O desenvolvimento científico e tecnológico tem avançado muito nos últimos anos e é inegável a relevância da ciência para nossas vidas, já que muitos dos mais importantes assuntos giram em torno de temas científicos. Entretanto, poucos cidadãos são alfabetizados cientificamente e estão preparados para tomar decisões frente aos conteúdos relacionados à ciência. Diante deste cenário, o ensino de ciências possui um papel fundamental, já que é necessário que esteja comprometido com a nossa realidade atual, e nessa linha, nosso objetivo neste artigo é discutir sobre estratégias educativas, como, por exemplo, o uso da história em quadrinhos para o ensino sobre “lixo eletrônico”. A abordagem deste tema possibilita discussões mais abertas na sala de aula sobre a relevância social da Ciência e da Tecnologia, incluindo-se argumentos positivos e negativos da relação entre a sociedade e o universo científico e tecnológico. As histórias em quadrinhos (HQs) foram escolhidas, como instrumento, pois possuem texto simples e curto, a linguagem da imagem, criando uma narrativa dinâmica, com proposição de desafios e atividades cognitivas ao leitor. Em uma sociedade que utiliza amplamente recursos visuais as HQs devem ser consideradas como recurso a favor da educação.Palavras-chave: história em quadrinhos; lixo eletrônico; ensino de química.
RESUMORecursos didáticos acessíveis são muito importantes para alunos com deficiência visual. Na área de Química há uma escassez de materiais adaptados para alunos com baixa visão e de materiais em braille para alunos cegos. O presente trabalho versa sobre a produção de um material didático acessível para alunos com deficiência visual na temática dos processos de separação de misturas e dialoga com pesquisadores como Almeida, Sassaki, Cerqueira e Ferreira, que dissertam sobre a importância do material adaptado para pessoas cegas e com baixa visão, e das suas respectivas avaliações. O recurso didático elaborado é ampliado para alunos com baixa visão, contendo contrastes adequados e fonte especializada. Além disso, esse material também é impresso em braille para contemplar alunos cegos e as figuras são apresentadas em relevo com diferentes texturas utilizadas em sua confecção. O material produzido foi avaliado por dois revisores cegos e, posteriormente, por seis alunos em sala de aula, todos do Instituto Benjamin Constant (IBC). O recurso didático gerado foi bem aceito pelo público envolvido na pesquisa e profícuo no entendimento de todos os processos de separação de misturas. Por ter sido aprovado, o material foi depositado na Divisão de Desenvolvimento e Produção de Material Especializado (DPME) do IBC, compondo a listagem de materiais da instituição, a fim de que seja solicitado por instituições públicas de ensino que atendam alunos com deficiência visual.
Após a criação de leis e decretos que reiteram a importância do ingresso das pessoas com deficiência no sistema regular de ensino, houve uma queda de matrículas nas classes ditas exclusivas e um aumento expressivo nas classes ditas regulares. Apesar desses indivíduos estarem inseridos no ambiente escolar, a inclusão não vem acontecendo, pois não há profissionais especializados e recursos pedagógicos adaptados destinados aos alunos com necessidades educacionais específicas. A fim de impactar na formação de professores (inicial e continuada) e na produção de materiais didáticos adaptados de Química, este trabalho tem o objetivo de desenvolver dois recursos didáticos adaptados para alunos com deficiência visual sobre “Evolução de Modelos Atômicos” em uma parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e o Instituto Benjamin Constant (IBC). A produção dos cadernos pedagógicos foi dividida em nove etapas: escolha do tema, escrita, correção, adaptação, transcrição, revisão, texturização, impressão e avaliação. Durante essas etapas, profissionais do IBC participaram ativamente, tendo destaque a atuação de profissionais cegos na revisão e avaliação do material. Após a avaliação dos alunos com deficiência visual (cegos e com baixa visão) do nono ano do Ensino Fundamental do IBC, os cadernos foram aprovados. Neste trabalho concluímos que materiais didáticos adaptados para alunos com deficiência visual são essenciais em seu processo de aprendizagem.
Dados obtidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) a respeito do número de matrículas de alunos com deficiência em classes classificadas como regulares nos últimos anos apresentam um aumento expressivo de quase 80%, quando analisado o intervalo de 2008 a 2019. Entre os alunos com deficiência, temos aqueles com deficiência visual, ou seja, cegos ou com baixa visão. Alunos cegos precisam de material didático transcrito em braille e com figuras adaptadas em relevo; já os alunos com baixa visão podem utilizar material ampliado em fonte específica e cores díspares em imagens. Os recursos didáticos produzidos trazem além dos elementos já citados, a utilização de QR Codes como ferramenta de inclusão do público com deficiência visual favorecendo o acesso livre a informações científicas gravadas em áudios curtos a respeito dos cientistas e demais projetos envolvidos. A adaptação dos QR Codes ocorreu de forma que os cegos conseguissem identificar no material a localização exata destes e apontassem seus celulares para aquele quadrante sem ajuda de terceiros. Três revisores cegos fizeram a avaliação do material e ficaram satisfeitos com o recurso em áudio acoplado ao material.
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