RESUMO A organização de serviços de saúde deve considerar o cuidado integral do indivíduo com câncer, garantindo, quando necessário, os cuidados paliativos. O objetivo do trabalho foi descrever o perfil dos usuários oncológicos em cuidados paliativos na atenção domiciliar. Realizou-se estudo descritivo dos casos de câncer registrados na atenção domiciliar no período 2013-2015 no País. Somente os estados de Roraima, Sergipe e Espírito Santo não registraram casos. Entre os dez tipos de neoplasias mais recorrentes estavam as mais incidentes, entre homens, de próstata, e entre mulheres, de mama. Mas, na estratificação por faixa etária, observaram-se diferenças entre os tipos mais prevalentes de tumores. Em homens <40 anos, encéfalo foi o tipo mais recorrente, e entre os >60 anos, foi próstata. Nas mulheres, com exceção das <40 anos, o câncer de mama foi o mais recorrente. A descrição do perfil dos usuários com neoplasias malignas assistidos na atenção domiciliar permite conhecer melhor o fluxo desses usuários na rede, possibilitando o monitoramento da linha de cuidado.
O objetivo do presente artigo é apresentar um panorama geral da evolução da organização da atenção oncológica ao longo da história do SUS.
Introdução: O câncer se encontra entre as principais doenças crônicas não transmissíveis do mundo e, para 2030, é esperado um aumento na incidência de 54% em relação a 2015. Esse incremento requer estratégias e políticas públicas que visem atender às demandas por tratamento, especialmente terapia de radiação, uma vez que envolve equipamentos e recursos humanos específicos. Objetivos: Apresentar o cenário atual da radioterapia no Brasil, seus recursos estruturais e humanos, bem como estimar o cenário da radioterapia para o país em 2030. Método: Trata-se de um estudo descritivo realizado com base em referencial teórico e conformado a partir de estimativas populacionais, atual e projetada, bancos de dados de sistemas de informação oficiais e sítios de classe profissional, e em legislação e normas emitidas por órgãos que normatizam e licenciam o tema no Brasil. Resultado: Os resultados obtidos demonstram que o déficit em julho de 2015 no Brasil é de 255 serviços de radioterapia e em recursos humanos de 387 radioterapeutas, 546 físico-médicos e 425 supervisores de produção. Para o ano de 2030, o déficit estimado é de 198 serviços de radioterapia e em recursos humanos de 235 físico médicos e 114 supervisores de produção. Conclusão: O envelhecimento populacional e o consequente aumento das doenças crônicas não transmissíveis como o câncer exigem dos serviços públicos de saúde um planejamento que garanta as demandas por tratamento. O déficit, atual e projetado, de radioterapia no Brasil sinaliza a urgência de estratégias e políticas públicas capazes de atender às necessidades apresentadas.
Introdução: O câncer de boca e comumente diagnosticado de forma tardia, comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos ou os levando a óbito. Objetivo: Verificar a tendencia temporal da mortalidade por câncer de boca no Estado do Rio de Janeiro e da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e de equipes de saúde bucal (ESB). Método: Estudo ecológico com análise da tendencia temporal da mortalidade por câncer de boca, entre 1999 e 2018, e da cobertura da ESF e ESB, no período de 2002 a 2018, no Estado e Regiões de Saúde. Utilizou-se a regressão linear generalizada de Prais-Winsten no cálculo das tendencias para o Estado, cada Região de Saúde, sexo, faixa etária e localização do tumor. Resultados: Houve tendencia de mortalidade por câncer de boca decrescente no Estado e nas Regiões Metropolitana I e II; nas demais Regiões de Saúde, foi estacionaria. As tendencias dos óbitos em homens, das faixas etárias 40 a 59 anos e 80 anos ou mais, foram decrescentes. Na localização do tumor, houve tendencia decrescente entre óbitos por outras partes e partes não especificadas (C06) e uma tendencia crescente na mortalidade por câncer de base de língua (C01). Na cobertura de ESF e ESB, na maioria das Regiões de Saúde e no Estado, a tendencia foi crescente. Conclusão: A tendencia decrescente na mortalidade por câncer de boca e a tendencia crescente de ESF e ESB, no Estado do Rio de Janeiro, não foram observadas em todas as Regiões de Saúde.
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