O ducto de Luschka é uma alteração anatômica que não é facilmente identificada nos exames de imagens pré-operatórios. O conhecimento da anatomia e da possibilidade de encontrar essa estrutura anatômica propicia maior segurança no procedimento cirúrgico. O caso descrito aborda um vazamento biliar intraoperatório pela presença do Ducto de Luschka durante uma colecistectomia aberta e o seu manejo. Objetivo: Descrever o caso de uma paciente com colelitíase, submetida a uma colecistectomia convencional de forma eletiva, na qual foi detectada, no intraoperatório, a presença do ducto de Luschka, bem como foi realizado o manejo cirúrgico e clínico do caso. Resultado: A paciente foi submetida a drenagem cavitaria no intraoperatório, bem como foi realizada a ligadura do ducto. Apresentou boa evolução nos dias seguintes, com melhora clínica, tendo alta hospitalar em boas condições no 4° DPO. Discussão: O ducto de Luschka é uma das variações anatômicas mais comuns da árvore biliar. A identificação desse ducto no pré-operatório é extremamente difícil e rara e seu tratamento cirúrgico usualmente consiste em lavagem de cavidade abdominal, fechamento do ducto de Luschka e colangiografia intraoperatória para confirmar que a árvore biliar está intacta. Conclusão: A importância do conhecimento e da condução cirúrgica e clínica dessa estrutura anatômica é importante para a boa evolução do paciente.
A hérnia de Amyand foi descrita primeiramente pelo cirurgião francês Claudius Amyand em 1735, quando uma criança de 11 anos foi submetida à apendicectomia devido a fístula estercoral em região inguinal. Hérnia de Amyand é um raro tipo de hérnia onde o apêndice vermiforme encontra-se no conteúdo da hérnia inguinal. O apêndice dentro da hérnia pode estar normal ou com uma apendicite complicada. A incidência desse tipo de hérnia representa cerca de 1% das hérnias inguinais. Foi descrito o caso de um paciente com hérnia inguinal direita, onde se encontrou o apêndice vermiforme no interior do saco herniário e o seu manejo.
Desde o desenvolvimento da técnica do transplante de fígado (TF) e da realização das primeiras cirurgias, os desafios em torno desse procedimento foram os mais variados. Distúrbios como acidose, hiponatremia, hipercalemia e hipocalcemia podem ser observados nos pacientes após TF. Apesar da recorrência, esses distúrbios são escassamente estudados. Objetivo: Analisar quais são as alterações hidroeletrolíticas e acidobásicas mais frequentes no pós-operatório imediato dos pacientes submetidos ao TF, sua prevalência e a relação dessas alterações com outras complicações frequentes nesses pacientes. Método: Este é um estudo retrospectivo transversal, que incluiu 599 pacientes que se submeteram ao transplante de fígado entre 1999 e 2021. A coleta dos dados foi realizada através da análise de prontuários da Unidade de Transplante de Fígado (UTF), do Hospital Universitário Oswaldo do Cruz em Recife (PE). Resultados: A hiponatremia esteve presente em 18% da amostra, hipocalemia em 21%, hipocalcemia em 77%, 40% apresentavam hiperfosfatemia e 69% possuíam hipomagnesemia. A hipoalbuminemia esteve presente em 98% dos pacientes e 69% possuíam hiperlactatemia. A acidose estava presente em mais de 55% da amostra. Conclusão: Os distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásicos são bastante prevalentes nos pacientes em pós-operatório imediato de transplante de fígado. Chamam atenção distúrbios do cálcio, magnésio, albumina, lactato, além da acidose.
Introdução: O pós-operatório imediato do transplante de fígado (TF) é um período instável e que necessita de controle e monitorização do paciente. Alterações hidroeletrolíticas e acidobásicas são apenas uma das várias complicações do pós-operatório imediato de TF, mas chamam muita atenção, e precisam de rápido e correto manejo. Objetivo: Busca-se através desta revisão avaliar as principais alterações acidobásicas e hidroeletrolíticas no pós-operatório imediato dos pacientes transplantados de fígado. Métodos: Trata-se de uma revisão, um estudo qualitativo com pesquisa em bancos de dados do MEDLINE, através do National Center of Biotechnology Information, acessando o site Pubmed. Os critérios de inclusão foram: (1) publicações em língua inglesa, (2) serem artigos originais ou revisão de literatura e (3) estarem em concordância com tema. Resultados: Cerca de mais de 70% dos pacientes, segundo os artigos analisados, apresentam acidose metabólica no pós-operatório imediato do TF, associada à hipercloremia. Os níveis de sódio são os mais alterados com a hiponatremia. Em média, 20% dos pacientes apresentam hipercalemia após transplante de fígado. Hipocalcemia, hipomagnesemia e hipofosfatemia são distúrbios muito frequentes nesses pacientes. Conclusões: Acidose metabólica associada à hipercloremia, hiponatremia, hipocalcemia e hipercalemia são os distúrbios mais comuns no pós-operatório mediato de TF.
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