Introdução: No pós-operatório do transplante de fígado pode haver aumento do volume contido no abdômen, reposição maciça de volume, acúmulo de sangue no espaço intraperitoneal e distensão gastrointestinal; essas condições são pertinentes para o desenvolvimento da Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) e da Síndrome Compartimental Abdominal (SCA). As evidências acerca desse tema estão em desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi fornecer uma visão integrativa da literatura sobre as perspectivas da HIA e SCA no transplante de fígado. Métodos: Foi realizada uma busca sistematizada na MEDLINE (via PubMed), Scielo, LILACS (via BVS) e Cochrane, em 24 de julho de 2019. Os trabalhos foram selecionados conforme critérios de inclusão e exclusão propostos para o objetivo desta revisão e foram divididos em cinco categorias: prevalência, fatores de risco, monitoramento, complicações e manejo. Discussão: A HIA e a SCA são complicações frequentes que podem determinar aumento da morbimortalidade no pós-transplante hepático. Há diversos fatores de risco inerentes ao procedimento para o desenvolvimento dessas condições, devendo, portanto, ser ativamente monitoradas através da PIA medida pelo cateter vesical. A HIA é fator independente para insuficiência renal aguda e pode provocar prejuízo à perfusão hepática. Conclusão: Medidas para o controle e prevenção da HIA e da SCA devem ser tomadas no pós-operatório imediato, incluindo métodos clínicos e cirúrgicos. A manutenção do abdome aberto e a laparotomia descompressiva destacam-se nesse cenário.
The first cases of the COVID-19 disease were identified in late 2019 in China, but it didnt take long for it to become pandemic. At first, it was believed that it was restricted to respiratory symptoms only, until extrapulmonary manifestations were reported worldwide. Acute pancreatitis concomitant with the diagnosis of SARS-CoV-2 infection has been observed in some patients, in the absence of the most common etiologies described in the literature. It is postulated that the presence of the ECA-2 viral receptor in the pancreas is responsible for the direct cellular damage and that the hyperinflammatory state of COVID-19 favors the development of pancreatitis through an immune-mediated mechanism. This study aimed to analyze the correlation between acute pancreatitis and COVID-19 disease as a probable causality factor. An integrative literature review was carried out, including studies published between January 2020 and December 2022 that brought data on patients diagnosed with acute pancreatitis according to the revised Atlanta Classification with a confirmed diagnosis of COVID-19 in the same period. A total of thirty studies were reviewed. Demographic, clinical, laboratory and imaging aspects were analyzed and discussed. It is believed that SARS-CoV-2 was responsible for the development of acute pancreatitis in these patients, due to the absence of other precipitating risk factors, as well as the close temporal relationship between both. Attention should be given to gastrointestinal manifestations in patients affected by COVID-19.
PURPOSE:To explore non-cancerous factors that may be related with medium-term survival (24 months) after liver transplantation (LT) in this data from northeast Brazil. METHODS:A cross-sectional study was carried out in patients who underwent deceased-donor orthotopic LT because hepatocellular carcinoma (HCC) at the University of Pernambuco, Brazil. Non-cancerous factors (i.e.: donor-, receptor-, surgery-and center-related variables) were explored as prognostic factors of medium-term survival using univariate and multivariate approachs. RESULTS:Sixty-one patients were included for analysis. Their three, six, 12 and 24-month overall cumulative survivals were 88.5%, 80.3%, 73.8% and 65.6%, respectively. Our univariate analysis identified red blood cell transfusion (Exp[b]=1.26; p<0.01) and hepatovenous reconstruction technique (84.6% vs. 51.4%, p<0.01; respectively for piggyback and conventional approaches) as significantly related to post-LT survival. The multivariate analysis confirmed the hepato-venous reconstruction technique was an independent prognostic factor. CONCLUSION:The piggyback technique was related to improved medium-term survival of hepatocellular carcinoma patients after liver transplantation in this northeast Brazilian sample.Key words: Organ Transplantation. Liver Neoplasms. Carcinoma, Hepatocellular. Survival Analysis. Prognosis. RESUMO OBJETIVO:Explorar fatores prognósticos não oncológicos para a sobrevivência de médio prazo (24 meses) de portadores de carcinoma hepatocelular tratados com transplante hepático. MÉTODOS: Estudo de corte incluindo pacientes submetidos a transplante ortotópico de fígado (doador-cadáver) pelo Serviço deCirurgia Geral e Transplante Hepático da Universidade de Pernambuco, UPE. Exploraram-se variáveis relacionadas ao doador, receptor, procedimento cirúrgico e serviço transplantador, como potenciais fatores prognósticos para a sobrevivência de médio prazo dos transplantados, aplicando-se análise uni e multivariada. Non-cancerous prognostic factors of hepatocellular carcinoma after liver transplantationActa Cirúrgica Brasileira -Vol. 27 (6) 2012 -397 RESULTADOS: Sessenta e um pacientes foram incluídos para análise. A sobrevivência cumulativa de três, seis, 12 e 24 meses observada foi de 88,5%, 80,3%, 73,8% e 65,6%, respectivamente. Por análise univariada, identificou-se a transfusão de hemácias (Exp[b]=1,26; p<0,01) e técnica cirúrgica empregada (84,6% vs. 51,4%, p<0,01; respectivamente, piggyback vs. convencional) como estatisticamente relacionadas à sobrevivência dos pacientes estudados. Por análise multivariada, confirmou-se a técnica empregada como fator prognóstico independente. CONCLUSÃO:A técnica cirúrgica piggyback se relacionou a melhor sobrevivência de médio prazo de pacientes com carcinoma hepatocelular após transplante de fígado nesta casuística do nordeste Brasileiro.
