No ano de 2019, foi descoberto o vírus que viria a se chamar de SARS-CoV-2 e que provocou uma crise sanitária global. A pandemia de 2020, causada pela doença nomeada de Coronavírus disease 2019 ou COVID-19 alastrou-se rapidamente ao redor do mundo, impactando a população global e, especialmente, alguns grupos de risco, como pacientes com doenças cardiovasculares, obesos e diabéticos, por exemplo. Este estudo possui o objetivo de analisar e relatar as relações existentes entre a COVID-19 e os pacientes que possuem distúrbios metabólicos como a diabetes mellitus ou sofrem de obesidade, e ainda expor como hábitos de vida podem interferir na infecção do SARS-CoV-2. Trata-se de um levantamento bibliográfico sobre os principais consensos e estudos sobre a COVID-19. Sabe-se que o vírus inicia o processo de infecção no trato respiratório superior para dar início ao ciclo de replicação viral. A diabetes mellitus é considerada um fator de risco de alta gravidade e mortalidade, uma vez que a hiperglicemia altera a resposta imunológica do indivíduo, resultando em maiores riscos de infecções. Igualmente, pessoas obesas possuem um risco significativo devido à alta produção de citocinas pró-inflamatórias e alterações funcionais das células T que fazem ter uma resposta imunológica debilitada para conter a infecção. É essencial investir em medidas de prevenção de doenças, como a prática de atividades físicas e mudanças para bons hábitos alimentares com objetivo de melhorar a qualidade de vida e ter uma resposta imune eficaz especialmente no contexto pandêmico.
Introdução: A obesidade é uma doença crônica considerada um problema de saúde pública, com etiologia multifatorial. Se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e acomete indivíduos em qualquer faixa etária, incluindo a infância. A cirurgia bariátrica gera grande impacto no controle e no tratamento da obesidade mórbida e os seus benefícios incluem: resolução ou melhora de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, dislipidemia, entre outras comorbidades, além de aspectos psicológicos e sociais. Objetivos: Identificar o perfil dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade. Métodos: Utilizou-se formulários do programa REDcap, contendo identificação, comorbidades associadas, tipo de técnica utilizada na cirurgia e data de sua realização, além das medidas antropométricas pré e pós operatórias, incluindo o índice de massa corpórea (IMC). Foi feita uma amostragem de 185 prontuários de pacientes num período de 2010 a 2016, no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), em Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil. Resultados: Dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, 84.4% eram do sexo feminino, 24.6% se declaravam de raça branca, 65.4% eram apresentados como solteiros, 5.6% relataram ter iniciado a obesidade entre 18 e 39 anos, 79.9% moravam em Campos dos Goytacazes na época da cirurgia, 88.8% dos indivíduos foram submetidos à técnica de gastroplastia com derivação intestinal (bypass gástrico), 38.0% não fumavam, 50.8% eram portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) em tratamento ou não com anti-hipertensivos orais, 28.5% eram portadores de diabetes mellitus do tipo II (DM2), 21.2% eram dislipidêmicos, 15.1% eram eutireoideos e a média do IMC das pessoas antes da cirurgia foi de 44,76% kg/m². Discussão: Os achados sugerem uma atenção maior para a saúde das mulheres que estão na idade reprodutiva, visto a prevalência da obesidade nesse período. A investigação nessa faixa etária, direcionaria a triagem, possibilitaria diagnóstico e tratamento precoces, como a indicação para a cirurgia bariátrica. Foram identificadas limitações em relação às variáveis analisadas devido à falta de informações nos prontuários médicos por preenchimento inadequado. As informações ausentes, foram representadas nos formulários pela opção “não informado”. Sugere-se rigorosidade e padronização no preenchimento dos prontuários médicos para melhoria das análises. Conclusão: O perfil cirúrgico dos pacientes que buscaram a cirurgia bariátrica para correção da obesidade foi predominantemente de mulheres, com idade média de 39 anos que se declararam brancas, solteiras, com histórico de ter iniciado a obesidade entre os 18 aos 39 anos. As doenças relatadas com maior frequência foram HAS, DM2 e dislipidemia, demonstrando a importância da detecção e tratamento precoce.
A Síndrome de Hamman (SH) é uma condição rara com uma baixa prevalência, entre 0,001% e 0,01%, que se caracteriza pela presença de ar no mediastino, podendo estar relacionada à exacerbação de asma, a prática de exercícios físicos de alta intensidade, tosse intensa e inalação de drogas. O seguinte relato tem como objetivo: informar sobre a existência de pneumomediastino espontâneo e relatar o caso de um paciente asmático com a Síndrome de Hamman. Paciente masculino, branco, 14 anos de idade, procurou o pronto-socorro com quadro de tosse seca e dispneia, além de dor intensa em pescoço e região torácica após crise asmática. Refere diagnóstico prévio de asma, em uso irregular de prednisolona. O paciente foi internado e recebeu monitorização não-invasiva, analgesia, fez uso de corticoide oral (hidrocortisona), além de broncodilatadores inalatórios (fenoterol e ipratrópio). Após cinco dias de internação hospitalar, houve redução substancial do enfisema subcutâneo com melhora da ausculta respiratória. A SH, apesar de ser uma condição imprevista no pronto-socorro, é potencialmente fatal. Desse modo, é necessário uma visão crítica de pacientes com enfisema subcutâneo cervical, dor torácica e alteração na fala, principalmente se excluídas outras causas. Pela tomografia computadorizada, é possível alcançar um diagnóstico preciso e rápido.
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