As narrativas oníricas são fragmentos de experiências extra(ordinárias) que podem produzir interpelações sobre o lugar social ocupado pelo sonhante e por aquelas pessoas que exercitam a escuta, construindo espaços de partilha sobre imaginários, impressões e afetos. Neste artigo refletimos sobre as diferentes funções que a experiência de narrar e escutar o conteúdo onírico exerce em uma comunidade, e abordamos a relação entre os sonhos e os períodos de crise política e sanitária no contexto das universidades públicas brasileiras, como a imposta pela pandemia do Covid-19. Como objeto de análise, destacamos um sonho apresentado em projeto de extensão universitária e apontamos dimensões de tratamento do material onírico que podem nos ajudar a encontrar pistas para outras formas de habitarmos a sociedade.
Relato de experiência de um grupo de docentes do Instituto Saúde e Sociedade da Unifesp, campus Baixada Santista, sobre processo vivido durante o período inicial de suspensão do calendário acadêmico em decorrência da pandemia de Covid-19. Compartilhamos reflexões sobre iniciativas coletivamente construídas e implementadas no período de março a agosto de 2020 e suas repercussões no processo formativo. As ações evidenciaram novas formas de ensinar, aprender e cuidar, que contribuíram sobremaneira para a construção posterior de debates e iniciativas comuns na instituição e na reestruturação das unidades curriculares subsequentes para a retomada do calendário acadêmico. Ao mesmo tempo, observou-se relatos de intensa frustração, exaustão e incertezas diante do que se apresentava em nossas vidas e na sociedade.
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