No presente artigo pretendemos evidenciar a hegemonia do desenvolvimento do capital no campo através do agrohidronegócio, mineração, e os grandes projetos de infraestrutura, e seus consequentes processos de desterritorialização e subsunção de camponeses, indígenas, e afrodescendentes, que, fruto da contradição deste próprio sistema, se mobilizam e se organizam consolidando lutas de resistência no campo, como por exemplo, a Via Campesina Internacional. A partir deste cenário, analisamos o papel da formação e da organização política na construção de territorialização contra-hegemônica no campo. Para isso são tomadas como base as experiências desenvolvidas pela Via Campesina, região América do Sul que, a partir de suas lutas, organização e formação político-profissional, vão forjando seus intelectuais orgânicos e construindo territórios (material e imaterial) de enfrentamento ao desenvolvimento do capital no campo e suas consequências.
O presente artigo tem por objetivo analisar aspectos que possam contribuir para um inventário das experiências de Educação Popular, a partir do pensamento de Paulo Freire, no contexto histórico, político e econômico dos últimos anos, com uma maior ênfase a partir do processo de redemocratização até a atualidade. Diante da negação da ciência e de uma educação que possa realizar a crítica dos acontecimentos da atual realidade, não se pode prescindir dos fundamentos do pensamento freireano, que defende uma educação crítica e popular como elemento de emancipação humana. Este estudo desenvolve-se a partir de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, tendo na dialética o método que fundamenta suas análises. Como resultados recupera-se os fundamentos do pensamento freireano por meio de suas principais experiências e de sua articulação com as lutas populares deste tempo. O processo de ação e reflexão de Freire projeta inéditos viáveis, que inspiram novos fazeres e novos compromissos para todos educadores e educadoras, pois não podemos trespassar a vida planetária sem uma práxis transformadoras, pelo risco de incorrermos em uma postura coadjuvante dos rumos nefastos que a crise capitalista, em suas dimensões econômica, social, política, cultural, ambiental e educacional estão configurando.
O objetivo deste trabalho é apresentar e analisar a Tertúlia Lecampo, atividade vinculada a um projeto de extensão, e sua contribuição para o diálogo sobre alguns temas transversais na Lecampo. A metodologia da atividade envolveu a organização prévia realizada pela equipe de docentes e discentes e os momentos de compartilhamento durante as atividades. Estes momentos envolveram falas e manifestações artísticas e culturais relacionadas ao tema de cada encontro, evidenciando o papel das mulheres nas comunidades durante a pandemia, a Agroecologia e a resistência camponesa nos territórios. As análises demonstram que a Tertúlia tem contribuído para o diálogo sobre temas transversais como gênero, Agroecologia e cultura popular. Também apresenta sua importância para o fortalecimento da Agroecologia no Curso e nos territórios dos estudantes, pois ela é entendida como expressão da resistência dos sujeitos que compõem a Lecampo. Espaços como este estimulam a convivência (ainda que on-line durante a pandemia) entre os discentes e docentes, o compartilhamento da cultura dos territórios e sua valorização, possibilitando a troca de conhecimentos no âmbito da aprendizagem de ciências da natureza.
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