ResumoEste artigo é fruto de pesquisa empírica cujo objetivo foi conhecer como mulheres HIV-positivo vivem seu cotidiano após o diagnóstico. Intencionamos assinalar alguns dos aspectos relativos à descoberta de estar soropositivo, bem como de aspectos referentes ao compartilhamento da soropositividade. Realizou-se pesquisa qualitativa, recorrendo a entrevistas semiestruturadas com mulheres usuárias de um Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids. Com base na perspectiva da psicologia social crítica e das produções de autores cujo foco é a história da saúde, procedemos à análise de conteúdo. As categorias de análise elencadas foram: a) descobrindo a soropositividade; b) compartilhar ou não compartilhar; e c) a relação do casal depois do diagnóstico. O estudo confirma o desafio de compartilhar, ou não, a sorologia. Também salienta o preconceito ainda persistente no espaço de trabalho e acentua a importância dos serviços de saúde públicos de referência de HIV/aids no enfrentamento da epidemia. Palavras-chave: psicologia social; promoção da saúde; HIV/Aids; mulheres. Sharing the HIV/AIDS diagnosis: a study with women AbstractThis article derives from an empirical research, whose aim was to understand how HIV-positive women live their daily lives after diagnosis. We intend to signal some of the aspects of becoming aware of being seropositive as well aspects of disclosure. We conducted a qualitative research design using semi-structured interviews with women attending a Center for STD/AIDS Counseling and Testing. Based on the perspective of Critical Social Psychology and on the productions of authors whose focus is on the History of Health, we proceeded with content analysis. The analysis categories listed were: (a) Discovering seropositivity (b) Sharing or not sharing, and (c) The relationship of the couple after the diagnosis. The study confirms the challenge of sharing or not the serology. It also emphasises the persistent bias at the workplace and stresses the importance of STD/AIDS public health services.
O texto procura analisar conflitos e interesses em um dos principais focos de ciência médica no Rio Grande do Sul, a Faculdade de Medicina de Porto Alegre, e os princípios positivistas de liberdade profissional adotados pelos governos gaúchos. Trata do significado e do impacto do surgimento de um campo próprio e exclusivo do saber, a partir do qual os médicos de formação acadêmica gaúchos puderam iniciar uma guerra de trincheiras pela afirmação da ciência em face da fé e da política, enfrentando o positivismo do partido que empolgou o poder no Estado em todo o período inicial da República. Essa perspectiva cresceu em meio a conflitos e com dilemas entre médicos, positivistas e médicos-positivistas, numa conjuntura política diversa da que prevalecia no restante do Brasil.
Este texto analisa a organização da medicina no Rio Grande do Sul nas primeiras décadas do século XX, por meio da atuação dos médicos na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, na Faculdade de Medicina de Porto Alegre e no Sindicato Médico Rio-Grandense. A proposta dos médicos conflitou com a organização política positivista que possuía assento no governo gaúcho até 1928, procurando formas de inserção diversas, visando o fim da liberdade profissional no estado. Sua organização consolidou-se com o regulamento nacional para o exercício da medicina e das profissões correlatas em 1932, embora apresentando problemas para sua execução no Rio Grande do Sul. A efetiva delimitação das atividades ocorreu com a reorganização dos serviços de higiene e saúde pública, através do Regulamento do Departamento Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, de 1938, que determinou minuciosamente todos os encargos da assistência médica social.
Após 1930, vários espaços foram usados pelos homeopatas para divulgação de sua proposta, apesar de o período ser considerado de declínio de sua inserção acadêmica. É o caso das atividades desenvolvidas pela Liga Homeopática do Rio Grande do Sul, fundada em 1941, que publicou uma revista até os anos 1970, fundou três dispensários para atendimento gratuito da população em Porto Alegre e manteve atuante um grupo de homeopatas, inserido na discussão política que procurava difundir e ampliar a prática homeopática. A análise do Boletim de Homeopatia, editado pela Liga, permite considerar as estratégias de inserção dos homeopatas na capital do Rio Grande do Sul.
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