RESUMOUm filme é um texto multissemiótico que combina e gera sistemas semióticos, que por sua vez, geram significação para compor o todo, criando significados (BALDRY; THIBAULT, 2002). Ler um texto audiovisual é uma tarefa complexa, pois é preciso ser espectador, ouvinte e leitor ao mesmo tempo, com diversos canais de informação para decodificar (NEVES, 2005). Dessa forma, o público surdo e ensurdecido, sem o auxílio da legenda ou janela de LIBRAS pode ficar sem alguma informação necessária para o entendimento da trama fílmica. Nesse trabalho, abordaremos a legendagem para surdos e ensurdecidos (LSE) e, em especial, a tradução de efeitos sonoros. O objetivo é encontrar convencionalidade na tradução de efeitos sonoros nas legendas para surdos e ensurdecidos. Pretende-se auxiliar não apenas o legendista, mas também o espectador surdo que poderá ler e identificar o som mais facilmente, melhorando seu tempo de leitura, o que é importante em um gênero como a legendagem. Para tanto, buscamos a linguística de corpus como metodologia. Assim, foi montado um corpus piloto com 15 filmes. Um estudo preliminar realizado com uma das categorias (som de objeto) mostrou que a metodologia utilizada é eficaz para o estudo pretendido, pois foi possível estabelecer algumas diretrizes em relação ao som causado por objetos. Tais como: privilegiar sons que interajam com os personagens em tela e dar preferência à tradução por meio de orações que possuam uma ideia completa, de modo que se saiba qual a origem e o tipo de ruído que se está traduzindo. Como, por exemplo, "porta bate", pois indica a fonte do ruído: a porta -e o som produzido: a ação de bater. Palavras-chave: linguística de corpus; convencionalidade; tradução audiovisual.
ABSTRACTA movie is a multissemiotic text that combines and generates semiotic systems, which generate significance to compose the whole, creating meanings (BALDRY, THIBAULT, 2002). Reading an audiovisual text is a complex task, because one has to be spectator, listener and reader at the same time, with several input channels to decode (NEVES, 2005). As a result, the deaf and hard of hearing public may lack important information for