INTRODUÇÃOA incontinência fecal, definida como perda do controle voluntário das fezes 1-4 , é um grande problema social e de higiene. Afeta entre 1 e 15% dos adultos e 1,1 a 1,3% das pessoas com mais de 65 anos, impondo limitações e queda na qualidade de vida 1,2 . Sua real prevalência é provavelmente subestimada, já que a abordagem do sintoma é dificultada pelo constrangimento que tal afecção acarreta 4-6 . Dentre os mais variados graus de incontinência fecal, o soiling (escape de material fecal pelo ânus após defecação normal, que pode levar à eczema perianal) 7 , quando incluso em questionários sobre incontinência, está presente em pelo menos 5% dos indivíduos sadios e estes confirmam ter apresentado tal experiência em algum momento de suas vidas 3 .A continência fecal é resultado da atividade coordenada entre o reto e os esfíncteres anais 4 e depende não só destes, mas também da sensibilidade retal, tempo de trânsito intestinal, consistência das fezes e das condições do reservatório retal 2,6-9 . Uma vez manifestada a incontinência fecal, sua severidade deve ser identificada. A incontinência leve consiste na perda involuntária de gases, perda ocasional de líquidos ou até eventualmente soiling. Incontinência grave se apresenta como a perda significante de líquidos ou sólidos e a necessidade do uso de forros 2,3 . Entretanto, classificar a incontinência não é tarefa fácil e enúmeros autores propuseram escalas e questionários para melhor graduar tal sintomatologia 6,10 . Por vezes, não é possível estabelecer a etiologia da disfunção, sendo necessários métodos diagnósticos
(1) . São tumores raros, responsáveis por 0,7% de todas as neoplasias dos adultos (2) , constituindo 0,7 -1% de todos os tumores malignos do reto e 1% dos da vulva (3) .Eles constituem um grupo extremamente diverso de tumores, com variações histológicas, comportamentais e de localização (4) . Quando presentes na região perineal são agressivos e o tratamento cirúrgico mais adequado ainda não está bem definido.Os autores relatam o caso de uma paciente jovem, sexo feminino, que apresentou leiomiosarcoma perineal e foi tratada com excisão local ampla. Discutem opções terapêuticas baseadas na revisão da literatura.
210BATISTA RR, POZZOBON BHZ, ALBUQUERQUE ICD, FORMIGA GJS. Hepatotoxicidade induzida por sulfassalazina: relato de caso. Rev bras Coloproct, 2011;31(2): 210-212. RESUMO:A sulfassalazina é ainda muito utilizada nas doenças inflamatórias intestinais, sobretudo na retocolite ulcerativa leve e moderada. Entretanto, seu uso é relacionado a vários efeitos colaterais, incluindo disfunção hepática grave.Este é um relato do caso de paciente masculino, 21 anos, portador de retocolite ulcerativa moderada, com queixa de inapetência, febre, artralgia e icterícia, há sete dias. Antecedente pessoal de uso de sulfassalazina 4 g/dia há seis semanas. Ao exame físico apresentava-se ictérico, com exantema em membros e edema de membros inferiores. Exames complementares mostravam aumento de bilirrubinas, enzimas hepáticas e canaliculares e da proteína C reativa. Com o diagnóstico de hepatotoxicidade por sulfassalazina, foi suspensa a medicação e introduzido prednisona 20 mg/dia e ciprofloxacino 1 g/dia. Recebeu alta no terceiro dia de internação após melhora clínica e laboratorial. Atualmente encontra-se assintomático e em uso de azatioprina 150 mg/dia.
