O câncer infantil é considerado uma doença crônica associada a sofrimento e possibilidade de morte. Nesse contexto, sabe-se que a comunicação é uma das principais mediadoras do cuidado em oncologia. Comunicar notícias é algo além da mera transmissão de informações, sendo considerada uma das atividades mais delicadas da prática clínica do profissional de saúde. Diante disso, este trabalho tem o objetivo de discutir o câncer infantil e os aspectos relacionados às emoções envolvidas diante da comunicação de notícias, principalmente as más notícias, decorrentes do diagnóstico e tratamento realizado, utilizando contribuições oriundas da psicanálise. O trauma e a angústia decorrentes de situações inesperadas e difíceis podem acarretar sentimentos de impotência e desamparo, promovendo sofrimento, atitudes passivas ou fuga. Nesse sentido, os médicos, sensíveis a isso, podem adotar atitudes que minimizem tais sentimentos. Este artigo reflete ainda sobre algumas dificuldades enfrentadas pelos médicos quando se deparam com um diagnóstico grave ou um prognóstico ruim. Para além da comunicação da notícia, discute-se sobre o momento em que o profissional descobre a notícia: O que passa pela cabeça deste profissional? Quais expectativas ele lança para o paciente? Atualmente a comunicação é considerada um dispositivo fundamental no alcance de metas terapêuticas e formação do vínculo da tríade paciente, família e equipe de saúde.
Este trabalho reflete sobre a noção de vínculo e de aliança inconsciente à luz da Psicanálise das Configurações Vinculares, que tem como base a Psicanálise Freudiana, porém estende seu campo de abordagem para o grupo. O vínculo é o principal conceito que singulariza esta teoria, pois aponta para a existência de um aparelho psíquico grupal e exige a triangulação eu – outro(s) – conector, em que o conector é o que existe de comum e sustenta o vínculo. A discussão será ilustrada com trechos de uma entrevista realizada com Tiago, uma criança que teve tumor de sistema nervoso central (SNC), estava fora de tratamento oncológico e apresentava rebaixamento da visão decorrente da doença e da terapia oncológica. Discute-se a posição dele no grupo familiar como “porta-sintoma” de uma situação angustiante. Há uma aliança de mal entendido em torno da sequela permanente e ele adota uma posição passiva para proteger os pais da angústia. A inserção do psicanalista nos centros especializados de tratamento do câncer infantil abre a possibilidade de intervenções em situações em que os pais negam as angústias e as dificuldades. Há a aposta que, proporcionando um espaço para serem escutadas e observadas questões referentes à dinâmica familiar, podem-se esclarecer os lugares de cada membro e trabalhar no sentido de favorecer a elaboração do que está sendo vivido, contribuindo para a formação de vínculos menos alienantes.
O diagnóstico de uma doença, independentemente do tipo, grau e natureza, pode promover, pois nem sempre essas emoções são suscitadas, a sensação de desespero e insegurança, especialmente pelo desconhecimento sobre o seu enfrentamento. Nessa ocasião, a base espiritual e religiosa, pautada na força da oração, abre um importante canal de comunicação entre o enfermo e Deus, tendo na fé o principal suporte do imaginário do doente, atuando positivamente na crença profunda, sustentada pela possibilidade da interseção divina na cura da doença. No âmbito social, a religiosidade e a espiritualidade se sobressaem como suportes preditivos, direcionados ao bem-estar físico e mental do doente. Este artigo objetiva compreender a integração religiosidade e espiritualidade respaldada na fé cristã e o poder da oração no processo de cura da doença. Trata-se de uma revisão de literatura, seguida da síntese integradora de fontes secundárias, pautada na interpretação das informações obtidas, norteadas pelo método de análise de conteúdo.
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