O dialeto Nordeste brasileiro licencia o uso de vogais médias baixas em posição pretônica, ao contrário do sul e sudeste. Isto pode ter implicações para os efeitos, em termos de processos fonológicos. Foram analisadas amostras de fala de 18 indivíduos, 12 crianças, com idades entre 10 meses e 4 anos e 6 adultos, de ambos os sexos. As vogais médias pretônicas, no nordeste, são produzidas principalmente como vogal média baixa ou alta, tal como / i / e / u /, ambas resultantes de um processo de redução, ou ainda de harmonia, o que significa dizer que os participantes optaram pelas seguintes variações: média alta → média baixa, média alta → alta, mas raramente produziram como média-alta, que foi empregada apenas em contextos super favorecedores, ocorrendo apenas em casos de média-alta vogais em sílaba seguinte. O uso dessas três variantes (alta, média-baixa e média-alta) sugere uma forte tendência para a harmonia vocálica neste dialeto.
A proposta foi trazer para a fonologia clínica o modelo bidirecional de Boersma (2007;2009), o BiPhon-OT, que integra as gramáticas de percepção e produção, a partir da interação de restrições de pista, estrutura e fidelidade, que conectam as três formas de representação: forma fonética, forma de superfície e forma subjacente. A ideia foi utilizar este modelo para formalizar dados de sistemas desviantes. Foram discutidos os transtornos fonológicos, cujos dados e processos fonológicos comuns já foram descritos pela literatura, na intenção de oferecer uma nova proposta de entendimento -um modelo bidirecional de discussão teoricamente orientada da fala da criança, o BiPhon-OT. Foram analisados dados de 49 crianças diagnosticadas com alguma alteração de fala, de 3 a 14 anos. A avaliação incluiu: exame clínico da motricidade orofacial; Avaliação Fonológica, por provas nomeação e repetição a partir de teste padronizado (Yavas et al, 1999), interações espontâneas, teste de vocabulário expressivo e observação comportamental; Testes de percepção de fala; Testes de processamento linguístico cognitivo; Testes de consciência fonológica e de planejamento motor da fala. A análise foi feita via BiPhon-OT. O modelo forneceu suporte teórico e metodológico para diagnóstico diferencial, incluindo Apraxia de fala infantil e outros transtornos da fala, bem como formalização para o diagnostico diferencial entre os transtornos fonéticos e fonológicos. A partir da formalização, foi possível observar que as crianças podem falhar em testes articulatórios, em tarefas cognitiva-linguisticas, em produção, em percepção de fala, ou em ambos. As alterações de fala situadas na interação entre os níveis fonético, fonológico e lexical tornam útil esta discussão. O BiPhon-OT permitiu acessar e formalizar falhas específicas envolvidas nos transtornos de fala e/ou nos desvios. Foi possível identificar se a falha no desvio está no reconhecimento e uso lexical das informações fonológicas, em perceber ou organizar os traços distintivos e os contrastes, ou, ainda, se está na nas ações motoras, tanto no que diz respeito à produção, como no que diz respeito à percepção, visto que são processos integrados. Essa formalização pode fornecer aos fonoaudiólogos um modelo que integra a compreensão e produção na avaliação, diagnóstico diferencial e terapia. Trouxe, ainda, a possibilidade de a compreensão, antes tida como um processo serial, ser entendida como um processo que funciona interativamente, ou em paralelo. Assim, acomoda melhor a ideia de que informações no léxico podem influenciar no que o ouvinte percebe pre-lexicalmente.Palavras-Chave: processamento de fala, produção, compreensão, transtornos dos sons da fala.
Propósito: O presente estudo tem como objetivo desenvolver, a partir das ferramentas do Design Thinking e do Business Model Canvas, um recurso visual dinâmico que permite o diálogo sobre insights gerados por toda pesquisa e desempenho clínico para melhorar o gerenciamento de casos clínicos. Método: O modelo diamante duplo foi utilizado como abordagem metodológica para definir o problema. A partir disso, foi possível definir os principais fatores agravantes para o problema, bem como a definição do problema central. Resultados: Como resultado, nove tópicos foram selecionados como pontos-chave para o sucesso na gestão clínica e esses tópicos podem ser personalizados para outras clínicas, pois são padrão na área da saúde. O Clinical Canvas resume as ideias dos líderes no projeto de saúde para permitir que os profissionais de saúde desenvolvam a capacidade de criar seu próprio laboratório ou avaliar criticamente seu desempenho, com base no gerenciamento eficaz de casos clínicos, úteis para o planejamento estratégico e os fins de gestão de casos clínicos que tradicionalmente existem. Para avaliações qualitativas e quantitativas realizadas com cuidadores, será utilizada uma forma digital iterativa. Conclusão: A Tela Clínica sintetiza insights de líderes em design de saúde para permitir que os profissionais de saúde desenvolvam a capacidade de criar seu próprio laboratório ou avaliar criticamente seu desempenho, com base no gerenciamento clínico eficaz de casos clínicos, úteis para fins estratégicos de planejamento e gerenciamento de casos clínicos que tradicionalmente existem.
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