The article analyzes the role of Permanent Committees of Teaching-Service Integration (CIES) in the implementation of Permanent Education in Health Policy (EPS). It is a multicenter study with a qualitative-quantitative approach which used a self-applied online questionnaire and a semi-structured interview for data collection. The key respondants were the responsible for EPS Policy of the 27 State Health Secretariats (SES) and 7 coordinators of CIESs of the five regions of Brazil. The findings showed the existence of a specific EPS sector in most SES; high level of schooling, experience and stable employment status of the managers. Regarding CIESs, it was verified: existence in most of the states; creative process diversity; plural composition; regularity of meetings; good relationship with training institutions; difficulties in the use and management of resources destined for EPS. The study indicated progress, showing the importance of these instances as spaces of negotiation, agreement and development of EPS. However, challenges still need to be overcome in order to consolidate projects in the SES, strengthening the PNEPS.
ResumoEste artigo discute os limites e as potencialidades da gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família, a partir do discurso dos gestores formais, ocupantes de cargos de autodireção na gestão municipal da saúde. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. Foram entrevistados 72 gestores, por meio de entrevista semiestruturada com base em um roteiro guia, em 36 municípios. A análise dos dados foi fundamentada no método de análise do discurso. Os resultados apontam limites à constituição da gestão do trabalho nos municípios, com destaque para a interferência política, baixa provisão de profissionais médicos, inoperância das redes de atenção à saúde e o controle financeiro e orçamentário no bojo da macropolítica. Dentre as potencialidades, são citados o vínculo trabalhador-usuário, a gestão compartilhada, o controle de metas e resultados e o Programa Mais Médicos. Nesse sentido, o maior desafio na ativação da potência para a ação do trabalhador consiste na inovação por meio de novos modos de produzir a gestão do trabalho, com base na cogestão com espaços dialógicos de tomada de decisão que tenham a potência de disparar novas formas de vida no gestor e no trabalhador, através da democratização da tomada de decisão.
Resumo Ao considerar a amplitude e a complexidade do papel que os agentes comunitários de saúde assumem na Estratégia Saúde da Família, constituiu-se objeto do estudo apresentado neste artigo conhecer o perfil e a realidade de trabalho desses profissionais, no sentido de contribuir para a consolidação do Sistema Único de Saúde. Tratou-se de estudo quantitativo, realizado em dez municípios com população superior a 50 mil habitantes no Espírito Santo, de julho de 2012 a agosto de 2013. Foram selecionadas unidades de saúde da família com equipes completas, totalizando 121 agentes comunitários de saúde participantes do estudo. Os dados foram coletados mediante questionário estruturado autoaplicável. Os resultados revelaram que as atividades realizadas com maior frequência pelos agentes eram: visita domiciliar, atualização de cadastro, reunião de equipe e acompanhamento dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Embora grande parte dos agentes fizesse o mapa inteligente e o diagnóstico de saúde, somente 13,2% identificaram famílias de risco e 14,9% realizaram o levantamento de problemas de saúde de sua microárea. Assim, questionou-se a verdadeira finalidade do mapa inteligente e do diagnóstico de saúde, ou a forma de participação do agente na elaboração desses instrumentos, o que poderia estar restrito somente à formalização da prática.
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