O diagnóstico organizacional é uma ferramenta que permite a visualização global da organização através do mapeamento sistemático de condições passadas, presentes e futuras afim de visualizar possibilidades de melhoria. Para realizar tal diagnóstico é preciso recorrer a ferramentas consolidas cientificamente. No presente estudo se objetivou descrever o processo de mapeamento da realidade de uma Agência X do IBGE através de ferramentas de diagnóstico organizacional. Para tanto, se utilizou de um estudo de caso, descritivo e de abordagem quantitativa e qualitativa, que utilizou de três ferramentas de diagnóstico organizacional: Cadeia de Valor, Análise SWOT e Matriz GUT. Os dados foram tratados, apresentados em figuras, quadros e tabelas e analisados de maneira estatística e qualitativa. No estudo se percebeu um claro ordenamento da organização em relação as atividades que promovem o seu objetivo principal de gerar estatísticas necessárias à sociedade, a existência de fatores positivos tais como credibilidade do órgão e fatores negativos, tais como a alta probabilidade de recusa da população às pesquisas, como problemas relacionados à rotatividade de pessoal devido ao alto índice de servidores temporários, bem como problemas cotidianos relacionados aos transportes utilizados pelas equipe para executarem suas atividades. Por fim, concluiu-se que o maior desafio da organização é melhor avaliar e melhorar o seu processo de treinamento, dada a alta rotatividade de seu pessoal, para que a abordagem à população seja realizada da melhorar maneira possível.

O Semiárido brasileiro sempre se mostrou uma realidade particular do restante do país, seja por suas condições únicas em termos físicos e naturais, que por si só já impõem dificuldades para a sua convivência, seja pelo descaso das políticas brasileiras com a região ao longo da maior parte de sua história. Nessa perspectiva, estudos voltados para a inovação social e a utilização de tecnologias em seus vieses apropriados e sociais, se apresentam como os mecanismos de geração de inovação capazes de colaborar para a diminuição de problemas socioambientais e econômicos que uma determinada região ou comunidade pode enfrentar. Nessa perspectiva, o presente estudo objetivou mapear a produção científica sobre inovação no Semiárido brasileiro. Partindo de um estudo documental que se utilizou da bibliometria, aplicada na base dados da Web of Science, em sua versão 5.34, e com dados coletados em julho de 2020, o estudo captou 64 produções científicas, as quais foram refinadas para artigos, chegando à um total de 60 artigos publicados. Na análise dos dados se evidenciou a grande concentração de estudos a partir de 2007, com a presença de pesquisadores brasileiros em sua totalidade, sendo a maioria financiada pelo CNPq e realizados por instituições de estado do Nordeste, onde a região Semiárida está em sua quase totalidade. Evidenciou-se ainda, uma concentração de estudos na área da agronomia, e os artigos mais citados sobre a temática voltados para a melhoria nos processos de cultivo de determinadas espécies de plantas ou criação de tipos específicos de animais, principais atividades da região. Por fim, o estudou evidenciou a pertinência do conceito de inovação para o convívio com o Semiárido, e sugere-se estudos futuros utilizando outros termos.

No abstract

A inovação é amplamente difundida como um mecanismo capaz de promover o desenvolvimento da sociedade através da criação de novos aparatos tecnológicos e melhoria de técnicas utilizadas na atualidade. No Brasil, o tema ganhou marco legal com a publicação da Lei 10.973, de 2 de dezembro de 2004 (Lei da Inovação), e a partir daí mecanismos para uma série de investimentos públicos e privados. Nessa perspectiva, o presente estudo objetivou avaliar qual o impacto na produção cientifica brasileira sobre inovação e negócios acerca da inovação após a implementação da referida lei. Utilizou-se, portanto, um estudo bibliométrico com a string de busca “TS = (Innovation*) AND CU = BRA?Il*” em um espaço temporal de 2005 até 2019 nas bases de dados da Web of Science e Scopus. O estudo evidenciou um crescimento das pesquisas sobre a temática, partindo números entre 2 e 7 no ano de 2005 para números como 230 e 288 em 2018, na Scopus e Web of Science, respectivamente. Entre às áreas de publicação, se evidenciou que as áreas de gestão e negócios concentram a maior parcela de publicações, sendo a maioria publicado em formato de artigo nas duas plataformas. A instituição que mais se destacou no estudo foi a Universidade de São Paulo (USP), sendo a que mais publicou em ambos as bases de dados. Observou-se também que as revistas que mais publicam sobre o tema são a Espacios e a Geintec, sendo a professora do Centro Universitário UNIFBV/Wyden Eliana Andrea Severo e o professor da USP Felipe Mendes Borini os pesquisadores brasileiros que mais se destacam na área, com 21 e 15 publicações, na Scopus e Web of Science, respectivamente. Porém, entre os estudos mais citados pelos pesquisadores brasileiros, ainda se evidenciou uma predominância do uso de referências internacionais, sendo que as publicações mais citadas pelos estudos brasileiros em ambas as bases são de autoria internacional, mesmo havendo colaboração brasileira em casos específicos. O estudo, portanto, evidenciou o crescimento do interesse sobre a temática após a promulgação da Lei da Inovação, e que possui instituições que produzem bastante sobre a temática, mas ainda evidenciou a necessidade dos pesquisadores brasileiros de recorrem a fontes internacionais para embasar seus estudos.