Analisam-se as representações sociais da tuberculose na passagem do século XIX para o XX, focalizando aspectos associados aos sentimentos e manifestações contraditórios despertados pela doença. O padrão romantizado de experiência da doença foi substituído por uma visão mais naturalista, embora reforcem-se os estigmas e preconceitos. Ainda hoje é possível detectar alguns aspectos sobre o modo de percepção da tuberculose que marcaram sua vivência no passado. A persistência da estigmatização da tuberculose e do tuberculoso constitui um sério entrave no controle da doença atualmente.
A iconografia em torno das vacinas e das campanhas de vacinação constitui importante acervo para aqueles que se interessam pela temática das políticas de imunização. Nela, muitas vezes, estão presentes diversas representações sobre as vacinas e as doenças por elas combatidas; os ambientes onde as vacinações eram postas em prática; os veículos e as estratégias de convencimento e comunicação de massa, bem como o conhecimento que se tinha a respeito das doenças e das vacinas utilizadas para combatê-las. Neste número selecionamos duas coleções de imagens que julgamos importantes para a compreensão da história das políticas de imunização em nosso país. Referimo-nos ao material reunido pela exposição A Revolta da Vacina: da varíola às campanhas de imunização e ao trabalho de Ângela Porto sobre a erradicação da poliomielite no Brasil, onde são analisadas as mudanças ocorridas nas campanhas publicitárias convocando a população a vacinar seus filhos.
O século XIX é marcado por várias tentativas de coibir o tráfico de escravos e, ao mesmo tempo, é o período em que a importação foi a maior da história brasileira. As condições de transporte dos escravos, suas condições de trabalho, moradia e modo de vida são em grande parte responsáveis por suas condições de saúde. No entanto, essa questão só aparece pelas frestas da história e apresenta muitos pontos controversos a serem esclarecidos. O interesse da pesquisa é promover o cruzamento de fontes e temas, que reúnam uma variedade de informações sobre a vida higiênica dos escravos no século XIX. Nosso objetivo é reunir uma massa de dados, a partir da análise de documentos dos arquivos hospitalares, cartoriais e eclesiásticos, das fontes iconográficas e da literatura médica, que nos dêem elementos para compor uma história do sistema de saúde dos escravos.
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