A pandemia provocada pela doença COVID-19, considerada emergência de saúde pública em diversos países, provocou consequências desastrosas à saúde da população. Entre os profissionais e serviços de saúde, esse fato gerou transtornos em diversos aspectos, incluindo situações promotoras de estresse ocupacional. Objetivo: Analisar estratégias para redução do estresse ocupacional em trabalhadores da saúde durante a pandemia COVID-19. Metodologia: O estudo baseou-se em revisão da literatura, de natureza qualitativa, durante os meses de agosto a setembro de 2020. Foram utilizados bancos de dados nacionais e internacionais, incluindo a PubMED, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Scholar. Resultados: Foi possível um retorno de 460 artigos, sendo que, após a análise e aplicação dos critérios de elegibilidade, 26 estudos puderam seguir na pesquisa. Constatou-se diversidade de fatores potenciais causadores de situações estressantes, como o medo de transmitir infecção à família, adquirir a doença e o fato de não existir tratamento específico, bem como a existência de alternativas para proteção à saúde dos profissionais da saúde. Considerações finais: Foram encontradas estratégias como treinamento e preparação para enfrentamento de quadros preocupantes semelhantes à experiência da pandemia da COVID-19, a criação de ambientes de apoio e serviços de aconselhamento entre os profissionais da saúde, imposição de sanções comunitárias, a disponibilização de ferramentas digitais para meditação e relaxamento, trabalho de respiração, treinamento de mindfulness e terapia comportamental merecem destaque neste cenário crítico.
Em cenários de pandemia, como a COVID-19, a ruptura da cadeia de infecção é fundamental para a proteção da saúde da população. Este processo pode ser atingido mediante a adoção de medidas de restrição do contato humano, como isolamento, quarentena e distanciamento social. Embora fundamentadas em achados científicos e necessárias para conter o avanço da COVID-19, as medidas de isolamento social pode gerar impactos à saúde mental da população. Nesse sentido, a presente pesquisa visa avaliar a produção científica a respeito dos impactos da quarentena decorrente da COVID-19 na saúde mental. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica, realizada por meio da exploração nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de Março de 2020. Nessas bases de dados, foram utilizadas as palavras-chave: COVID-19 and psychological consequences, COVID-19 and psychological impact of quarantine, obteve-se 10 artigos, dos quais 4 artigos, foram incluídos na análise após a exclusão de artigos duplicados e revisões de literatura, sendo 3 da PubMed e 1 da BVS. Os resultados sugerem alta frequência de relatos de reações e sintomas possivelmente associados a transtornos mentais, tais como queixas de ansiedade, depressão, insônia, estresse, pânico, solidão, angústia, obsessão e compulsão entre outros. Ficou evidente que grupos de risco como idosos e pessoas com doenças crônicas apresentaram maior probabilidade para o desenvolvimento de transtornos mentais. Ademais, análises dos impactos do coronavírus na dimensão psicológica podem corroborar para construção de intervenções pautadas na promoção, prevenção e tratamento em saúde mental.
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), descrita inicialmente em 1869 pelo médico Jean-Martin Charcot, é uma das principais doenças neurodegenerativas ao lado das doenças de Parkinson e Alzheimer, sua incidência na população varia de 0,6 a 2,6 por 100.000 habitantes. A idade é um dos fatores preditores mais importantes para sua ocorrência, a prevalência é maior entre os 55 e 75 anos. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, tendo como objetivo analisar a incidência de depressão em pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica e sua associação com aspectos clínicos. Realizou-se pesquisa bibliográfica de estudos entre 2009 e 2017 nas bases PubMed e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), levantando dados relativos ao título com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram gerados 89 artigos, dos quais 10 artigos foram incluídos na análise. Verificou-se elevada frequência de quadros depressivos em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica A incidência de sintomas depressivos não esteve associada com duração da doença, sexo, forma de apresentação e escore funcional. Foi identificado que quadros álgicos com alto escore de intensidade de dor contribuem para a piora da qualidade de vida e o aumento das pontuações obtidas nas escalas avaliativas de depressão.
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