O artigo apresenta o processo de construção de seis projetos de ensino em perspectiva interseccional e antirracista, elaborados a partir das considerações propostas nas leis 10.639/2003 e 11.645/2008. Essas leis determinam a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena em todos os níveis de ensino no Brasil, entretanto ainda se notam muitas dificuldades e resistências para sua implementação no cotidiano escolar, dentre as quais a carência de materiais didáticos voltados para essa abordagem. A partir desses pressupostos, foi realizada uma pesquisa participante, no decorrer da qual os alunos envolvidos realizaram, como sujeitos de pesquisa, rodas de conversa, pesquisas bibliográficas e oficinas colaborativas para a construção coletiva dos projetos de ensino como produtos educacionais. Os projetos de ensino produzidos se pautam na herança conceitual das reflexões filosóficas decoloniais e do feminismo negro, em diálogo com as possibilidades politécnicas do modelo pedagógico da aprendizagem baseada em projetos. Como resultado, são oferecidos seis projetos de ensino antirracistas que, partindo da reflexão de mulheres negras, possibilitam a vivência de processos pedagógicos inclusivos, ligados ao cotidiano dos alunos e promotores de autonomia.
Este artigo apresenta uma estratégia afrocentrada para o ensino de humanidades no contexto dos cursos técnicos integrados ao ensino médio como oportunidade de consideração de outras perspectivas epistemológicas, de base africana, afro-brasileira e indígena no cotidiano escolar. A metodologia principal adotada foi a pesquisa participante, modelo decolonial e engajado de pesquisa qualitativa. Nesse processo, foram realizadas rodas de conversa e oficinas de trabalho colaborativo para produção coletiva do conhecimento. A estratégia de ensino proposta, pautada na pesquisa e no trabalho colaborativo como princípios educativos, demonstrou ser uma rica prática pedagógica voltada para a superação do racismo e para a experiência de processos educativos politécnicos.
O artigo apresenta o relato de experiência da elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico de dezenove municípios do Estado de Rondônia. A proposta é promovida pelo Projeto Saber Viver, fruto de um Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado entre a Fundação Nacional da Saúde (FUNASA) e o Instituto Federal de Rondônia (IFRO). A partir de intervenções voltadas para o empoderamento das comunidades locais e do desenvolvimento regional, o Projeto Saber Viver é organizado em uma estrutura multidisciplinar, envolvendo profissionais, estudantes de diferentes níveis de ensino e a população de cada um dos municípios, em um processo participativo de construção coletiva Planos Municipais de Saneamento Básico. Como resultados, analisa-se como o projeto tem permitido uma experiência concreta da indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão em vistas da capacitação dos agentes envolvidos e melhoria na qualidade de vida nas localidades atendidas.
Esse artigo apresenta os resultados de três rodas de conversa realizadas com alunos do ensino técnico integrado ao médio do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, nas quais foram discutidas as percepções dos alunos acerca das temáticas referentes às relações étnico-raciais. A metodologia proposta é de natureza qualitativa e caráter exploratório e participante, a partir de uma percepção decolonial e afrocentrada dos processos de produção do conhecimento. Como resultados de nossas análises constatamos que os alunos consideram importante o trabalho em torno das referidas temáticas, reconhecem o processo de apagamento que ainda se mantém acerca das mesmas e propõem possibilidades pedagógicas integradas voltadas para a interdisciplinaridade.
A situação do saneamento básico brasileiro tem um contexto marcado por precariedades. Sanear essa realidade, primariamente, requer um bom planejamento estratégico. Seguindo as diretrizes nacionais, os municípios brasileiros são os responsáveis por formular suas respectivas políticas públicas de saneamento básico, ficando obrigados a elaborar seus Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs). No Estado de Rondônia, atualmente dezenove municípios estão realizando a construção de seus PMSBs, contando com assessoramento técnico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), por meio do “Projeto Saber Viver” (Portaria nº 1876/REIT-CGAB/IFRO), uma cooperação entre a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e o IFRO, por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) 08/2017. A participação e o controle social no processo de construção de políticas públicas é um fator determinante e um instrumento eficiente de transformação da realidade local. Nessa perspectiva, o presente artigo explicita a elaboração e aplicação das Estratégias Participativas referentes à Mobilização, Participação Social e Comunicação para a construção do PMSB nos municípios atendidos pelo Projeto, delineando as etapas e contextualização destas estratégias, bem como sua eficácia.
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