O presente artigo foi desenvolvido com base no projeto de extensão Kabaz di Terra: Danças e ritmos tradicionais da Guiné-Bissau", vinculado a Pró-reitoria de Extensão, Arte e Cultura (PROEX) e tem como objetivo apresentar as principais ações de extensão promovidas pelo projeto na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e a sua relação com a comunidade externa. Para efeito de realização deste trabalho, tem-se como abordagem qualitativa a partir de uma análise bibliográfica/documental. A partir das ações apresentadas pelo projeto, constatou-se que a iniciativa contribui/contribuiu para fortalecer os laços de integração na Unilab, através das culturas, por outro lado, na comunidade externa, ajuda a desconstruir um imaginário negativo sobre o continente africano e da Guiné-Bissau, visto na maioria das vezes, como exótico e selvagem, esquecendo/desconhecendo das riquezas culturais existentes no país.

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar as políticas públicas voltadas para a população negra trazendo uma reflexão sobre as ações afirmativas no que diz respeito ao acesso de negros/as ao ensino superior público, tendo como foco a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Como procedimento metodológico, recorremos à revisão bibliográfica, onde a literatura expõe diferentes percepções sobre políticas públicas e ações afirmativas e, também, com obtenção de dados primários por meio da aplicação de questionário junto a Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis - PROPAE da universidade no dia 07 do mês de junho de 2018. Fundamentou-se nos estudos sobre políticas públicas de educação superior, tendo como referência a discussão sobre as desigualdades raciais, as políticas afirmativas e de inclusão, os programas de acesso e permanência na universidade. Por fim, é notório que muita coisa mudou, desde a lei de cotas até os programas de assistências estudantis para estudantes negros/as, oriundos de escolas públicas. No entanto, percebe-se que muita coisa precisa mudar. Não adianta apenas abrir vagas e “lotar” as universidades públicas com estudantes negros/as, é importante criar programas e projetos que possam acompanhar o desempenho destes/as estudantes ao decorrer do seu percurso acadêmico.