Purpose: The aim of this study is to analyze a ten-year single center experience in liver transplantation in Pernambuco - Northeastern region of Brazil. Methods: Data were retrospectively collected from medical records of 302 patients who underwent Orthotopic Liver Transplantation (OLT) between 1998 and 2008 at Oswaldo Cruz University Hospital, Pernambuco – Brazil. We analyzed just the outcomes and survival curve of 195 adult liver transplantation recipients from deceased donor. Results: Data concern liver donor, surgery technical aspects and liver transplantation recipients’ postoperative evolution are presented and discussed. This center has a significant experience in liver transplantation using conventional technique with no venovenous bypass. Efficient management of liver transplantation practice has made it feasible to keep the cold ischemia time within 6-7 hours. Because of the organ shortage, we have used a large amount of extended criteria liver donor. The survival 1-year rata was 76.4%. Conclusion: It is possible to provide a high-quality public medical assistance in an efficient and continuous manner in less developed areas of Brazil.
InTRODUÇÃOO primeiro relato de trauma pancreático foi descrito por Travers, em 1827, e desde então séries de artigos vêm sendo publicadas abordando esse tema. A lesão pancreática é pouco freqüente após traumas abdominais fechados ou penetrantes, e tem sido relatada entre 0,2% e 12% dos traumas abdominais fechados graves e entre 5% e 7% dos traumas penetrantes. A maioria das lesões pancreáticas ocorre em homens jovens e está associada com alta incidência de lesões a órgãos adjacentes e estruturas vasculares importantes 5 . Em relação às feridas abdominais, o mecanismo da lesão é dependente do agente da agressão, arma branca ou projétil de arma de fogo. Os objetos contundentes produzem o trauma diretamente no órgão, tendo como porta de entrada o abdômen superior. Quanto aos traumatismos resultantes por projétil de arma de fogo, a lesão pode ser conseqüente ao impacto direto, ou provocada por ondas de choque. Ainda em relação às feridas por arma de fogo, a lesão resultante é dependente do calibre da arma, da ABCDDV/517Fonseca-Neto OCL, Anunciação CEC, Miranda AL. Estudo da morbimortalidade em pacientes com trauma pancreático. ABCD Arq Bras Cir Dig 2007; 20(1):8-11. RESUMO -Racional -A lesão pancreática é pouco freqüente após traumas abdominais fechados ou penetrantes, e tem sido relatada entre 0,2 a 12% dos traumas abdominais fechados graves e em cinco a 7% dos traumas penetrantes. A maioria das lesões pancreáticas ocorre em homens jovens e está associada a alta incidência de lesões a órgãos adjacentes e estruturas vasculares importantes. Objetivo -Avaliar a morbimortalidade dos pacientes com trauma pancreático, o manuseio aplicado a esses pacientes e sua evolução. velocidade do projétil e se o mesmo foi desviado antes de atingir o alvo. Os traumatismos abdominais abertos são responsáveis por dois terços dos traumatismos do pâncreas 3 . Nas contusões abdominais o mecanismo mais comum que produz lesão, resulta da compressão do corpo pancreático contra o corpo vertebral produzindo fratura do órgão, associado à lesão duodenal ou não. Outro mecanismo que pode levar ao trauma pancreático é a desaceleração súbita na região periampular podendo levar à desinserção dos elementos vasculares, do colédoco e da própria cabeça de pâncreas 8 . Dentre as várias classificações existentes para graduar a lesão pancreática, a mais comumente utilizada é a da Associação Americana para a Cirurgia do Trauma (AAST) . Ela freqüentemente é usada porque enfoca tanto a localização anatômica e a extensão da lesão, quanto à condição do ducto pancreático. A graduação adequada utilizando as definições da AAST ajuda a determinar o tratamento a ser realizado de acordo com o grau da lesão 4 . O tratamento do trauma pancreático varia desde estratégias não cirúrgicas até ressecções cirúrgicas amplas ou mesmo controle de danos, dependendo da gravidade e do local da lesão
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.