Percepções, individualidade, linguagem, idéias, significado, cultura, escolha, moral e ética, todos existem em decorrência da evolução e do funcionamento do sistema nervoso. Teme-se, por vezes, que a concepção da consciência como resultado de um processo biológico corresponda a uma "profanação do espírito humano", com consequente abandono do comportamento moral e ético. Na verdade, ao se investigar a consciência como fenômeno natural e não místico, ampliam-se nossas possibilidades de entendê-la, com ganhos científicos, teóricos e sociais, além dos éticos e morais. Discute-se como a evolução por seleção natural e a organização biológica do sistema nervoso permitem explicar as bases da individualidade, da intencionalidade, de representações simbólicas e do significado. Fenômenos observados em pacientes com danos neurológicos reforçam a concepção de funcionamento modular do sistema nervoso; a consciência não seria uma propriedade exclusiva de um módulo único do sistema nervoso, mas fruto do funcionamento sincrônico de diferentes módulos.
Na busca por caminhos para o seu desenvolvimento e sustentabilidade os seres humanos se organizaram em grupamentos de diversos níveis de complexidade, fazendo surgir comunidades (com estruturas mais simples e relacionadas à afetividade) e sociedades (pautadas por mecanismos legais estruturados como leis e contratos). Neste campo, considerando a tradição e a cultura dos povos, foram se esculpindo as comunidades tradicionais. A delimitação conceitual de povos e comunidades tradicionais e a convergência entre este tema com a promoção do desenvolvimento sustentável foi muito fortalecido no Brasil após a promulgação da Constituição Federal de 1988 e no seu desdobramento legislações que buscam regular as relações e os conflitos de interesse entre atores sociais diversos. Dentre os diversos temas e termos tratados nas últimas décadas, a aplicação do termo “território” na interlocução com comunidades tradicionais tem exigido bons debates teóricos e muitos estudos sobre a relação do homem com a natureza. Este artigo trata do diálogo teórico sobre este novo campo, com o intuito de ajudar na estruturação científica e prática da aplicação do termo “território”.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer aos meus pais, Alessio e Antonia. Se há pouco mais de 22 anos eles compraram um bar para poder sobreviver, certamente também vislubraram naquele momento este momento. Gostaria de agradecer ao meu tio Jonas, a minha tia Maria José, a minha prima Aparecida Luzinete e ao seu marido, Vicente, pela sempre ótima acolhida e pelo carinho com que sempre me recebem. Em memória, gostaria de agradecer as minhas tias Helena e Lourdes, que não tiveram nem a oportunidade de serem alfabetizadas, e ao meu primo Sidnei, sempre um grande amigo. Em segundo lugar, os Amigos Amigos. Aqueles que sempre estão ao nosso lado e sempre fecham conosco.
O estudo objetivou a identificação de possíveis impactos psicológicos e no processo de aprendizagem de alunos do ensino fundamental I durante a pandemia do COVID-19, bem como a categorização e discussão de tais impactos. Além disso, a identificação de fatores de proteção que podem contribuir para amenizar os impactos e de risco que podem contribuir para potencializar. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e qualitativa, visto que buscou o aprofundamento sobre os impactos psicológicos e do processo de aprendizagem durante a pandemia, bem como o conhecimento, a análise e o levantamento das contribuições teóricas existentes a respeito do tema. O estudo utilizou-se de pesquisas recentes a respeito das consequências do isolamento social e da suspensão das aulas presenciais para a criança, sendo esta a população mais afetada devido a sua vulnerabilidade. Ainda, materiais a respeito da importância da interação da criança com grupo de pares para que haja aprendizagem, conforme a teoria sócio-interacionista de Vygotsky. Percebe-se, então, que é preciso criar um ambiente com a predominância de fatores protetivos, de modo a prevenir os possíveis impactos psicológicos e no processo de aprendizagem.
O estudo analisa a figura feminina arquetípica presente nas narrativas míticas de autoria Paiter Suruí, povo indígena residente na fronteira entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, no Brasil. Para tanto, utiliza-se como fonte de dados setes narrativas Paiter Suruí apresentadas no livro Vozes de Origem, uma coleção de histórias narradas por indígenas Paiter Suruí em sua língua de origem, o tupi-mondé, à antropóloga Betty Mindlin, responsável pela tradução para o português e organização do livro. Como referencial teórico-metodológico é utilizada a abordagem Analítica da Psicologia a partir do conceito de amplificação simbólica proposto por Carl G. Jung (18751961) e elaborado como método de análise por Marie Louise Von Franz (19151998). O percorrer da análise indica os arquétipos femininos existentes nessa cultura através de suas narrativas míticas, sendo predominante o Arquétipo da Donzela, da Grande Mãe e da Mulher Fatal. De acordo com a Psicologia Analítica, pode-se observar que a narração mítica indígena constitui um todo de sentido coerente e organizado sobre a psique: os processos inconscientes são transpostos para as narrativas, nas quais a figura arquetípica feminina surge como uma representação da figura da mulher na sociedade Paiter Suruí; e a narrativa mítica como uma representação da realidade cultural indígena dessa etnia, bem como uma propagação de seus valores. Partindo desse pressuposto, as narrativas míticas representam, por meio da simbologia, elementos de significado, tais como a organização da sociedade Paiter Suruí, aspectos que representam o feminino e os padrões de comportamentos esperados. The study analyzes the archetypal female figure present in the mythical narratives of Paiter Suruí, an indigenous people residing on the border between the states of Rondônia and Mato Grosso, in Brazil. For this, seven Paiter Suruí narratives presented in the book Vozes de Origem, a collection of stories narrated by Paiter Suruí indigenous peoples in their native language, the tupi-mondé,to the anthropologist Betty Mindlin, responsible for the translation into the Portuguese and organization of the book, are used as the data source. As a theoretical-methodological framework, the Analytical approach of Psychology is used from the concept of symbolic amplification proposed by Carl G. Jung (18751961) and elaborated as a method of analysis by Marie Louise Von Franz (19151998). The analysis course indicates the female archetypes existing in this culture through their mythical narratives, being predominant the Archetype of the Maiden, the Great Mother and the Fatal Woman. According to Analytical Psychology, it can be observed that the mythical indigenous narrative constitutes a coherent and organized sense of meaning about the psyche:unconscious processes are transposed into narratives, in which the female archetypal figure emerges as a representation of the figure of woman in Paiter Suruí society; and the mythical narrative as a representation of the indigenous cultural reality of this ethnicity, as well as a propagation of its values. Based on this assumption, the mythical narratives represent, through symbology, elements of meaning, such as the organization of the Paiter Suruí society, aspects that represent the feminine and the patterns of expected behaviors.
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