ResumoProponho analisar a partir das noções de "real" e "virtual" como se constrói a hierarquia dentre associadas em um clube brasileiro para crossdressers, que se organiza a partir da internet, e o quanto elas impactam as negociações e relações sociais para dentro e para fora do clube na produção de "crossdressers de verdade". Também busco entender em que medida se constroem lugares diferenciados para as associadas, pautadas nas noções sociológicas de gênero, sexualidade, estigma e senioridade.
Este artigo apresenta como se dá a construção da corporalidade de uma drag queen no processo de female impersonation pelo qual passam esses sujeitos quando "se montam", ou seja, quando efetuam um tipo de cross-dressing. Discuto como se deu o aprendizado de "se montar" e a construção da personagem a partir da descrição do processo de montaria e seu significado para o grupo pesquisado. Os dados aqui apresentados advêm de trabalho etnográfico realizado acerca da inserção, corporalidade e performance de drag queens em espaços de sociabilidade GLS da Ilha de Santa Catarina, entre 2000 e 2002.
Neste texto busco versar sobre o modo como as mídias digitais – com foco nas páginas da internet, blogs e redes sociais - e o cenário político nacional se articulam, embasam e desembocam em polarizações e questionamentos sobre as normas sociais, os preconceitos e as exclusões. Proponho-me a pensar, a partir das redes sociais, na ampliação do debate sobre “liberdade de expressão x discurso de ódio”, para além da emergência de novos sujeitos políticos que reivindicam outras identificações para além das já estabelecidas (em especial quanto às identidades fixas relativas ao gênero e às sexualidades).Palavras-chave: Liberdade de expressão. Discurso de ódio. Conflito. Mídias digitais. Gênero. Sexualidades.Link: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8646384/16866
Este texto embasa-se na experiência como docente no curso Gênero e Diversidade na Escola/UFSCar. Parto da observação dos fóruns de interação entre cursistas e busco compreender como suas percepções de família impactam o modo como veem seus alunos e alunas. Foi comum encontrar nos discursos um incomodo com relação a “novos modelos familiares”, por vezes não percebidos como "família", como aqueles que envolvem pessoas LGBT. Ao final, discuto como a compreensão do debate acerca do respeito às diferenças faz-se fundamental para a produção de práticas pedagógicas e que efetivem processos de escolarização efetivamente democráticos e não reproduzam aos estereótipos vigentes sobre a família, o gênero e o fracasso escolar.
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