ResumoA partir do conceito de recontextualização pedagógica de Bernstein (1990Bernstein ( , 2000, neste artigo analisamos representações sobre a formação continuada empreendida no Programa de Desenvolvimento Educacional do estado do Paraná -PDE-PR, em formato híbrido, que busca articular teoria/prática, ao aproximar o professor da escola do modo de produção de conhecimento na universidade. Dois conjuntos de dados foram considerados: 1) transcrição de audiogravação de grupo focal do qual participaram formadores responsáveis por atividades no referido programa; 2) narrativa retrospectiva de um professor da escola pública, coautor deste artigo e ex-participante do programa. As representações dos formadores sobre pressupostos e princípios político-pedagógicos do programa evidenciaram regras distributivas e recontextualizadoras que contribuíram para a reprodução do discurso oicial. A narrativa do professor, por sua vez, salienta aspectos positivos que resultaram em oportunidade de aprendizagem para si. As regras distributivas governantes da formação continuada e, posteriormente, da organização curricular, incidiram sobre a recontextualização pedagógica na escola, fazendo com que os conhecimentos acadêmicos sofressem transformação. Palavras-chave: política de formação continuada, inglês, recontextualização pedagógica. Bernstein's (1990Bernstein's ( , 2000 theory of pedagogic device is adopted as a theoretical framework for the analysis of representations of an in-service teacher education program as part of a public policy in Brazil. he program has a hybrid format and seeks to integrate theory and practice, by bringing the schoolteacher and his/her * Telma Gimenez é Professora Associada no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de Londrina e pesquisadora do CNPq. Suas áreas de pesquisa são a formação de professores de línguas estrangeiras, globalização, políticas educacionais e inglês como língua franca Abstract
Em 31 de agosto de 2016, o então candidato Donald Trump, em campanha à presidência da República dos Estados Unidos da América, proferiu um discurso sobre imigração ilegal na cidade de Phoenix, no estado do Arizona. Este, que durou aproximadamente 1h13min, é considerado o discurso que deu a vitória à Trump nas eleições. Neste estudo, foram analisados trechos desse discurso sob a luz da teoria da argumentação, com o intuito de apontar os recursos e fatores que lhe são inerentes, com base em autores que têm pesquisado a argumentação ao longo dos anos, como Koch (1999; 2011), Oliveira (2002; 2004), entre outros. Concedeu-se atenção especial a três aspectos argumentativos: a intencionalidade, a seleção lexical e as ideologias impregnadas ao discurso. A seleção do corpus foi feita com base na representatividade do gênero discurso político como um gênero essencialmente argumentativo. Os trechos selecionados destacam as principais ideias apresentadas por Trump sobre a referida questão e a forma como o candidato as expõe. Os resultados demonstram o quão eficazes podem ser as estratégias argumentativas utilizadas por políticos no convencimento de eleitores.
A presente pesquisa tem como objetivo analisar como aprendizes brasileiros de Língua Inglesa realizam oralmente os ditongos ortográficos desta língua. Como fundamentação teórica, buscamos embasamento nos princípios da Aquisição de Segunda Língua, Variação Linguística em L2 e nos pressupostos da Interlíngua, da Transferência, da Consciência Fonológica e nos estudos sobre a influência grafo-fônico-fonológica em L2 (ECKMAN, 1981, 2018; ELLIS, 1986, 1994; MORI, 2000; FRASER, 2000; KEYS, 2001; TREHEARNE, 2003; BAYLEY, 2005, ZIMMER; ALVES, 2006; ALVES, 2012; ARCHIBALD, 2018). O corpus analisado é constituído de 61 palavras grafadas com ditongos que deveriam ser realizadas oralmente como monotongos fonológicos, segundo a norma culta de pronúncia da Língua Inglesa (ROACH, [1983] 2009; CELCE-MURCIA et al, 2010; ASHTON; SHEPHERD, 2012; CRISTÓFARO-SILVA, 2012). Para a coleta de dados foram utilizados um questionário fonético-fonológico com 28 perguntas e uma lista com 35 sentenças para leitura em voz alta, resultando em 1223 realizações provenientes de 21 informantes de níveis intermediário da Língua Inglesa. Os principais resultados apontam que a maior parte dos informantes deste estudo realizam os ditongos ortográficos da L2 conforme a norma culta de pronúncia daquela língua. No entanto, detectamos formas desviantes e analisamos os aspectos linguísticos a fim de revelar quais podem influenciar mais significativamente nas produções orais dos segmentos em questão.
Neste estudo abordamos questões relativas ao inglês vernacular afro-americano e suas implicações sociolinguísticas. A problemática levantada aqui refere-se ao cenário encontrado em muitas salas de aulas de escolas públicas regulares daquele país, nas quais diferentes etnias com diferentes línguas são atendidas por professores que, muitas vezes, se sentem desorientados quanto à forma de abordar tal multiplicidade. Nosso foco principal é a variedade do inglês vernacular afro-americano (IVAA) ou African American Vernacular English (AAVE). Estudos desenvolvidos desde a década se 1970, sobretudo os de Labov (1972, 2008), são até hoje discutidos, pois a situação dos falantes do IVAA parece ainda causar divergências entre os acadêmicos que pesquisam o assunto. A grande questão aqui é como conciliar a variante do IVAA com o ensino de inglês padrão/culto preconizado em sala de aula. No Brasil, encontramos situação semelhante quando nos referimos ao tratamento dado aos falantes da variedade rural (BORTONI-RICARDO, 2011). Além dos aspectos sócio-histórico-culturais sobre o ensino-aprendizagem de inglês aos afrodescendentes norte-americanos, apresentamos também os aspectos sintáticos causadores de divergências entre o inglês padrão/culto e o inglês vernacular afro-americano. Documentos oficiais americanos como o “Bilingual Education Act” (1968) e órgãos como o “National Council of Teachers of English” (2008) estão em consonância com pesquisadores como Labov (2008) e Pullum (1999) que reafirmam a necessidade de conscientizar o professorado sobre as questões sociolinguísticas envolvidas e alertam para o respeito e a aceitação de variantes não-padrão em sala de aula.
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