Em âmbito escolar, é comum ouvir comentários acerca de famílias “estruturadas” ou “desestruturadas”, surgindo a necessidade de entender essa realidade, buscamos averiguar o que docentes e gestoras escolares querem dizer quando utilizam essas terminologias. O referencial teórico baseia-se em pesquisas que abordam sobre os conceitos de estrutura e desestrutura familiar, além de estudos na área da educação sobre a mesma temática. A coleta de dados foi realizada em três municípios sul-mato-grossenses com um total de seis mulheres, sendo três docentes e três gestoras escolares. Os resultados evidenciam que família “estruturada” é vista como o modelo tradicional, composto por pai, mãe e filhos, enquanto que todas as outras configurações familiares são vistas como “desestruturadas”. Contudo, problematizamos que o que caracteriza a desestrutura familiar são atitudes e comportamentos, ou a não garantia de segurança e proteção a todos os membros, não havendo relação direta com as diferentes formas de arranjos familiares.