RESUMO: A intussuscepção do intestino delgado em adultos é rara e geralmente está associada à presença de neoplasias. Dentre estas, o GIST, a neoplasia mesenquimal em 30% dos casos é considerada de alto grau de malignidade , são ainda menos comuns. A intussuscepção relacionada ao GIST tem sintomatologia inespecífica e pode manifestar-se com obstrução, massa palpável no abdômen, hemorragia ou perfuração intestinal. Relata-se caso de intussuscepção intestinal em paciente adulto por GIST, com ênfase em seu diagnóstico e tratamento. Geralmente tem etiologia bem definida em 80 a 90% dos casos e as neoplasias são as principais causas na maioria das séries. Descritores 1,2Embora o intestino delgado corresponda a aproximadamente 75% do trato gastrointestinal, é sede de menos de 25% de todas as neoplasias gastrointestinais. 3,4Os tumores do intestino delgado, raramente vistos na prática clínica, são ,em sua maioria, benignos. 5 No entanto, alguns tipos histopatológicos malignos podem ocorrer, como adenocarcinomas, tumores carcinóides, tumores estromais, linfomas, tumores endócrinos e metástases. 3O tumor estromal gastrointestinal (GIST) é considerado atualmente a neoplasia mesenquimal mais comum do trato gastrointestinal. 6 Entre 10 a 30% dessas neoplasias são consideradas de alto grau de malignidade, tendo como possíveis sítios metastáticos o fíga-do e a cavidade peritoneal.6 Tem origem em células progenitoras das células intersticiais de Cajal (steam cell), que são consideradas como o marca-passo celular do tubo digestivo, gerando seu movimento pendular.6-8 Semelhante a estas, expressam o receptor transmembrana da tirosina-kinase CD 117 (proteína KIT) e CD34 e mutações com ativação destes receptores, proporcionadas pelo proto-oncogene KIT ,desenvolvem a neoplasia. 7,8 Há vinte anos eram considerados como originários de músculo liso, sendo atualmente sua origem estabelecida no mesênquima do trato gastrointestinal. 7,8 O aumento crescente de casos novos nos últimos anos está relacionado ao progresso das técnicas
RESUMO: A doença de Crohn metastática envolve a infiltração cutânea granulomatosa em locais anatomicamente separados do trato gastrointestinal, com tendência à cronicidade. É relatado caso de paciente masculino, 20 anos, há seis meses com dor e eliminação de secreção purulenta de úlceras em região perianal, inguinal direita e genital, sem melhora com o uso metronidazol e ciprofloxacina. Antecedente de proctocolectomia em 2002. Ao exame, à inspeção, evidenciava-se orifício fistuloso posterior a 2,0 cm da borda anal, úlcera de 5,0 cm na base do escroto e outra úlcera circundando a base do pênis; ao toque, ânus fibrótico e encarcerado. Realizada fistulotomia, biópsia e curetagem das úlceras genital e inguinal. O resultado histopatológico evidenciou processo inflamatório granuloso não caseoso. Em virtude da falha terapêutica dos antimicrobianos, foi optado pelo tratamento com infliximabe na dose 5 mg/kg nas semanas 0, 2 e 6, e azatioprina 2 mg/kg/dia. Ao término da fase de indução, o paciente apresentava cicatrização parcial das lesões ulceradas, ausência de secreção e alívio da dor. Atualmente em acompanhamento ambulatorial com infusões de infliximabe a cada oito semanas. Descritores INTRODUÇÃOA doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal de evolução crônica e recidivante, caracterizada por inflamação transmural segmentar e alterações granulomatosas, que pode envolver qualquer segmento do trato gastrointestinal. (1-9) Foi descrita em 1932 por Crohn, Ginzberg e Oppenheimer, e originalmente chamada de ileíte regional. (10) Os pacientes podem desenvolver manifestações extra-intestinais em 25 a 30% dos casos, principalmente cutâneas, as quais ocorrem em 14-44% dos casos, dependendo se a doença perineal é ou não considerada uma manifestação cutânea. (1,3,8,11) A doença de Crohn metastática (DCM) envolve a infiltração cutânea granulomatosa em locais anatomicamente separados do trato gastrointestinal, com tendência à cronicidade. (1)(2)(3)(4)(5)(6)9,(11)(12)(13)(14) Foi primeiramente descrita por Parks AG et al. em 1965. (17) Em 1970, o termo ulceração metastática foi adotado por Mountain JC para descrever as úlceras cutâneas que surgiam distantes da região perianal ou periostomal. (18) As terapias convencionais têm resultado pouco satisfatório na DCM. (2,15) A terapia biológica com
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