Desvendando os processos de trabalho do agente comunitário de saúde nos cenários revelados na Estratégia Saúde da Família no município de Vitória (ES, Brasil)Disclosing the work processes of the community health agents on the Family Health Strategy in Vitória (ES, Brazil)
ResumoEste artigo discute os limites e as potencialidades da gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família, a partir do discurso dos gestores formais, ocupantes de cargos de autodireção na gestão municipal da saúde. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. Foram entrevistados 72 gestores, por meio de entrevista semiestruturada com base em um roteiro guia, em 36 municípios. A análise dos dados foi fundamentada no método de análise do discurso. Os resultados apontam limites à constituição da gestão do trabalho nos municípios, com destaque para a interferência política, baixa provisão de profissionais médicos, inoperância das redes de atenção à saúde e o controle financeiro e orçamentário no bojo da macropolítica. Dentre as potencialidades, são citados o vínculo trabalhador-usuário, a gestão compartilhada, o controle de metas e resultados e o Programa Mais Médicos. Nesse sentido, o maior desafio na ativação da potência para a ação do trabalhador consiste na inovação por meio de novos modos de produzir a gestão do trabalho, com base na cogestão com espaços dialógicos de tomada de decisão que tenham a potência de disparar novas formas de vida no gestor e no trabalhador, através da democratização da tomada de decisão.
O objetivo deste estudo foi avaliar a aplicabilidade da escala de escala de Coelho (EC) e determinar a sua adequação à realidade observada nas famílias acompanhadas pela Unidade de Saúde Maria Rangel Passos (USFMRP) no município de Vitória (ES). Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de corte transversal, desenvolvido na região de saúde da Grande Maruípe. A princípio, foi feita a classificação das famílias segundo a EC e os resultados foram apresentados a um grupo de discussão, que propôs mudanças e possíveis alterações na EC, sendo a nova ferramenta denominada como "critério UFES". Para verificar a aplicabilidade desse instrumento e realizar uma comparação com os resultados obtidos da classificação pela EC, foram selecionadas, de forma aleatória, e visitadas, inclusive pelo ACS, trinta famílias atendidas na USFMRP. Esta nova escala permitiu identificar um maior número de famílias de risco mínimo e orientar as diversas ações que são realizadas no cotidiano de uma Unidade de Saúde, com o objetivo de definir prioridades e reorientar as práticas exercidas pelos profissionais rumo à consolidação de uma assistência mais equânime e integral, centrada no atendimento das reais necessidades sociais em saúde das famílias atendidas no âmbito da Estratégia de Saúde da Família.
Resumo Ao considerar a amplitude e a complexidade do papel que os agentes comunitários de saúde assumem na Estratégia Saúde da Família, constituiu-se objeto do estudo apresentado neste artigo conhecer o perfil e a realidade de trabalho desses profissionais, no sentido de contribuir para a consolidação do Sistema Único de Saúde. Tratou-se de estudo quantitativo, realizado em dez municípios com população superior a 50 mil habitantes no Espírito Santo, de julho de 2012 a agosto de 2013. Foram selecionadas unidades de saúde da família com equipes completas, totalizando 121 agentes comunitários de saúde participantes do estudo. Os dados foram coletados mediante questionário estruturado autoaplicável. Os resultados revelaram que as atividades realizadas com maior frequência pelos agentes eram: visita domiciliar, atualização de cadastro, reunião de equipe e acompanhamento dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Embora grande parte dos agentes fizesse o mapa inteligente e o diagnóstico de saúde, somente 13,2% identificaram famílias de risco e 14,9% realizaram o levantamento de problemas de saúde de sua microárea. Assim, questionou-se a verdadeira finalidade do mapa inteligente e do diagnóstico de saúde, ou a forma de participação do agente na elaboração desses instrumentos, o que poderia estar restrito somente à formalização da prática.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.