RESUMO Este estudo investigou as relações entre a percepção de preconceito e a autoestima em um grupo de 556 adolescentes escolares, que vivem com suas famílias, comparativamente a um grupo de 96 adolescentes em situação de acolhimento institucional. Foi utilizado o Questionário da Juventude Brasileira para avaliar questões referentes à percepção de preconceito sofrido e autoestima. A análise univariada de variância revelou diferenças significativas entre os grupos na variável preconceito e entre os sexos na variável autoestima, sendo que o grupo de adolescentes acolhidos apresentou maior percepção de preconceito e as participantes do sexo feminino menor autoestima em ambos os grupos. Conclui-se que, embora os participantes institucionalizados tenham maior percepção de preconceito, isso não se reflete em médias significativamente mais baixas de autoestima, indicando que as instituições de acolhimento podem representar um espaço de proteção capaz de fornecer, ainda que provisoriamente, condições para um desenvolvimento saudável.
The sense of community is an important construct for assessing the individual’s relationship with his/her community context. This study aims to adapt the Sense of Community Index for Brazilian Children and verify its psychometric properties in this sample. The participants are 1,736 Brazilian children between 8 and 13 years old (53.3% girls). Exploratory factor analysis indicated a two-factor solution (Positive bond with community and Community neighbors’ relationships), with 47.9% of explained variance. Scale reliability was adequate (Cronbach’s α = .78) and confirmatory factor analysis presented good fit indices (CFA > .95 and RMSEA < .05). Multigroup analysis indicated that the items have the same meanings regarding sex and age, and that the latent factors means are comparable regarding sex, but not for age. The proposed model of the instrument is adequate and can be used in future studies with Brazilian children.
Artigo Psicologia Comunitária e Políticas SociaisAs políticas sociais voltadas ao enfrentamento das desigualdades sociais, pobreza e vulnerabilidade vêm passando por transformações significativas no Brasil. Especialmente na última década, uma quantidade expressiva de programas e projetos sociais vem sendo desenvolvidos no intuito de prevenir, combater ou ao menos minimizar os efeitos de problemas sociais como a pobreza, violência, miséria, discriminação, entre outros. Diante desse panorama, observa-se uma crescente inserção de profissionais das áreas da saúde, ciências humanas e sociais no âmbito de programas e projetos voltados ao desenvolvimento social e comunitário. Também no que se refere à psicologia, de modo peculiar, percebe-se a cada ano maior inserção de profissionais e acadêmicos (em situação de estágio) no campo das políticas públicas e sociais, ensejando assim uma atuação cada vez mais comprometida com a transformação social.Nas disciplinas e cursos relativos à Psicologia Comunitária que temos desenvolvido nos últimos anos na Universidade, 1 seja em nível de graduação, extensão ou especialização, observa-se um crescente interesse por parte de alunos e profissionais nas temáticas referentes à Intervenção Psicossocial e Saúde Comunitária, temáticas que até pouco tempo eram relegadas a um segundo plano pelos estudantes de Psicologia. Também profissionais e acadêmicos de outras áreas como Serviço Social, Enfermagem, Medicina, ou de um modo geral, aquelas ligadas às políticas públicas e Terceiro Setor, demonstram interesse semelhante e têm buscado -por meio de cursos de extensão universitária -adquirir ou aprimorar conhecimentos de caráter teórico-prático no intuito de atender demandas exigidas em Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Estratégias de Saúde da Família (ESF), Unidades Básicas de Saúde (UBS), entre outros serviços voltados à saúde, desenvolvimento social e comunitário. Nas experiências em sala de aula, além da ânsia e urgência demonstrada pelos estudantes na aquisição dos novos conhecimentos, uma espécie de apreensão tem sido notória a partir do seguinte questionamento, proposto reiteradamente: "Como articular os conceitos e pressupostos teóricos, vistos em sala de aula, e aplicá-los nas práticas vivenciadas cotidianamente em estágios ou ambientes de trabalho?".De fato, já dizia um velho ditado que "na prática, a teoria é outra". Entretanto, na medida em que assumimos o papel de educadores, sentimo-nos constantemente inquietados por essa "provocação". Por meio desse relato, abordaremos algumas possíveis contribuições teórico-metodológicas da Psicologia Comunitária ao planejamento e execução de políticas sociais, apresentando um recorte da experiência de consultoria técnica em psicologia comunitária prestada à UNESCO, no âmbito do Programa de Prevenção da Violência do Estado do Rio Capacitação de Gestores em Programa de Prevenção da Violência Comunitária Training of Managers in a Community Violence Prevention Program AbstractThe diffic...
Sistema de avaliação: às cegas por pares (double blind review).
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