Uma das grandes preocupações dos gestores é manter bons níveis de desempenho no trabalho, de forma a garantir bons diferenciais para as organizações. As características contextuais e individuais aparecem como variáveis importantes que auxiliam as organizações a manter esses diferenciais e, com isso, patamares elevados de competitividade. Esta pesquisa se propõe a analisar a relação entre duas variáveis, identificando pontos comuns entre os construtos e a relação com o desempenho medido por meio de autoavaliações. Para a coleta dos dados foram utilizadas três escalas: a Escala de Autoavaliação de Desempenho no Trabalho (EGDT), a Escala de Clima Organizacional (ECO) e a Escala de Satisfação no Trabalho (EST). Participaram da pesquisa 152 funcionários de duas organizações, sendo a maioria homens (57%), com média de idade de 35 anos e com predominância do nível de escolaridade ensino médio completo (28%). As análises de correlação apontaram que os fatores comuns observados nas medidas de satisfação e clima organizacional não apresentam multicolinearidade (maior magnitude observada foi de r = 0,78; p < 0,01). Além disso, nas análises de regressão, os fatores Recompensa, Natureza do trabalho e Controle/pressão contribuíram individualmente para a explicação das duas autoavaliações (p < 0,05). Em pesquisas futuras, sugere-se aprofundar o diagnóstico do contexto organizacional por meio de entrevistas e observações, e complementar as avaliações com indicadores organizacionais de desempenho. Palavras-chave: Desempenho individual; satisfação no trabalho; clima organizacional.One of managers' major concerns is related to maintaining good performance levels at work, to ensure differential advantage to their organizations. Contextual and individual characteristics are perceived as important variables that help organizations maintain their distinctiveness and, consequently, high levels of competitiveness. The current research aims to analyze the relationship between these two variables, identifying commonalities between the constructs and the relationship with performance measured through self-assessments. Three scales were used for data collection: the Self-Assessment of Performance at Work Scale, the Organizational Climate Scale, and the Job Satisfaction Scale. Taking part in this research were 152 employees from two organizations, mostly men (57%), with an average age of 35 years, and predominantly with a high school degree (28%). Correlation analysis showed that common factors observed in measures of satisfaction and organizational climate show no multicollinearity (largest observed magnitude was r = 0,78; p < 0,01). Additionally, regression analyses suggested that the dimensions Reward, Nature of the Work, and Control/Pressure individually explained the participants' two self-assessments (p < 0,05). Future research could more fully explore the diagnosis of the organizational context through interviews and observations, and additional evaluations of organizational performance indicators.
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