A constatação de mais de trezentas técnicas cirúrgicas distintas, descritas para a correção de hipospádia, deixa claro a inexistência de um método universal de tratamento para esta afecção. A busca de um tecido ideal para substituir a uretra nos casos de formas complexas de hipospádia (formas proximais: peniana proximal, penoscrotal, escrotal e perineal) levou à experimentação de diversos tecidos: pele prepucial, pele peniana, pele da face interna dos braços ou coxas, mucosa vesical e, recentemente, mucosa bucal. O objetivo desta revisão é discutir aspectos da hipospádia de interesse do pediatra, do clínico e do urologista, e avaliar criticamente estratégias e resultados de tratamento. EMBRIOLOGIA, ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃOO desenvolvimento do sistema urinário apresenta íntima relação com o sistema reprodutor e a genitália externa. Apenas a partir da sexta semana de gestação é que se inicia a diferenciação do tubér-culo genital e das pregas genitais em direção ao aparelho reprodutor masculino ou feminino, de acordo com a presença ou não de hormônio sexual masculino. Estudos experimentais em ratos demonstraram a necessidade da atividade endócrina do testículo para se induzir a diferenciação masculina da genitália primitiva. Sabe-se que a diferenciação do trato geniturinário para o fenótipo masculino exige três hormônios: testosterona, 5 α-diidrotestosterona e substância inibidora de Mueller (Mueller inhibiting substance). Esta última induz a regressão do ducto de Mueller; a testosterona estimula a diferenciação das estruturas derivadas do ducto de Wolf (epidídimo, vaso deferente e vesícula seminal) e a 5 α-diidrotestosterona atua na diferenciação do seio urogenital. A base etiopatogênica da hipospádia é uma deficiência de testosterona durante a fase crítica de morfogênese da uretra (da nona à décima-terceira semana de gestação). Vale ressaltar que as necessidades de androgênio para a formação da genitália externa são maiores do que para a genitália interna, razão pela qual a hipospádia se apresenta, na maioria das vezes, como entidade isolada.A hipospádia constitui a mais freqüente anomalia da genitália externa masculina, com uma incidência de 3 a 5 casos para 1.000 nascimentos 1 . Clinicamente, é caracterizada por um desenvolvimento incompleto da uretra com disposição do meato uretral na face inferior do pênis (face ventral) e não na extremidade da glande. Considera-se forma grave de hipospádia quanto mais proximal for a exteriorização da uretra (por exemplo hipospádia perineal) e forma leve quanto mais distal (meato no sulco coronal). O quadro é, na maioria das vezes, acompanhado de uma curvatura peniana ventral congênita, que se manifesta em decorrência de tecido fibroso ventral (resquício do corpo esponjoso hipoplásico) ou de desproporção dos corpos cavernosos. A presença de prepúcio exuberante e redundante apenas na face dorsal é, muitas vezes, o único sinal apercebido pelos pais. Esta anomalia confere ao prepúcio um aspecto de capuchão e a sua correção cirúrgica, além do aspecto estético, é importante també...
O extravasamento de drogas administradas por via intravenosa pode ocorrer em vários contextos clínicos, e está predominantemente associado a cateteres venosos periféricos. O objetivo foi identificar na literatura evidências científicas sobre prevenção e tratamento de lesões cutâneas provocadas por infiltração e extravasamentos de drogas quimioterápicas, buscando métodos que norteiam as condutas de enfermagem, no intuito de aperfeiçoar os cuidados assistenciais aos pacientes submetidos a punção venosa. Trata-se de estudo de revisão integrativa realizado no portal BVS, nas bases de dados PubMed, Lillacs, Medline e BDENF. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados sem limite de datas, nos idiomas português, inglês e espanhol. A amostra foi composta por oito estudos desenvolvidos em diversos países. A intervenção em caso de extravasamento requer fundamentação teórica e prática atualizada, uma vez que medidas de segurança no processo de administração de agentes quimioterápicos devem ser conhecidas pelas equipes de enfermagem, sendo de sua responsabilidade. Neste sentido, é fundamental monitorar a qualidade da assistência, refletir sobre a prática clínica com base naquilo que é observado e reforçar a cultura de segurança do paciente. Como considerações finais, apesar de não existirem recomendações uniformes acerca da melhor estratégia a adotar no intuito de prevenir infiltração e extravasamento de drogas, o diagnóstico e tratamento adequados poderão prevenir sequelas a longo-prazo.
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