O empoderamento de lideranças indígenas Kaingang no sul do BrasilAbstract: This paper has studied the empowerment of the indigenous Kaingang leaders´ movement in southern Brazil, with emphasis in the state of Paraná. The focus of the analysis was active indigenous leaders in the fi eld of mediation that begins, especially, with their active participation in the realm of the villages (Terra Indígena Mangueirinha), with the traditional authorities moving along institutions and spaces of dispute in the nation-State.
O presente artigo investigou alguns documentos jurídicos do período colonial, do sistema imperial até o sistema republicano como: Cartas Régias, Decretos, Alvarás, Constituições e as principais declarações e convenções dos organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. O objetivo é analisar como os povos indígenas foram tratados pelas legislações vigentes durante o processo de construção da sociedade e do Estado brasileiro. Assim, a pesquisa evidenciou que os povos indígenas conquistaram dispositivos constitucionais importantes a seu favor, principalmente nas últimas décadas do século XX.
Com base em estudos culturais, este artigo teve a intenção de problematizar as posições, com ênfase na cultura surda, que levam as dicotomias classificatórias: cultura surda/cultura ouvinte; identidade surda/ouvintismo; surdo/deficiente auditivo, direcionadas às pessoas com surdez, binarismos classificatórios que tem revelado uma luta de poderes e saberes nesse campo. Através de pesquisa de cunho bibliográfico, com abordagem qualitativa e sustentada no método dialético, as discussões tiveram como principais referências os estudos surdos que permeiam as discussões identitárias e culturais da pessoa com surdez e contribuições de autores clássicos como Lévi-Strauss (1996), Hall (2002), Geertz (2008) e Cuche (2002). As análises proporcionaram discussões ideológicas entre a surdez, linguagem, cultura e identidades e o posicionamento de diferentes estudos frente aos conceitos de cultura e identidade. Revelaram diferentes pontos de vista e confirmam que o problema de conflitos entre culturas é antigo e tem sido enfrentado e resolvido comumente valendo-se de perspectivas etnocêntricas, demonstrando a necessidade de cultivar uma postura intercultural, na possibilidade de sensibilização humana para o respeito às diferenças e de integrá-las em uma unidade que não as anule.
Trata-se de um estudo qualitativo com observação direta que teve como objetivo identificar a presença e a articulação dos indígenas Kaingang do Sudoeste do Paraná fora das Terras Indígenas (TI’s). A pesquisa foi realizada na Terra Indígena Mangueirinha, por ser a mais populosa e estar mais próxima dos pólos de desenvolvimento da mesorregião, utilizando a técnica de roteiro de perguntas abertas e diário de campo. Constatou-se que os indígenas sentem-se desvalorizados pela sociedade envolvente, e que as principais atividades desenvolvidas por eles na região são como funcionários nas empresas, no comércio, nas escolas e nas prefeituras, e como estudantes de curso superior nas faculdades e universidades. O fato de as TI’s manterem uma relação de troca sociopolítica, especialmente quando se trata da mesma etnia, faz-nos crer que os resultados evidenciados por este estudo na TI Mangueirinha se reproduzem nas demais. Deste modo, pode-se dizer que o índio Kaingang está presente nas áreas econômicas e educacionais do Sudoeste do Paraná, contribuindo com o seu desenvolvimento e beneficiando-se dele para o próprio desenvolvimento Kaingang.
Os povos indígenas do Brasil vêm passando por transformações desde o período de colonização, quando o contato com os europeus iniciou seu processo de hibridação cultural. Atualmente, o meio de vida tradicional indígena busca estratégias de assimilação cultural, ao mesmo tempo que procura resistir e conservar sua identidade junto à sociedade envolvente. Nesse novo formato, os povos indígenas necessitam cada vez mais do uso do dinheiro, e, tendo em vista as poucas opções de renda monetária dentro da Terra Indígena (TI), o recurso mais comum tem sido buscar complementar a renda fora do seu território. Assim, o presente estudo teve por objetivo analisar as estratégias e consequências do processo de assalariamento dos povos Kaingang e Guarani da TI Mangueirinha, PR. Para tanto, a pesquisa buscou entrevistar agenciadores, lideranças e trabalhadores indígenas que estão inseridos no processo de assalariamento indígena. Ao final, percebeu-se que as lideranças indígenas têm um papel significativo no processo de assalariamento formal dos indígenas, assim como identificaram-se respostas distintas desse processo, de acordo com a cultura envolvida.
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