Estimar a prevalência de insegurança alimentar em famílias de Duque de Caxias, município localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e avaliar a associação entre indicadores socioeconômicos e insegurança alimentar. 1 Este estudo faz parte do projeto "Avaliação do estado nutricional, hábitos alimentares e insegurança alimentar no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro: desenvolvimento de um instrumento simplificado para avaliação de consumo alimentar saudável". Apoio financeiro: Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a partir do Edital MCT/MESA/CNPq/CT-Agronegócio 01/2003 (processo CNPq nº 503139/2003-3), Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde.
Resumo Tendo em vista o crescente número de óbitos pela pandemia de COVID-19 no país, o presente trabalho apresenta análise descritiva inicial e exploratória sobre o excesso de mortalidade observado nos meses de março a maio de 2020 nas capitais e nos demais municípios do país. A fonte de dados utilizada foi o registro de óbitos pelos Cartórios de Registro Civil. Os dados foram desagregados por capitais e demais municípios das 26 unidades federativas e do Distrito Federal segundo sexo. A razão de mortalidade ajustada para o ano de 2020 foi calculada tendo como padrão os coeficientes de mortalidade do ano de 2019. Os resultados indicaram excesso de 39.146 óbitos para o período estudado, sendo maior entre homens do que nas mulheres. Esse aumento foi maior nas capitais das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Nos demais municípios dessas regiões o incremento foi observado em maio, indicando possível interiorização da transmissão da COVID-19. Evidencia-se a necessidade de se aprimorar a detecção e o registro de casos para viabilizar o monitoramento eficiente da pandemia.
OBJETIVO Analisar o impacto da pandemia de covid-19 sobre a mortalidade por câncer e por doenças cardiovasculares (DCV) como causa básica e comorbidade no Brasil e em suas regiões em 2020. MÉTODOS Foram utilizadas as bases de dados de 2019 e 2020 do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), analisando os óbitos ocorridos entre março e dezembro de cada ano que tiveram o câncer e as DCV como causa básica ou como comorbidade. Também foram analisados os óbitos por covid-19 em 2020. Para o cálculo da Razão de Mortalidade Padronizada (RMP) e estimativa do excesso de mortes, os dados de 2019 foram considerados como padrão. RESULTADOS Entre março e dezembro de 2020 ocorreram no Brasil 181.377 mortes por câncer e 291.375 mortes por doenças cardiovasculares, indicando redução de 9,7% e de 8,8%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. O padrão foi mantido nas cinco regiões brasileiras, com menor variação para o câncer (-8,4% na Região Sul a -10,9% na Região Centro-Oeste). Para as DCV houve uma maior variação, de -2,2% na Região Norte até -10,5 nas regiões Sudeste e Sul. No mesmo período de 2020, essas enfermidades foram classificadas como comorbidade em 18.133 óbitos por câncer e 188.204 óbitos por doenças cardiovasculares, indicando um excesso proporcional, se comparado aos dados de 2019, de 82,1% e 77,9%, respectivamente. Esse excesso foi mais expressivo na Região Norte, com razão de 2,5 entre mortes observadas e esperadas, para as duas condições estudadas. CONCLUSÕES O excesso de óbitos por câncer e DCV como comorbidade em 2020 pode indicar que a covid-19 teve um importante impacto entre pacientes portadores dessas condições.
OBJETIVO: Descrever a tendência da mortalidade por câncer geral e tipos mais frequentes entre homens e mulheres residentes nas capitais e demais municípios das cinco macrorregiões do Brasil entre 1978 e 2017. MÉTODOS: Estudo de séries temporais com dados de mortalidade corrigidos por redistribuição das causas maldefinidas. Foi calculada a mortalidade proporcional de câncer para Brasil e regiões. A variação percentual anual das taxas para o total de câncer e tipos específicos em cada segmento e na desagregação selecionada foi calculada por regressão linear generalizada com ligação gaussiana. RESULTADOS: A proporção de câncer aumentou progressivamente para ambos os sexos de 1978 a 2017. Diferenças importantes entre as capitais e o interior das macrorregiões foram vistas com dados desagregados. Os maiores declínios ocorreram para o câncer de estômago, exceto nas regiões Norte e interior da Nordeste, e de colo do útero, com queda generalizada, com exceção do interior da região Norte. O câncer de pulmão teve queda entre homens nas regiões Sudeste e Sul e aumento generalizado entre mulheres. Os cânceres de mama e de próstata tenderam a diminuir nas regiões Sudeste e Sul e entre residentes das capitais, mostrando, porém, aumento no interior das regiões Norte e Nordeste. O câncer colorretal teve tendência geral de aumento; nas capitais houve estabilidade entre homens da região Sul e entre mulheres das regiões Sudeste e Centro-Oeste e queda entre mulheres da região Sul a partir de 2007. CONCLUSÕES: A mortalidade por câncer apresentou grande variação entre os residentes de capitais e do interior das grandes regiões do país. Diminuição clara da mortalidade foi vista para os principais tipos nas regiões Sudeste e Sul. As regiões Norte e Nordeste apresentam padrões compatíveis com cânceres associados à pobreza ao mesmo tempo que se destacam pelo grande aumento daqueles relacionados ao estilo de vida sedentário.
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