Introdução. O presente artigo trata de um relato de experiência de aprendizagem ativa na disciplina de Atenção Primária à Saúde I, ministrada no segundo semestre do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria, durante o primeiro semestre de 2018. Relato de experiência. A disciplina propôs uma série atividades de aprendizagem ativa com objetivo de ensinar conceitos importantes relacionados à Atenção Primária à Saúde (APS) e empoderar os acadêmicos enquanto protagonistas no processo de aprendizagem. Técnicas como “think-pair-share”, discussão em classe, em grandes grupos, aprendizagem baseada em problemas, gameficação, reações a vídeos e exercícios, experiências baseadas na comunidade e baseada em projetos foram utilizados. Discussão. Foram relatados altos níveis de satisfação e envolvimento por parte dos alunos. A experiência foi muito gratificante para as professoras, promoveu o aprendizado crítico e melhorou o relacionamento universidade-comunidade. Conclusão. O presente artigo relata o bom aproveitamento dessa experiência e discute as possibilidades de aplicação de aulas interativas e metodologias ativas nas graduações em Medicina.
Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a Graduação em Medicina vigentes, de 2014, preveem que os egressos do curso tenham responsabilidade social e promovam o acesso universal à saúde, com equidade e atendendo às necessidades segundo a vulnerabilidade. Para isso, é necessário o desenvolvimento de habilidades em humanização durante a graduação, embora a abordagem dessa temática ainda seja incipiente em muitos cursos. Assim, este artigo tem por objetivo relatar a experiência inovadora de uma disciplina sobre humanização na prática médica. Relato de experiência: A disciplina optativa “Atuação Médica Humanizada em Contextos Específicos”, foi criada em 2021, a partir da demanda dos estudantes de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria, e ministrada de forma remota online, devido à pandemia de SARS-CoV-2, durante o ano letivo de 2021. Quinze aulas síncronas, com duração de duas horas e participação de convidados especiais, abordaram as seguintes temáticas: Fundamentos em Medicina Humanizada, Clínica Ampliada na prática médica, Método Clínico Centrado na Pessoa, Saúde Rural, Saúde Indígena, Saúde da População LBGTQIA+, Saúde da População Negra, Saúde na Periferia e na Favela, Saúde Prisional, Saúde da População em Situação de Rua, Saúde da Pessoa com Deficiência, atuação médica em desastres, comunicação de más notícias, morte e luto, manejo de pacientes difíceis, e telemedicina. Os alunos produziram materiais textuais, audiovisuais e/ou científicos relacionadas aos conteúdos ministrados, e a disciplina foi muito bem avaliada pelos estudantes, mantendo elevada taxa de procura em 2022. Discussão: A temática da humanização é fundamental para uma formação integral, ética, crítica e acolhedora, preconizada pelas DCN. Os conteúdos da disciplina são essenciais para os futuros médicos, sobretudo os determinantes sociais de populações de alta vulnerabilidade, como a rural, a indígena, a LGBTQIA+, a negra, a habitante em periferias, a prisional, a em situação de rua e a de pessoas com deficiência. Conclusão: A experiência foi inovadora e proporcionou aprendizagem significativa sobre a humanização na atuação médica. A avaliação positiva da disciplina pelos estudantes demonstra seu potencial contribuinte para uma formação médica qualificada. A experiência relatada é adaptável a diferentes contextos, podendo ser facilmente reproduzida em outras graduações de Medicina.
Introdução: A pandemia de COVID-19 gerou profundos impactos na saúde das pessoas e no perfil socioeconômico populacional. Objetivo: Estudar o perfil socioeconômico e de estilo de vida em estudantes de Medicina brasileiros durante o segundo ano da pandemia de COVID-19. Metodologia: Estudo transversal, realizado entre outubro de 2021 e março de 2022, com 238 estudantes de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria. Resultados: Predomínio de respondentes mulheres (52,9%), brancos (74,4%), solteiros (92,4%), sem filhos (97,5%), jovens (idade média 23,3 anos), praticantes de atividades físicas (79,4%), não-fumantes (76,5%), consumidores de bebidas alcoólicas (78,6%) e que cursavam o ciclo clínico do curso (47,5%). Dos participantes, 51,2% não se consideravam pertencentes a grupos populacionais vulneráveis (negros, indígenas, habitantes rurais, habitantes de favelas, imigrantes/refugiados, pessoas com deficiência ou LGBT+), embora 24,8% tenham se declarado LGBT+. Conclusão: Os estudantes de Medicina participantes apresentaram um variável perfil socioeconômico, com aparente piora na renda, e mantiveram um bom estilo de vida durante a pandemia.
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