica permitiu a definição de 6 categoriasde análise com as quais os dados foram tratados e analisados. Tanto a análise de experiências deprocessos descentralizadores subnacionais quanto as análises preliminares de experiências de IG,feitas no Brasil, permitem concluir que ainda há uma grande distância entre as concepções teóricas eas práticas de governança territorial.
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