O objetivo do artigo é relatar uma experiência de acompanhamento terapêutico escolar com uma criança autista, realizado durante três anos e meio em uma escola particular de Salvador. Os dados foram registrados em um diário de campo e analisados a partir da abordagem psicanalítica. Observaram-se avanços significativos relacionados à emergência do sujeito, como mudanças na fala, no reconhecimento de si, do corpo e no brincar simbólico. A prática mostra-se como um recurso importante para a inclusão e para o desenvolvimento de crianças autistas.
Resumo As práticas de ensino e pesquisa na Pós-Graduação têm sido entendidas como uma cultura acadêmica causadora de sofrimento. O objetivo deste artigo é apresentar uma compreensão do sofrimento vivido pelos alunos da Pós-Graduação a partir de uma perspectiva culturalista. Para isso, o texto problematiza o contexto da Pós-Graduação e apresenta axiomas da Psicologia Cultural Semiótica que fundamentam a análise dos processos psicológicos que ocorrem na relação do estudante com o meio acadêmico. A cultura acadêmica é entendida como o conjunto compartilhado de signos usados e construídos pelas pessoas na pós-graduação, as quais organizam seus mundos interno e externo, regulam as interações sociais e orientam as ações humanas. Desse modo, o sofrimento é um produto cultural da interação entre as forças canalizadoras da cultura acadêmica e as ações do estudante. Sugere-se que pesquisas futuras possam estudar empiricamente como os pós-graduandos criam uma síntese pessoal a partir da cultura acadêmica.
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