O Diabetes Mellitus (DM) é uma das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais frequentes sendo a quarta principal causa de morte no mundo. Além do fator humano, as complicações geram impactos econômicos na rede de saúde, uma vez que atingem a população economicamente ativa. Diante disso, o estudo realizado é de suma importância para não só traçar um perfil epidemiológico laboratorial e clínico do Diabetes, como também suas complicações e fatores de risco. Este, por sua vez, tratou-se de um estudo descritivo e longitudinal retrospectivo, o qual utilizou dados quantitativos e qualitativos colhidos em prontuários de pacientes atendidos no Centro de Diabetes e Endocrinologia Luciano Barreto Júnior em Aracaju – Sergipe, entre os meses de agosto a dezembro de 2019. Variáveis socioeconômicas foram avaliadas assim como comorbidades e complicações da diabetes. A amostra de 200 pacientes caracteriza-se por predominância do sexo feminino (75,4%), bem como a idade entre 60-70 anos (43,1%). Dentre os pacientes, 3,1% eram tabagistas e 1,5% etilistas. A esteatose hepática está associada a 18,5% dos pacientes, já a HAS 80%, e 89,2% dos indivíduos avaliados apresentavam um quadro de dislipidemia. Os pacientes em sua maioria (76,9%) se encaixavam no grupo com glicemia de jejum < 154mg/dL, sendo a média de 137,6mg/dl. Já a Hemoglobina glicada 32,3% apresentaram resultados <7%, e 27,7% apresentam valores > 10%. Concluímos que apesar do serviço do Centro de Diabetes oferecer consulta e acompanhamento multidisciplinar, os pacientes não participam delas, como esperado e consequentemente não obtém controle glicêmico adequado. Além disso, precisa fazer uma atualização e padronização nos prontuários para que tenha todas as informações dos pacientes contidos neles.
A exposição a fatores de risco para perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é uma realidade atual, especialmente entre os jovens que fazem uso abusivo dos fones de ouvido. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência e os fatores de risco associados a perda auditiva consequente ao uso de fones de ouvido em adultos através do teste de emissão otoacústicas transientes (EOATE), bem como avaliar a eficácia desse exame na triagem da PAIR. Tratou-se de um estudo transversal e quantitativo com amostragem probabilística, que avaliou 331 estudantes de uma universidade de Sergipe, de janeiro-maio de 2019, a partir da aplicação de questionário e realização do teste. A amostra teve predominância do sexo feminino (51,7%) e idade entre 18-22 anos (68%). A maioria faz uso de fones há mais de 5 anos (82,2%), em médio volume (51,4%), por 7 dias da semana (30,5%), durante 1-2 horas/dia (39%) e a principal queixa dos usuários foi o zumbido (13,6%). Tabagismo e etilismo se mostraram como fatores de risco. O estudo mostrou que o teste das EOATE não é eficaz para triagem de PAIR em adultos jovens usuários de fones de ouvido.
Introdução: A dispepsia funcional é uma síndrome gastrointestinal desafiadora pelos diversos fatores que podem gerá-la e pelos critérios exigidos para diagnosticá-la. Entretanto, é possível entender o perfil epidemiológico e clínico de seus portadores, bem como identificar a influência de algumas condições em suas manifestações. Objetivo: avaliar a prevalência da dispepsia funcional e caracterizar os aspectos epidemiológicos e clínicos. Metodologia: estudo prospectivo, transversal, tipo survey inquérito, com pacientes dispépticos encaminhados ao serviço de endoscopia digestiva alta. A amostra foi composta por 859 indivíduos com diagnóstico clínico de dispepsia, sendo aplicados questionários autoexplicativos: sociodemográfico, Inventário de Ansiedade de Beck, Inquérito de Depressão de Beck e o questionário de ROMA III. Resultados: do total de entrevistados, 36 (4,19%) preencheram os critérios ROMA IV para dispepsia funcional, que engloba duas síndromes clínicas diferentes: a síndrome do desconforto pós-prandial e a síndrome da dor epigástrica. A faixa etária média foi 31,5 anos (19,2-39,7), 23 (63,9%) eram procedentes de Aracaju, 32 (88,8%) do sexo feminino, 21 (60%) solteiros e 19 (54,3%) consideravam-se de cor parda. Foram identificados 19 (52,8%) pacientes portadores de ansiedade e 9 (25%) com depressão. Segundo os critérios, 10 (27,8%) apresentaram síndrome do desconforto pós-prandial, 07 (19,4%) a síndrome da dor epigástrica e 19 (52,8%) os dois subtipos clínicos simultaneamente. Conclusão: a dispepsia funcional foi mais prevalente entre as mulheres, indivíduos solteiros, cor parda e portadores de ansiedade. Não houve significância estatística quanto ao tipo de apresentação clínica, embora a manifestação concomitante dos dois subtipos, tenha sido mais prevalente.
Introdução: Os sintomas dispépticos são frequentemente referidos nas consultas gastroenterológicas. Em boa parte dos doentes é possível reconhecer que alterações emocionais fazem parte dos fatores que desencadeiam ou pioram suas queixas digestivas. Objetivo: avaliar a presença e os níveis de ansiedade em portadores de dispepsia. Metodologia: estudo prospectivo, transversal do tipo survey inquérito, realizado em Aracaju-SE, em pacientes encaminhados para EDA, com diagnóstico clínico de dispepsia/sintomas dispépticos. A amostra foi composta por 859 indivíduos com diagnóstico de dispepsia. Foi aplicado três questionários autoexplicativos: sociodemográfico, Critérios de ROMA III e o Inventário de Ansiedade de Beck. Resultados: Dos 859 entrevistados, 388 (45,1%) foram diagnosticados com ansiedade, sendo 214 (55,1%) ansiedade leve, 112 (28,9%) moderada e 62 (16%) grave. A média de idade dos ansiosos leves, moderados e graves foi de 38 anos, 36,5 anos e 35,5 anos respectivamente. Dos entrevistados, 297 (76,5%) eram mulheres, 207 (53,3%) casados, 204 (52,5%) pardos e 205 (52,8%) com ensino médio completo. Dentre as comorbidades, 71 (18,3%) referiram doença cardiovascular, 80 (20,6%) pulmonar, 186 (47,9%) digestiva, 79 (20,4%) osteomuscular, 256 (66%) transtornos psiquiátricos e 158 (40,7%) usavam medicamentos. A soma sugere queixas concomitantes. De acordo com o ROMA III, 221 (57,3%) referiram dor no peito, 291 (75,2%) azia, 276 (71,5%) empachamento pós prandial e 140 (36,7%) saciedade precoce. Conclusão: Os níveis mais elevados de ansiedade podem se constituir como agravantes para a apresentação e gravidade de sintomas dispépticos.
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