RESUMOO estudo investigou a preferência pelo tipo de parto em 40 gestantes primigestas por meio de uma entrevista semiestruturada. A maioria das gestantes (75%) relatou preferir o parto normal, principalmente porque acreditam ter uma rápida recuperação e ser melhor para elas e/ou bebês. 15% das gestantes preferiram a cirurgia cesariana porque consideram ser um parto sem dor e essas preferências, em geral, foram influenciadas por amigas. A maioria das gestantes afirmou que diante do parto temem: sentir dor/sofrer, acontecer algo com elas e/ou bebês, a situação desconhecida ou avaliada como negativa e a presença de pessoas de confiança, como o marido, a mãe ou o médico, poderia minimizar esse temor. Esses resultados reforçam as contribuições de profissionais da saúde, como os psicólogos, no atendimento das necessidades psicossociais de gestantes diante do parto e do nascimento. Rcncxtcu/ejcxg: parto normal; cesárea; gravidez; psicologia da saúde. ABSTRACT Pregnant Women's Preference for Vaginal or Caesarean ChildbirthThe study investigated the preference for delivery in 40 pregnant women using a semi-structured interview. Most women (75%) reported a preference for vaginal delivery, mainly because they believe it will result in a speedy recovery and be better for them and/or their babies. Of the women interviewed, 15% preferred a caesarean section because they considered it be less painful. These preferences, in general, were influenced by friends. Most women said they had fear of parturition due to: feelings of pain/suffering, concern of something happening to them or their babies and because the situation is unknown or assessed in a negative fashion. The presence of trusted people, like one's husband, mother or doctor, could minimize this fear. These results reinforce the contributions of health professionals, such as psychologists, in answering the psychosocial needs of pregnant women in situations of delivery and birth. Mg{yqtfu: vaginal birth; caesarean section; pregnancy; health psychology.Em países ocidentais, desde a década de setenta, há registros de aumento das taxas de cesariana (Halvorsen, Nerum, Oian & Sorlie, 2008) que tem preocupado muitos pesquisadores de diferentes áreas da saúde médica, psicológica e social. Várias pesquisas têm chamado a atenção para o elevado índice de cesarianas realizadas no país
Paulo Rennes Marçal RIBEIRO 3 RESUMO: este texto aborda a presença de idéias preconceituosas sobre a sexualidade de pessoas com deficiência discorrendo, de modo critico e reflexivo, sobre diversos mitos, tais como: (1) pessoas com deficiência são assexuadas: não têm sentimentos, pensamentos e necessidades sexuais; (2) pessoas com deficiência são hiperssexuadas: seus desejos são incontroláveis e exacerbados; (3) pessoas com deficiência são pouco atraentes, indesejáveis e incapazes para manter um relacionamento amoroso e sexual; (4) pessoas com deficiência não conseguem usufruir o sexo normal e têm disfunções sexuais relacionadas ao desejo, à excitação e ao orgasmo; (5) a reprodução para pessoas com deficiência é sempre problemática porque são pessoas estéreis, geram filhos com deficiência ou não têm condições de cuidar deles. A crença nesses mitos revela um modo preconceituoso de compreender a sexualidade de pessoas com deficiência como sendo desviante a partir de padrões definidores de normalidade e isso se torna um obstáculo para a vida afetiva e sexual plena daqueles que são estigmatizados pela deficiência. Esclarecer esses mitos é um modo de superar a discriminação social e sexual que prejudica os ideais de uma sociedade inclusiva. PALAVRAS-CHAVE: educação especial; sexualidade; deficiências; preconceito; mitos.ABSTRACT: This article discusses the presence of prejudice regarding the sexuality of people with disabilities. The issues that are described in a critical and reflective manner include various myths, such as: (1) people with disabilities are asexual: they have no feelings, thoughts and sexual needs, (2) people with disabilities have hightened sexuality: their desires are uncontrollable and exacerbated, (3) people with disabilities are unattractive, undesirable and unable to love and have sexual relationship, (4) people with disabilities are unable to enjoy normal sex and have sexual dysfunctions related to desire, excitement and orgasm, (5) reproduction for people with disabilities is always problematic because they are infertile, have children with disability or are unable to care of them. Belief in these myths reveals a biased understanding of sexuality of disabled people, seen as deviant, from normal standards. This is a barrier to affection and sex fulfillment for those who are stigmatized by disability. Clarifying these myths is a way of overcoming social and sexual discrimination that hinders the ideal of an inclusive society.
