<p>O maxixe é uma hortaliça que pertence à família Cucurbitácea, como as abóboras, pepino, melão e melancia. Os frutos são fonte de sais minerais, principalmente zinco, e têm poucas calorias. A média de consumo de maxixe no Brasil em 2003 era de 0,108%. O aproveitamento desta hortaliça para fabricação de conservas é uma estratégia para despertar o interesse para sua exploração agroindustrial. Assim, este trabalho buscou elaborar uma conserva acidificada artificialmente de maxixe e testar sua estabilidade físico-química e microbiológica, bem como sua aceitação por parte dos consumidores. Os testes químicos envolveram a análise periódica do pH e da acidez, tanto da salmoura quanto do maxixe, e foram realizados a cada 30 dias, durante 90 dias, a partir do processamento. Em paralelo a estes, as análises microbiológicas investigaram a presença de bolores e leveduras no produto. Transcorridos 30 dias de obtenção da conserva, esta foi posta à prova sensorial em dois pontos da cidade de Teresina - PI, utilizando-se como ferramenta de análise a Escala FACT - Food Action Rating Scale. Pelos resultados obtidos, os valores de pH das amostras estavam dentro do que a Legislação Brasileira exige: abaixo de 4,5, apresentando-se já nas primeiras análises como um produto seguro, para este parâmetro. Para o quesito acidez, não foi verificada exigência específica de valores na Legislação Brasileira, considerando-se então os valores obtidos neste estudo como originais e de referência para estudos posteriores.</p><p>Quanto à verificação microbiológica, o índice de crescimento de bolores e leveduras obtido não foi suficiente para dar prosseguimento à contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Para a análise sensorial obteve-se considerável aceitação do produto, senso que o mesmo demonstrou perfil desejável devido à adequabilidade do pH e das características microbiológicas ao longo do tempo em que as análises foram feitas. Além disso, o maxixe em conserva apresentou certa abertura de mercado, o que o torna um produto em potencial para ser produzido em escala industrial.</p>
Buscando corrigir as inadequações do modelo difusionista clássico ao mundo "subdesenvolvido", como a América Latina, o sociólogo estadunidense Everett Rogers desenvolveu o modelo difusionista produtivista ou inovador, propondo que a mudança da estrutura se dê por meio da difusão e adoção de ideias novas (FONSECA, 1985). Este período (entre 1964 -1980) se caracterizou pela abordagem "difusionista produtivista" dos serviços de ATER, que tinha por objetivo incorporar inovações junto aos agricultores chamados progressistas, ou seja, aqueles mais abertos às mudanças. Gerando, desta forma, uma reação em cadeia e encurtando o tempo intermediário entre uma inovação pelos centros de pesquisa e sua adoção generalizada pelos agricultores (BORDENAVE, 1983).Este modelo difusionista subdivide-se em difusão de conhecimento (difusão através dos meios de comunicação e instâncias impessoais) e difusão de convicção (se dá através de canais interpessoais).Esta segunda etapa tem significativa importância no processo visto que é o momento da tomada de decisão, destacando a importância dos agricultores progressistas e seus exemplos nas práticas de adoção de inovações (ROGERS, 1974). Segundo o autor, o processo de transformação de um sistema social (cambio social), é dividido em duas categorias: cambio inmanente (intrínseco), quando os membros de um sistema social buscam desenvolver uma inovação sem influência externa, e cambio por contato, quando se introduz num sistema social uma ideia nova originada em fontes externas, como foi o caso da Revolução Verde no Brasil e demais países da América Latina.Este modelo de desenvolvimento comprometeu a autonomia produtiva no campo e colaborou com o agravamento da concentração de terras, da poluição, do êxodo rural, empobrecimento do meio rural e exclusão social dos agricultores de autoconsumo ou que acessavam apenas os mercados locais de comercialização (FONSECA, 1985).Na década de 1990 é lançado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com intuito de ser um instrumento capaz de aumentar as possibilidades de investimento dos agricultores familiares e promover a mudança da base técnica da agricultura no Brasil (AQUINO; SCHNEIDER, 2015), pautando o serviço de ATER num direcionamento burocrático.Na mesma década, a capacidade de explicar a nova perspectiva do meio rural fez com que o termo agronegócio se popularizasse, caracterizado pelo crescimento das exportações de produtos agrícolas e agroindustriais, e traduz a complexa integração do setor, apoiada pelas inovações tecnológicas, uso de maquinários, insumos químicos e assistência de cientistas, pesquisadores e especialistas. Novas relações de trocas são estabelecidas por esta integração entre setores da economia, configurando um
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