ResumoOs linfomas estão entre as neoplasias mais frequentes na espécie canina. Do IntroduçãoOs linfomas estão entre as neoplasias mais frequentes na espécie canina 1,2,3,4,5 . Nesta espécie, sua incidência é de seis a trinta casos em cada 100.000 cães/ano, sendo maior que na espécie humana 6,7,8 . Ocorrem mais frequentemente em animais com idade entre 5 e 11 anos 9,10,11 , não havendo predileção por sexo 5,11 . Na espécie canina, esta neoplasia é considerada multifatorial e ainda não foi confirmada a participação de agentes virais ou químicos no seu aparecimento 3,12,13 .Os linfomas não-Hodgkin (LNH) do homem apresentam várias características em comum com os linfomas dos cães, particularmente com relação à epidemiologia, etiologia, clínica, morfologia e fenotipagem. Graças a essas semelhanças, os esquemas para classificação morfológica propostas para os LNH -como as de Kiel e Working Formulation -são utilizadas com sucesso por diversos autores para diagnosticar os linfomas da espécie canina. De acordo com alguns autores as características morfológicas dos LNH do homem servem como base para o estabelecimento do prognóstico e de
525Margem de segurança do meloxicam em cães: efeitos deletérios nas células sanguíneas e trato gastrintestinal.Ciência Rural, v. 33, n. 3, 2003. Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.3, p.525-532, mai-jun, 2003 ISSN 0103-8478 Em dois cães, houve redução no hematócrito e na hemoglobina. Na necropsia, observaram-se focos hemorrágicos e lesões gastriduodenais moderadas. A análise microscópica revelou a presença de gastrite e enterite ulcerativa. No grupo III, quatro cães (80%) apresentaram vômito e diarréia, sem alteração no perfil celular sangüíneo. Na análise macroscópica, observaramse lesões brandas na mucosa gástrica e focos hemorrágicos no duodeno em quatro cães. Na histopatologia, observaram-se lesões sugestivas de discreta gastroenterite. No grupo IV, os cinco cães tiveram vômito e diarréia sanguinolenta. Quatro deles (80%) apresentaram anemia (p ≤ 0,05). Quatro e cinco cães apresentaram redução no hematócrito e hemoglobina, respectivamente. Ocorreram, ainda, leucocitose, neutrofilia e linfopenia significantes (p ≤ 0,05), em 60% dos cães. Na necrópsia, evidenciaram-se hiperemia, hemorragia e úlceras gástricas severas em 100% dos animais. Verificou-se na microscopia um quadro de gastroenterite ulcerativa nos cinco cães. No grupo V, todos os cães apresentaram sérios episódios de vômito, diarréia e melena. Os quatro (80%) cães que suportaram o tratamento apresentaram anemia e leucocitose com neutrofilia e linfopenia significativas (p≤ 0,05). Houve, ainda, uma redução no hematócrito e hemoglobina desses cães. Na necropsia, foram visualizadas hemorragias e graves ulcerações gastroduodenais. À histopatologia, evidenciou-se severa gastroenterite. Conclui-se que o meloxicam, mesmo sendo COX-2 seletivo, induz efeitos deletérios no trato gastrintestinal e células sangüíneas de cães, quando administrado em concentrações cinco e dez vezes a dose terapêutica, que demonstram sua estreita margem de segurança nesta espécie.
O estudo dos linfomas caninos além de abordar a classificação morfológica e imunofenotípica necessita ser ampliado para que se tenha a avaliação da cinética celular. Esta verificação só pode ser feita com segurança quando são avaliados os parâmetros que indicam a taxa de proliferação celular. No homem, estes fatores têm influência no prognóstico e no tratamento dos limfomas. Os 40 linfomas utilizados neste trabalho foram classificados de acordo com a classificação de Kiel e a imunofenotipagem utilizou CD3 (linfócitos T) e CD79a (linfócitos B). A proliferação celular foi avaliada pelos métodos de contagem dos AgNORs e Ki-67 (MIB-1) De acordo com a classificação de Kiel os linfomas de alto grau foram os mais freqüentes, a imunofenotipagem mostrou a mesma freqüência de linfomas T e B. Quando avaliada a proliferação celular houve diferença significativa entre os linfomas de alto e baixo grau tanto pelo método do AgNOR como do KI-67.(MIB-1), porém não foram estatisticamente entre os imunofenótipos Entre as neoplasias de alto grau de malignidade a média de número de NORs por núcleo de célula neoplásica foi de 1,37 ± 0,32, e nos casos de baixo grau de 0,98 ± 0,36, de acordo com o KI-67 a média do percentual de células positivas foi de 43,19% ± 19,01, e 14,09% ± 11,74 nos casos de alto e baixo grau, respectivamente.
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