A presente discussão tem por objetivo problematizar a homofobia enquanto uma das linhas que dão manutenção aos domínios da masculinidade hegemônica em relação às outras sexualidades e expressões de gêneros (masculinidades e feminilidades). O termo "homofobia" apareceu primeiramente nos Estados Unidos, em 1971, e pode ser atribuído ao ato de hostilidade para com o homossexual, além de uma manifestação arbitrária que coloca x outrx como opostx, anormal ou inferior, evidenciando assim seu caráter sexista. A prática homofóbica é construída durante o processo de socialização de muitos homens, que ainda na infância têm como premissas básicas a imediata diferenciação com relação às mulheres e o ódio contra os homossexuais. Por isso, a pluralização de masculinidades que rompam com a lógica hierárquica binária e universalizante entre as sexualidades torna-se um importante dispositivo de combate à homofobia. Os estudos queer, nesse sentido, podem se tornar contribuição importante nesse combate, por meio da desconstrução dos regimes e normas que ainda restringem as discussões referentes às sexualidades, promovendo a ideia de "identidades múltiplas", abrindo assim alternativas para que as pessoas expressem as infinitas possibilidades de pluralização da vida humana.
Resumo: O contemporâneo aponta crises de paradigmas que solicitam mudanças conceituais nas composições familiares, em suas relações e estratégias de poder. Estas mudanças atingem principalmente as mulheres, porém, ainda ocorrem diversos modos de violências contra elas, como as de gênero. Estas análises se mostram presentes na experiência de estágio curricular em Psicologia Clínica, realizada em uma vila periférica por graduando(a)s de Psicologia. Este cenário aponta para regulações e controles sobre os corpos, sexos, sexualidade, gênero e práticas relacionais dentro da própria família, na qual ainda se mantêm estilos de vida restritos a padrões heteronormativos que excluem outros arranjos possíveis de composições familiares e relacionais. Desta forma, queremos problematizar as diversas experiências que despotencializam as mulheres, e também propor uma Psicologia Política de promoção dos direitos sexuais e humanos que contemplem uma vida em que as pessoas possam ter seus desejos e singularidades respeitadas, para que alcancem emancipação psicossocial e tenham acesso à cidadania. Palavras-chave: Gênero, Família, Psicologia Clínica, Psicologia Social. Family, Gender and Psychosocial EmancipationAbstract: Modern times point out paradigm crisis that require conceptual changes in the compositions family, their relationships and power strategies. These modifications affect women in particular, however, there are other several kinds of violence versus women, among them, the ones related to gender. These analysis were studied during the Clinic Psychology curricular apprenticeship, which took place in a suburb, by Psychology undergraduates. This panorama points out to regulations and control over ones' bodies, sexes, genders, sexualities and other related practices inside their own family, in which heteronormative standards are still kept and other possible types of family formations and relations are excluded. This way we want to problematize the different thoughts that disempower women, and, moreover, the conception of a Political Psychology to promote sexual and human rights, enabling people to find out their own desires and singularities and leading them to social emancipation.
Este artigo visa problematizar sobre a interferência das relações de gêneros, especificamente as masculinidades, na busca dos sujeitos pelo comércio de drogas ilícitas. Utilizamos o método cartográfico para mapear as histórias existenciais de oito pessoas que estavam presas, problematizando sobre as experiências vividas por essas até serem condenadas no art. 33 do Código Penal brasileiro. Com os resultados das cartografias pode-se colocar que são múltiplas as linhas que interferem na entrada no comércio de drogas, no entanto as relações de gêneros tiveram destaque, a necessidade de se provar “homem de verdade” foi um dos fatores mais presentes nas falas dos participantes. Assim, discutimos a necessidade da Psicologia se distanciar de posicionamentos limitados, por exemplo, de que as ações infracionais tenham suas causas em patologias, ou somente é uma questão de desigualdade social, sendo mais problematizadora das diversas linhas que atravessam e constroem os sujeitos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.