Neste artigo examinam-se a concepção e a elaboração de uma metodologia para realização de diagnóstico de clima organizacional (DCO) com uma ferramenta quantitativa que considera as especificidades do Poder Judiciário. Para tal identificaram-se em um Tribunal Regional de Justiça sete fatores de clima organizacional e três traços culturais. Nesta pesquisa exploratória os dados foram gerados por meio de pesquisa bibliográfica, documental, observação direta e entrevistas em profundidade que, interpretados qualitativamente, revelaram três traços culturais inter-relacionados: o autoritarismo, a centralização e o pessoalismo mediando três motivos sociais e sete fatores de clima organizacional. Os resultados do projeto-piloto indicaram que os motivos sociais de realização dos serventuários merecem maior atenção dos seus gestores que os de afiliação e de poder. Embora tivesse sido proposta uma ferramenta de análise quantitativa para minimizar a subjetividade no processo de DCO, percebeu-se que esta permeia a percepção dos gestores mediada por seus traços culturais, explicitando indissociabilidade entre objetividade-subjetividade da gestão de pessoas nessa organização. Por fim, apontam-se recomendações para a implantação da ferramenta DCO considerando suas especificidades.
Mesmo sem receber capacitação específica como requisito para gerir, os gestores de instituições federais de educação superior (Ifes) vêm conduzindo sua atividade gerencial. Assim, indagou-se: que competências os gestores desenvolveram no decorrer de sua trajetória gerencial na Ifes? Para este trabalho, realizou-se uma pesquisa qualitativa interpretacionista e hermenêutica, cujos dados, coletados com 19 gestores por entrevista, foram analisados indutivamente, o que permitiu explicitar as competências que os gestores acreditam ter desenvolvido no exercício da atividade gerencial na Ifes: as competências gerenciais, as políticas e também as atitudes. A pesquisa permitiu, ainda, explicitar as capacidades interpessoais e intrapessoais que os gestores entrevistados valorizam em outros gestores da Ifes.Palavras-chave: alta administração pública, competência técnica profissional, administração pública El desarrollo de las competencias gerenciales en la práctica de los gestores en el contexto de una Ifes centenariaAunque no reciban capacitación específica para la gerencia, los gestores de instituciones de educación superior (Ifes) desarrollan actividades gerenciales; así se cuestiona ¿qué competencias los gestores han desarrollado en su trayectoria gerencial en las Ifes? Para este trabajo, fue realizada una investigación cualitativa hermenéutica interpretativa, cuyos datos de campo, recogidos con 19 gestorespor entrevista, fueron analizados inductivamente, lo que permitió elucidar las competencias y las actitudes que los gestores creen haber desarrollado en el ejercicio de la actividad gerencial en Ifes. Entre ellas: las competencias
Na pós-graduação stricto sensu em Administração se formam professores e pesquisadores. Esperamos que os mestrandos desenvolvam sua capacidade de aprendizagem para realizar pesquisas. A procrastinação acadêmica e o choque de aprendizagem dos mestrandos, no entanto, dificultam esse processo. O estudo exploratório aqui apresentado se propôs a examinar a prática de ensino-aprendizagem durante e após o processo de aprender a pesquisar, buscando resposta para a seguinte questão: como mestrandos aprendem, por meio de prática experiencial, a realizar pesquisa qualitativa em administração? Apoiado em referencial teórico que trata de processos de ensino-aprendizagem, reflexão e pesquisa qualitativa, o estudo realizou percurso metodológico inspirado na fenomenologia e na abordagem socioconstrutivista, privilegiando a experiência vivida de professores e alunos. Chegamos à conclusão de que a vivência de pesquisa de campo e a prática de reflexão pública no e sobre o campo: (a) ampliou a consciência dos participantes sobre a sua importância no processo de ensino-aprendizagem; e (b) revelou duas implicações, quais sejam: pode auxiliar docentes de cursos de mestrado em administração na reflexão de suas próprias práticas, e gestores de IES na formulação de políticas para capacitação de docentes e de políticas didático-pedagógicas.
ResumoOs professores gestores dos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro são oriundos de áreas diversas à Administração. A ausência de formação específica orientada para o desempenho das funções da gestão levou ao objetivo desta pesquisa: descrever como o professor gestor de Programa de Pós-Graduação em Instituição Federal de Ensino Superior -IFES aprende e desenvolve suas competências gerenciais, mesmo sem capacitação específica para a gestão. Para alcançá-lo na pesquisa, adotou-se metodologia qualitativa indutiva de análise de dados, nos termos de Thomas, pela qual os resultados emergem dos dados pesquisados. Da análise resultaram formas, fontes e conteúdo da aprendizagem gerencial destes docentes, e o que desejam aprender, que permitiram identificar assuntos para capacitação na gestão. Neste artigo especificamente, que tem por objetivo evidenciar a ausência de formação do docente para a função de gestor, considerou-se a capacitação para o desenvolvimento de competências e consequente desempenho das funções no serviço público federal, assim como a transição do docente para função de gestor. As recomendações finais envolvem processos de aprendizagem na prática da gestão, necessidade de reflexão para desenvolver competências considerando a relação entre contexto social, indivíduo e suas experiências vividas. Mestre em Administração pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Palavras
Este artigo examina a natureza emocional subjacente às relações interpessoais requeridas para o desenvolvimento de arranjos sociais no contexto de estruturas conhecidas como arranjos produtivos locais (APLs). Essas estruturas são definidas como conjuntos multinueleadas formadas por atores, individuais e institucionais, capazes de propiciar trocas horizontais que permitam interações de cooperação. Tais interações associativas são adaptativas e incrementais, favorecem a aprendizagem entre os atores envolvidos e resultam em aumento de inovação e de capacidade coletiva de sobrevivência dos APLs em ambientes competitivos hostis. Os dados de campo subsidiaram a identificação de uma racionalidade funcional (instrumental) predominante. Essa racionalidade é orientadora das ações coletivas competitivas, em detrimento das ações de cooperação e solidariedade requeridas pelo desenvolvimento contínuo e sustentável do APL. A análise dos dados também indicaram que: a) a emocionalidade limitada tem sido desconsiderada pelos atores envolvidos (empresários e representantes do Sebrae) como uma dimensão subjacente às relações interpessoais e à aprendizagem coletiva requerida dos APLs; b) a busca pela atendimento dos interesses individuais prevalece e conduz a uma desconfiança mútua que impede o desenvolvimento pleno e a continuidade dos APLs estudados.
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