Este artigo tem a intenção de refletir sobre o uso da psicodinâmica do trabalho no Brasil como teoria e método, e como tal, o papel que vem desempenhando para a compreensão das relações entre a saúde mental e o trabalho. Trata-se de uma abordagem preliminar e exploratória, que teve como base 79 artigos, dissertações, teses e outras publicações que apontam o modo como a psicodinâmica do trabalho vem sendo referenciada. Observa-se que, na grande maioria das vezes, a psicodinâmica é usada apenas como referencial teórico, sem terem sido seguidos os passos propostos no método para a investigação. Considera-se que, apesar de suas categorias teóricas serem amplamente utilizadas por pesquisadores brasileiros, ainda há um grande desconhecimento da potencialidade que oferece esse instrumento, enquanto método e possível prática, para o avanço do conhecimento neste campo de pesquisa e sua aplicação.Palavras-chave: Sofrimento psíquico, Processo de trabalho, Saúde mental, Método.Perspectives of psychodynamics of work use in Brazil: theory, method, and practice This article has the intention of contemplating about the use of the methodology of psychodynamics of work in Brazil as theory, method and practice, while a score for the understanding of the relationships between the mental health. It is treated of an exploratory approach that had as base 79 articles, dissertations, thesis, etc. where the methodology of psychodynamics of Work was used as a reference. It was observed that that methodology was used, in the great majority of the times, just as a theoretical reference, without it being following the steps proposed in the method for the investigation. It is considered that, in spite of their categories they be used thoroughly by Brazilian researchers, there is still a great ignorance of the potentiality that offers that instrument.Keywords: Mental suffering, Worker process, Mental health, Method. Introduçãoossa proposta neste texto foi a de refletir sobre o uso da psicodinâmica do trabalho no Brasil. Trata-se de uma abordagem exploratória. Ela teve como base o período de 1996 a 2009, no qual foram encontrados 79 artigos disponíveis nas bases de dados Scielo Brasil (Scientific Electronic Library Online) e PePSIC (Periódicos Eletrônicos em Psicologia), além de dissertações e teses disponíveis para consulta via internet e outros textos publicados em livros nos quais a psicodinâmica do trabalho foi utilizada como uma referência. Nossa intenção foi apresentar uma primeira revisão do que tem sido publicado no Brasil sobre o assunto, mas com o objetivo de construir uma reflexão -preliminar e exploratória -sobre o uso da psicodinâmica do trabalho enquanto abordagem teórico-metodológica de pesquisa e ação, visando ampliar e fortalecer a pesquisa e as ações no campo da saúde mental e trabalho. N O percurso da produção brasileira em psicodinâmica do trabalho teve início na década de 1980 e acompanha o desenvolvimento da própria teoria, preconizada por Christophe 141
Neste artigo, apresenta-se e discute-se os resultados de pesquisa realizada no Ambulatório de Doenças do Trabalho do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (ADT/HCPA), tendo como principal objetivo determinar as relações das Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) com o processo produtivo e suas conseqüências sobre a saúde física e mental dos trabalhadores estudados. Pode-se evidenciar um sofrimento associado à dor física, mas não só a ela. Para além dos aspectos fisiopatológicos da doença, percebemos que existe uma complexa relação que vincula a dor às vivências subjetivas e à identidade social.
RESUMO Introdução A medicina é uma atividade laborativa conhecida por elevados padrões de exigência. O período de formação do profissional médico inclui a residência médica, etapa em que fatores estressores podem ser magnificados. Assim, essa população poderia estar mais suscetível a síndrome de exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização profissional, conhecida como burnout. Objetivo Determinar a prevalência de burnout e de cada uma de suas dimensões na população de médicos residentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e investigar características sócio-ocupacionais associadas. Métodos Estudo transversal com médicos residentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), realizado no período de dezembro de 2015 a janeiro de 2016, mediante aplicação de um instrumento informatizado que contém dois questionários: um com variáveis sociodemográficas e o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI). Análise estatística foi realizada pelo software SPSS versão 18, sendo utilizado o teste exato de Fisher e o teste do Qui-Quadrado de Pearson para as correlações. Resultados Dos 506 médicos residentes do HCPA, 151 participaram voluntariamente do estudo. Burnout esteve presente em 123 participantes (81,5%). “Exaustão emocional” foi a mais frequente dimensão (53%), seguida por “despersonalização” (47,7%) e “falta de realização profissional” (45%). Gênero masculino e residentes do segundo ano apresentaram maior possibilidade estatística de desenvolver burnout, sendo que os últimos também apresentaram menor realização profissional e maior despersonalização. Residentes do quarto ano estiveram menos associados à despersonalização e ao burnout de maneira global. Residentes de especialidades cirúrgicas estiveram menos associados à exaustão emocional. Cursar Psiquiatria mostrou-se um fator protetor para despersonalização, enquanto Radiologia apresentou ser um risco para essa dimensão. Conclusão A alta prevalência de burnout entre médicos residentes, especialmente entre aqueles que cursam o segundo ano, suscita preocupação, uma vez que pode levar ao risco de desenvolver depressão, ao abandono profissional e à diminuição na qualidade assistencial prestada aos pacientes. Assim, medidas preventivas contra seu desenvolvimento, associadas ao diagnóstico precoce e manejo clínico adequado, são fundamentais para a redução de sua prevalência.
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