RESUMO Após 12 anos de governos kirchneristas, uma coalização política liberal-conservadora consegue ganhar o poder na Argentina em 2015. Prometendo um retorno ao mundo com abertura comercial e liberalização econômica, o governo de Mauricio Macri chegou a seu último ano em uma grave crise econômica. O objetivo deste artigo é analisar de que forma as reformas econômicas promovidas pelo governo deterioraram significativamente as perspectivas futuras para economia argentina.
O objetivo deste artigo é fazer uma análise da economia argentina no primeiro ano do governo Macri. Mostraremos que a propalada busca pela confiança, através medidas que reduzem o papel do setor público não alcançaram resultados favoráveis como previram as autoridades econômicas.
Comum do Sul (Mercosul) desde a sua criação pode ser considerado um bloco econômico contraditório. Foi concebido como mercado comum -que prevê livre trânsito de fatores de produção, trabalho e capital -, porém nunca funcionou como mercado comum. Sua origem, em 1994, deu-se no contexto dos debates sobre a gênese da Organização Mundial do Comércio (OMC), simultaneamente aos efeitos da Rodada do Uruguai, em que a desregulamentação dos fluxos de comércio de bens e de serviços, bem como de investimento externo direto (IED), foi apresentada como resposta à "globalização". Dessa forma, os blocos econômicos seriam um caso de second best com relação ao livre mercado. E se esperava que o Mercosul funcionasse como um instrumento de competitividade internacional dos países-membros. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai enfrentaram, não de forma igual, os efeitos da crise da década de 1980; seus parques industriais -especialmente o do Brasilminguaram em relação ao padrão tecnológico vigente no mundo.
RESUMOA assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia foi anunciado com entusiasmo em junho de 2019, após 20 anos do início das negociações. Importante notar que as partes haviam chegado próximo a uma conclusão em 2004. A interrupção das negociações entre esses blocos se deu sob um contexto de compreensão alternativa da integração econômica regional e da função de acordos comerciais. O objetivo deste artigo é lançar elementos para compreender o acordo Mercosul-União Europeia e seus possíveis impactos. Com isso, apontaremos algumas críticas ao acordo que vão de encontro ao otimismo demonstrado pelo governo e por alguns setores empresariais.
A integração econômica da América do Sul perpassa a questão da maior regionalização monetária do sub-continente, tornando necessária uma análise mais aprofundada dos mecanismos regionais de pagamento - dentre eles o Sistema Único de Compensación Regional de Pagos (SUCRE). Em busca de compreender melhor este sistema, serão analisados os fundamentos do Plano Keynes de reforma do sistema monetário internacional. Tendo sido este a inspiração da criação do sucre, uma análise comparativa poderá contribuir para identificar seus principais elementos, seus mecanismos de operação e seus possíveis problemas.
Muitos críticos têm denominado os chamados governos progressistas de neoextrativistas. Teriam apenas reproduzido a tradicional estrutura produtiva orientada pelas atividades primário-exportadoras. Este trabalho analisará o caso do Equador durante o governo de Rafael Correa (2007-2017). O objetivo é mensurar o ritmo e a direção do processo de mudança estrutural do país, principalmente, durante o período de vigência dos planos nacionais para o Buen Vivir (2009 a 2013 e 2013 a 2017). Foi realizada uma análise setorial da manufatura através do uso da classificação por intensidade tecnológica adotada pela OCDE. Os resultados apresentam avanços significativos nos subsetores mais tecnológicos da indústria de transformação equatoriana, contradizendo o argumento de que a estrutura produtiva em nada se modificou.
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