As microexclusões ocorrem através de práticas sutis e, muitas vezes, encobertas, que podem ser devastadoras para as vítimas. Microexclusões tendem a isolar um indivíduo em um determinado ambiente, também em casos em que este ambiente é considerado inclusivo. Este artigo tem como objetivo elaborar o conceito de microexclusão, macroexclusão, microinclusão e macroinclusão, apresentando exemplos de como tais práticas podem manifestar-se em diversos ambientes, assim como, no ambiente escolar. Em especial almeja-se discutir um importante fenômeno: macroinclusões podem levar a microexclusões. Essas noções serão relacionadas à educação inclusiva e, mais especificamente, à educação matemática, observando-se possíveis tipos de microexclusões. Consideramos que com este conhecimento, é possível indentificar processos de microexclusão que se relacionem com práticas na sala de aula, assim como possibilita uma análise das tensões que podem ocorrer em tal ambiente.
A discussão sobre a inclusão de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais está cada vez mais presente nos meios acadêmico e escolar. Este artigo discute um processo de negociação de sinais em Libras, em aulas de matemática, com base em atividade de ensino realizada com estudantes surdos dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola da rede pública de ensino. Dentre os diferentes aspectos que se mostraram relevantes, destaca-se a interação que se estabeleceu na sala de aula durante uma conversa sobre geometria, tema central das aulas. A primeira seção do artigo apresenta aspectos sobre a surdez e sobre a educação de pessoas surdas. Em seguida, são apresentados o contexto em que se deu a atividade de ensino e trechos das conversas em que os alunos negociam e fazem acordos sobre os sinais a serem utilizados para se referirem às figuras geométricas, que estavam ausentes nos dicionários. Os resultados indicam a importância do processo de negociação de sinais para a ampliação da Libras no campo lexical, bem como para o envolvimento dos alunos na atividade uma vez que oferece uma oportunidade de exploração das propriedades matemáticas envolvidas nas tarefas. Por fim, reconhece-se que a inclusão de estudantes com deficiência na escola regular parece estar bem amparada pela legislação em relação ao acesso, mas ainda é preciso mais ações que garantam espaços de aprendizagem para todos. Palavras-chave:Educação Matemática e Surdez. Ensino e Aprendizagem de Matemática. Educação Inclusiva. Libras. Geometria. AbstractThe theme on the inclusion of people with special educational needs is increasingly present in the academic and school environment. This article discusses a process of negotiation of signs in Brazilian sign language, Libras, carried out with deaf students in the early years of a public elementary school. Among the different relevant aspects in this teaching activity within the classroom, the interaction concerning geometry as a central theme is highlighted. The first section of the article presents aspects related to deafness and to the education of deaf
Este artigo apresenta uma reflexão que visa relacionar conceitos chave da Pedagogia Freiriana a uma perspectiva de inclusão nas aulas de matemática, a qual reconhece a diferença entre todos os estudantes. Em um contexto permeado por tensões, a complexidade dos processos de ensino e aprendizagem torna-se mais evidente ao se tentar promover uma educação democrática. Com o objetivo de contribuir para uma melhor compreensão das práticas baseadas no conceito de equidade, este artigo discute aspectos relativos à inclusão, tolerância e diálogo. Defende-se que práticas de ensino e aprendizagem baseadas no diálogo podem contribuir para o combate às práticas opressoras, favorecendo a tolerância, cooperação e construção da equidade, elementos essenciais para a inclusão de qualquer aluno nas aulas de matemática.
Nesse artigo trazemos reflexões sobre o encontro de estudantes surdos e ouvintes nas aulas de matemática. Visando contribuir para uma melhor compreensão de práticas pautadas pelo conceito de equidade, trazemos uma discussão sobre interações em aulas de matemática dentro de uma abordagem em que a interação dialógica fora privilegiada. Nossa referência para tais discussões são os resultados de uma pesquisa cujo foco foi a interação em uma sala de aula em que estudantes falam línguas diferentes – Português e Língua Brasileira de Sinais. Primeiramente, apresentamos o contexto em que a pesquisa foi realizada. Em seguida, são elucidados alguns aspectos relevantes da perspectiva de diálogo que fundamenta a análise. Para ilustrar como ocorreram as interações durante a realização das tarefas, apresentamos um episódio no qual são narradas as interações entre os participantes. Por fim, apresentamos nossas reflexões concernentes a proposta de Cenários para investigação e diálogo, em um ambiente de ensino que tem como foco a inclusão e a equidade. Os resultados indicam que propostas de tarefas baseadas em cenários para investigação, favorecem o padrão de interação dialógica, o qual se destaca por permitir que haja um movimento de enxergar o outro, de querer estar junto e de aprender com o outro. Compreendemos as interações e a comunicação dialógica entre estudantes surdos e ouvintes, como uma possibilidade de inclusão de surdos, uma vez que contribui para a cooperação e a construção da equidade nas aulas de matemática.
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