No ano de 2019, foi descoberto o vírus que viria a se chamar de SARS-CoV-2 e que provocou uma crise sanitária global. A pandemia de 2020, causada pela doença nomeada de Coronavírus disease 2019 ou COVID-19 alastrou-se rapidamente ao redor do mundo, impactando a população global e, especialmente, alguns grupos de risco, como pacientes com doenças cardiovasculares, obesos e diabéticos, por exemplo. Este estudo possui o objetivo de analisar e relatar as relações existentes entre a COVID-19 e os pacientes que possuem distúrbios metabólicos como a diabetes mellitus ou sofrem de obesidade, e ainda expor como hábitos de vida podem interferir na infecção do SARS-CoV-2. Trata-se de um levantamento bibliográfico sobre os principais consensos e estudos sobre a COVID-19. Sabe-se que o vírus inicia o processo de infecção no trato respiratório superior para dar início ao ciclo de replicação viral. A diabetes mellitus é considerada um fator de risco de alta gravidade e mortalidade, uma vez que a hiperglicemia altera a resposta imunológica do indivíduo, resultando em maiores riscos de infecções. Igualmente, pessoas obesas possuem um risco significativo devido à alta produção de citocinas pró-inflamatórias e alterações funcionais das células T que fazem ter uma resposta imunológica debilitada para conter a infecção. É essencial investir em medidas de prevenção de doenças, como a prática de atividades físicas e mudanças para bons hábitos alimentares com objetivo de melhorar a qualidade de vida e ter uma resposta imune eficaz especialmente no contexto pandêmico.
Informações sobre o novo coronavírus tem circulado diariamente, chegando a população por diversas fontes como mídia televisionada, radiodifusão e mídias digitais, sendo necessário e urgente que essas informações sejam produzidas e veiculadas de forma precisa e confiável, contribuindo para que as pessoas tomem decisões conscientes e adotem comportamentos positivos de modo a proteger a si e o outro. A Educação em Saúde (ES) tem trabalhado nesse sentido, utilizando diversas estratégias para comunicação com a sociedade, entre elas o uso de imagens, da arte. O mural grafite, como expressão artística, vem sendo utilizado em projetos para ES em várias cidades no Brasil e no mundo. Em Campos dos Goytacazes, RJ, o uso de mural grafite com temas relacionados à saúde, a prevenção de doenças é algo inédito. Objetiva-se assim, compreender os significados atribuídos pelos indivíduos sobre medidas de proteção e prevenção para COVID-19 a partir da interação com um mural grafite, visando a promoção da educação em saúde para a doença. A pesquisa foi do tipo observacional transversal com moradores da cidade, em circulação na área de exposição do mural, que responderam a uma entrevista com questões sobre perfil demográfico e para COVID-19, comportamento e atitudes relacionadas à doença. A análise dos dados quantitativos foi por frequência de ocorrência e, qualitativamente, pela Análise Textual Discursiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos com Parecer 5.398.177. De um total de 227 indivíduos, 212 assinaram o Termo de Consentimento. O perfil demográfico constitui-se por: gênero feminino (63,7%), idade média de 39 anos, branca (70,8%), carteira assinada (33,6%), catolica (44,8%), casada (48,1%), Ensino Superior incompleto (32,4%) e residente na região central da cidade (13,7%). Quanto ao perfil para COVID-19, 43,6% afirmaram ter tido a doença, desses, 87% fizeram exame diagnóstico e 8,7% estiveram hospitalizados. O comportamento e atitude para prevenção da doença: 44 realizam o uso de máscara na rua, 99 o fazem somente em ambientes fechados e 7, o tempo todo. Quanto à higienização das mãos, 92,9% lavam e 95,3% fazem uso de álcool em gel. O isolamento social foi praticado por 85,8% e 14,7% fazem distanciamento social. Quanto à vacinação, 99,1 % já fizeram, desses com 3 doses, 67,9% e, 2, 30,1%. As interações com as imagens do mural possibilitaram significações para prevenção da COVID-19 expressas nas palavras: vacina, vacinação, máscara, distanciamento, cuidado, pandemia não acabou, trabalho coletivo, importância do profissional de saúde. Observa-se assim, um perfil demográfico de mulheres, com carteira assinada, brancas, católicas, com Ensino Superior incompleto e residentes na área central da cidade, sendo que metade afirmaram terem tido COVID-19, sendo a maioria diagnosticada e com baixa prevalência de hospitalizações. A prevenção da doença é realizada com o uso de máscara, por menos da metade dos indivíduos e em ambientes fechados. A higienização das mãos é feita com álcool em gel ou água e sabão, por quase todos, assim como a vacinação, sendo que mais da metade já tomou ao menos três doses. Os significados, registrados após interação com o mural, foram observados a partir das expressões que marcam aspectos positivos para prevenção da doença. Infere-se que a prática de ações de Educação em Saúde pela arte possibilitou a interação e comunicação pública do conhecimento científico para o autocuidado e prevenção da COVID-19.
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