Introdução/Objetivo No contexto de pandemia de COVID-19, é importante identificar os grupos de risco associados a piores prognósticos da doença. Objetivou-se analisar as internações de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 em mulheres de idade fértil na região nordeste de acordo com variáveis sociodemográficas, perfil de ser gestante ou puérpera e evolução. Métodos Trata-se de um estudo transversal a partir do banco de dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram incluídas mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) residentes da região nordeste e que foram hospitalizadas por síndrome respiratória aguda grave e classificadas como casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. As variáveis investigadas foram idade, raça, nível de escolaridade, ser gestante ou puérpera e evolução (cura ou óbito). Foram realizadas análises descritivas, bivariadas pelo teste qui-quadrado de Pearson e, por fim, análise multivariada por regressão logística, tendo como variável dependente a evolução. Incluíram-se, no modelo de regressão logística, as variáveis com p-valor < 0,20 na análise bivariada. Utilizou-se o método backward elimination para a obtenção do modelo final. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados A população deste estudo foi 19.642 mulheres com idade média de 34,36 anos (desvio-padrão = 10,17), em que 3.128 (15,93%) são gestantes ou puérperas. Na análise bivariada, todas as variáveis apresentaram significância estatística em relação à evolução. No modelo final da regressão logística, as faixas etárias de 21 a 30 (OR = 1,79; IC95% 1,28-2,53), de 31 a 40 (OR = 2,82; IC95% 2,08-3,87) e de 41 a 49 (OR = 3,71; IC95% 2,76-5,08) ofereceram maiores chances de evolução para óbito tendo como referência a faixa etária de 10 a 20 anos. Contudo, o ensino médio (OR = 0,63; IC95% 0,53-0,77) e o ensino superior (OR = 0,28; IC95% 0,21-0,36) reduziram as chances de óbito tendo como referência a ausência de escolaridade ou o ensino fundamental I. As gestantes ou puérperas também apresentaram menores chances de pior evolução (OR = 0,32; IC95% 0,24-0,42). Conclusão Verificou-se que a idade avançada está associada ao pior prognóstico, enquanto a maior escolaridade e ser gestante ou puérpera apresentaram características de proteção. Portanto, apesar das gestantes ou puérperas serem consideradas grupos de risco, foi possível observar menor chance de óbito quando analisadas as internações.
A organização do II Congresso On-line Nacional de Saúde Multidisciplinar (II CONASMULTI) não assume qualquer responsabilidade pelo teor ou possíveis erros de linguagem dos trabalhos divulgados na presente obra, a qual recai, com exclusividade, sobre seus respectivos autores.
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INTRODUÇÃO: Segundo o Ministério da Saúde, os idosos são considerados do grupo de risco para a COVID-19, ou seja, são mais vulneráveis à internação e ao óbito por essa doença. OBJETIVO: Analisar as internações por COVID-19 em idosos, no Nordeste do Brasil, em 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal a partir de dados do banco de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Investigaram-se indivíduos acima de 60 anos internados, em 2020, por síndrome respiratória aguda grave no Nordeste do Brasil, em que foram classificados como casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. Analisaram-se as variáveis sexo, idade, raça, nível de escolaridade e evolução. Realizaram-se análises bivariadas pelo teste qui-quadrado de Pearson e multivariada por regressão logística, cuja variável dependente foi evolução. Foram incluídas, no modelo de regressão logística, as variáveis com p-valor < 0,20 na análise bivariada. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: A população foi de 93.370 idosos com idade média de 74,97 (DP=9,48). Houve maiores chances de óbito em homens (OR=1,26; IC95% 1,20-1,34); nas faixas etárias de 70 a 79 anos (OR=1,41; IC95% 1,32-1,50), de 80 a 89 anos (OR=1,81; IC95% 1,68-1,95) e de 90 anos ou mais (OR=2,38; IC95% 2,12-2,67), como referência 60 a 69 anos. Entretanto, verificaram-se menores chances de óbito nas raças amarela e indígena (OR=0,68; IC95% 0,54-0,86), em relação à branca; no ensino médio (OR=0,71; IC95% 0,66-0,77) e no ensino superior (OR=0,61; IC95% 0,55-0,68), como referência a ausência de escolaridade ou ensino fundamental I. CONCLUSÃO: Sexo masculino e idade avançada foram associados à pior evolução, enquanto que as raças amarela e indígena e maior escolaridade apresentaram características de proteção.
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