RESUMO -A saúde masculina é ainda pouco discutida. Estudos mostram que há um padrão social hegemônico sobre o masculino que influencia comportamentos preventivos de homens diante da saúde. Esta pesquisa, qualitativo-descritiva, investigou por meio da análise de conteúdo de entrevistas de dois homens hospitalizados, as suas concepções sobre gênero e saúde/adoecimento. Sob o ponto de vista masculino, homens e mulheres ficam doentes igualmente, embora as mulheres cuidem mais e preventivamente da sua saúde devido ao corpo reprodutivo. Os homens cuidam menos da saúde porque têm dificuldades em se afastar do trabalho, procuram por ajuda médica apenas diante de situações críticas que impõem limites na vida social e adoecem de modo mais severo. As concepções identificadas enfatizam a necessidade de elaboração de políticas públicas, que visem promover a saúde, específicas à população masculina.Palavras-chave: masculinidade; gênero; hospitalização; pesquisa qualitativo-descritiva. Conceptions of Hospitalized Men about the Relation between Gender and HealthABSTRACT -The masculine health is still little argued. Studies show that there is a hegemonic social standard on masculine that influences men's preventive behaviors on health. This study, qualitative-descriptive, had investigated by means of the interview analysis of two hospitalized men, their conceptions about the relation between gender, health/illness. Under the masculine point of view, men and women become equally ill, even though women take care more and preventively of their health due to her reproductive body. Men are careless of their health because they have difficulties in get out from work, they only look for medical aid in critical situations that limits their social life, and they get more severe diseases. The identified conceptions emphasize the necessity of elaboration of public policies to health's promotion, specific to the masculine population.
RESUMO. Este artigo relata um projeto na área da Psicologia da Educação com referencial histórico-cultural. O projeto foi desenvolvido em uma escola de ensino fundamental que teve como objetivo oferecer educação sexual para adolescentes auxiliando-os para viverem com autonomia e responsabilidade sua sexualidade. A intervenção ocorreu em 15 encontros semanais, com o uso de diferentes estratégias metodológicas abrangendo os seguintes temas: 1) Identidade Grupal e levantamento de expectativas, 2) regras de convívio grupal, 3) Conceito de Sexualidade; 4) Conceito social de adolescência, 5) Fisiologia e saúde, 6) Saúde Sexual e reprodutiva, 7) Iniciação Sexual, 8) Gravidez na Adolescência, 9) Violência Sexual, 10) Padrões de Beleza e atitudes de discriminação e 11) Gênero e diversidade sexual. Alunos e professores avaliaram a proposta de intervenção como satisfatória e necessária na escola. Almeja-se a continuidade do projeto com outros alunos e oferecer formação aos professores.
RESUMO: O objetivo deste trabalho consistiu em utilizar estratégias para obter e analisar relatos sobre sexualidade de cinco jovens, ambos os sexos, com deficiência mental, por diferentes procedimentos metodológicos: 1) Desenho da Figura Humana; 2) Apresentação de bonecos da família sexuada; 3) Apresentação das pranchas dos temas: namoro, casamento, masturbação, jogos sexuais, menstruação, relação sexual, gravidez, parto, amamentação e abuso sexual. Observou-se que os jovens: a) têm noção de identidade e papéis sexuais; b) diferenciam e nomeiam órgãos sexuais humanos, especialmente o órgão sexual masculino adulto; c) apesar de saberem nomeá-los, nem todos sabem sua função; d) com frases curtas e objetivas os jovens mostraram os conceitos sobre os diferentes temas apresentados. As estratégias utilizadas foram eficientes para incentivar o relato de jovens com limitação intelectual em temas complexos como a sexualidade. Palavras-chave: sexualidade, deficiência mental, recursos metodológicos REPORTS OF YOUTHS WITH MENTAL DEFICIENCY ABOUT THE SEXUALITY BY DIFFERENT STRATEGIESABSTRACT: The aim of this study was to use strategies to obtain and analyze reports about sexuality of five young, both sexes, with mental deficiency, by different methodological procedures: 1) The Draw of the Human body; 2) puppets of the sex family; 3) boards of the themes: date, marriage, masturbation, sexual games, period, sexual relationship, pregnancy, childbirth, breast-feeding and sexual abuse. It was observed that the youths: a) have notion about sexually identity and sexual rows; b) name and differentiate human sexual organs, especially the adult sexual male organ; c) in spite of knowing how to name them, nor all know its function; d) with short sentences and lenses the youths showed the concepts of the different presented themes. The strategies used were efficient to motivate the youths' report with intellectual limitation in complex themes as the sexuality.Key-words: sexuality, mental deficiency, methodological resources A sexualidade da pessoa com deficiência mental é inegável, pois, como atributo humano, ela é inerente a qualquer pessoa a despeito de limitações incapacitantes de cunho biológico, psicológico ou social. Ainda que o grau do retardo possa influenciar sobremaneira a capacidade de manifestar e vivenciar vín-culos afetivo-sexuais, a maior problemática do deficiente mental não está na sua condição biológica ou nos deficits intelectuais, mas sim na dificuldade da sociedade em lidar com a manifestação e com a educação sexual da pessoa deficiente mental (Denari, 1997;Gale, 1989;Gherpelli, 1995;Glat, 1992;Glat& Freitas, 1996;Maia, 2001a;Pinei, 1999). Acrescente-se que, na grande maioria dos chamados deficientes mentais no Brasil ocorre um comprometimento leve ou moderado.A esse respeito Maia (2001a) afirma:"A conduta sexual, as relações interpessoais e a convivência com parceiros são freqüentemente relacionadas ao
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