O artigo destaca a Lei nº 13.415/2017, fruto da Medida Provisória nº 746/2016 que institui a política para o “Novo Ensino Médio” no Brasil, proposta de forma arbitrária pelo governo Temer (2016-2018). Objetiva-se discutir, a luz de referências teóricas, a concepção de currículo veiculada por esta política, assim como destacar as contradições entre o que se propôs no atual PNE (2014-2024) para a última etapa da Educação Básica. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo teórico, tendo como fundamento um diálogo entre pesquisadores do campo investigativo teórico: Apple (2003); Freire (2015); Frigotto (2017); Frigotto e Motta (2017); Vieira (2017); Sousa e Aragão (2018). Considerou-se que a política para o “Novo Ensino Médio” concorre ferozmente para o avanço da perspectiva neoliberal e o estreitamento curricular nessa etapa de ensino, caminhando na contramão das proposições do atual PNE. Defendemos a concepção de currículo em uma perspectiva multicultural em um contínuo movimento de significação.
O presente artigo tem como objetivo refletir por meio da análise documental e da literatura as políticas para a formação docente no cerne do que foi conquistado e do que retrocedeu no plano legal da sociedade civil, buscando pontuar a dinâmica em que se institui a legislação. Por outro lado, se concentra a reflexão com base no decênio do primeiro Plano de Educação Nacional 2001-2010, no segundo PNE 2014-2024 e as Diretrizes para a Formação Inicial, que tem apontado a possibilidade de uma organicidade da formação inicial de docentes. E neste cenário, como a Reforma do Ensino Médio engendrou modificações no plano formativo. Apresenta-se ainda, uma discussão referente as Políticas para a Formação Inicial, com intuito de pensar a valorização e a desvalorização profissional nas contradições do plano legal.
O presente artigo busca comparar as ontologias desenvolvidas por Heidegger e Cassirer mostrando que ambos possuem concepções distintas sobre a origem dos múltiplos sentidos do ser, as quais servirão para sustentar interpretações opostas acerca da ascensão do nacional-socialismo na Alemanha. Em Heidegger o sentido é pensado a partir de uma origem única: seja a temporalidade do Dasein (nas obras do entorno de Ser e Tempo), seja a epocalidade do ser no Heidegger tardio. Cassirer, por sua vez, pensa o ser como dado mediante uma multiplicidade de origens expressas nas formas simbólicas da cultura (mito, arte, ciência, linguagem, etc.). Curiosamente, ambos os filósofos se utilizarão de suas respectivas ontologias para pensar o surgimento do nacional-socialismo a partir da relação entre mito e técnica. Assim, no início dos anos de 1930, Heidegger pensar história do ser (Geschichte des Seins) a partir da perspectiva de uma origem mito-poética, vendo o nacional-socialismo como uma possibilidade de retorno ao início grego do pensamento ocidental e da irrupção de um novo modo de doação do ser que pudesse superar o domínio planetário da técnica moderna. Cassirer, ao contrário, verá no nazismo uma infiltração indevida do elemento mítico na sociedade tecno-científica. Por fim, a comparação entre as duas ontologias mostrará, ao mesmo tempo, as limitações de cada posicionamento filosófico. Se Cassirer valoriza o pensamento técnico-científico a ponto de não conseguir ver nele um modo de dominação e ameaça ao humano, Heidegger não parece perceber os perigos que se escondem na sua mitificação da origem.
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