Atualmente, a morte na infância é pouco comum, considerando-se todos os recursos de modernidade que se disponibilizam hoje, quais sejam, cuidado pré-natal, UTI neonatal, dentre outros. Por isso mesmo, quando acometida por essa fatalidade, a família sente estranheza e forte impacto. A perda de um bebê pode produzir uma dor intolerável, uma vez que significa frustração de desejos, fantasias, devaneios e não menos importante, a impotência ante a possibilidade de aplicar sua capacidade de ser mãe/pai. Neste sentido, salienta-se a necessidade de profissionais como o psicólogo, a fim de que possa auxiliar a família a enfrentar o luto parental e a elaboração da perda de um filho. Desta forma, este estudo visou dissertar sobre a importância da intervenção psicológica em situações de luto: perinatal e neonatal. A partir de uma pesquisa qualitativa, de revisão bibliográfica, foi possível identificar que esse tipo de luto contraria o que culturalmente em nossa sociedade se espera sobre o andamento do ciclo de vida. Isso posto, diante do que essas perdas podem provocar nas famílias e até mesmo nas equipes de saúde, faz-se necessária a presença do psicólogo nesse contexto. Consubstancialmente, salienta-se a importância de estudos futuros que possam investir em novas reflexões acerca do luto perinatal, uma vez que as considerações trazidas por eles podem ter implicações na prática do psicólogo no âmbito hospitalar.
Este estudo1 investigou a concepção de adolescentes em situação de rua acerca de suas relações familiares. A dinâmica familiar desse grupo de adolescentes está frequentemente permeada por contextos que envolvem violência, a qual muitas vezes determina a saída dos filhos de casa, buscando novos espaços e possibilidades. A vulnerabilidade no cotidiano familiar e suas tranformações têm-se colocado como um importante aspecto a ser trabalhado na comprensão dos vínculos entre pais e filhos, principalmente na adolescência, momento em que muitos deles passam a vivenciar a rua como alívio diante das tensões experienciadas no contexto familiar. Participaram do estudo adolescentes de ambos os sexos com idades entre 12 e 18 anos, integrantes de duas escolas abertas, com os quais foram realizadas entrevistas e grupos focais examinados por meio da análise de conteúdo. Observou- se a existência de uma vivência de situações violentas nas relações intrafamiliares, as quais constituem uma situação de fragilidade e desamparo conduzindo muitas vezes a saída do adolescente para a rua. Os adolescentes identificaram a mãe como uma pessoa central e importante em suas vidas e o pai aparece como uma pessoa distante, para alguns não conhecido e frequentemente violento. Identificou-se a presença de álcool e drogas no interior da família e a relação entre seu uso e a violência.
ResumoEste artigo é fruto de pesquisa empírica cujo objetivo foi conhecer como mulheres HIV-positivo vivem seu cotidiano após o diagnóstico. Intencionamos assinalar alguns dos aspectos relativos à descoberta de estar soropositivo, bem como de aspectos referentes ao compartilhamento da soropositividade. Realizou-se pesquisa qualitativa, recorrendo a entrevistas semiestruturadas com mulheres usuárias de um Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids. Com base na perspectiva da psicologia social crítica e das produções de autores cujo foco é a história da saúde, procedemos à análise de conteúdo. As categorias de análise elencadas foram: a) descobrindo a soropositividade; b) compartilhar ou não compartilhar; e c) a relação do casal depois do diagnóstico. O estudo confirma o desafio de compartilhar, ou não, a sorologia. Também salienta o preconceito ainda persistente no espaço de trabalho e acentua a importância dos serviços de saúde públicos de referência de HIV/aids no enfrentamento da epidemia. Palavras-chave: psicologia social; promoção da saúde; HIV/Aids; mulheres. Sharing the HIV/AIDS diagnosis: a study with women AbstractThis article derives from an empirical research, whose aim was to understand how HIV-positive women live their daily lives after diagnosis. We intend to signal some of the aspects of becoming aware of being seropositive as well aspects of disclosure. We conducted a qualitative research design using semi-structured interviews with women attending a Center for STD/AIDS Counseling and Testing. Based on the perspective of Critical Social Psychology and on the productions of authors whose focus is on the History of Health, we proceeded with content analysis. The analysis categories listed were: (a) Discovering seropositivity (b) Sharing or not sharing, and (c) The relationship of the couple after the diagnosis. The study confirms the challenge of sharing or not the serology. It also emphasises the persistent bias at the workplace and stresses the importance of STD/AIDS public health services.
Resumo Este artigo visa a analisar ausências e emergências de saberes e práticas psicológicas das ações realizadas diante do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria/RS/Brasil, ocorrido em janeiro de 2013, a partir das narrativas de psicólogos/as voluntários/as. Foram entrevistados/as 13 profissionais de ambos os sexos. A partir da sociologia das ausências e da sociologia das emergências e de autores que trabalham uma perspectiva crítica da Psicologia, foram delimitadas as ausências que emergiram desse trabalho quanto aos aspectos da formação em Psicologia, das técnicas e da relação das intervenções com a cidade e os coletivos. As emergências referiram-se ao fortalecimento das experiências pelo protagonismo local, à criação de práticas singulares e redes colaborativas afetivas na construção coletiva de trabalho. Foi possível colocar o campo de saber em análise e problematizar a formação quanto ao seu compromisso social, implicado com a defesa de uma perspectiva integral dos sujeitos e articulada com diferentes saberes.
Este estudo1 investigou a concepção de adolescentes em situação de rua acerca de suas relações familiares. A dinâmica familiar desse grupo de adolescentes está frequentemente permeada por contextos que envolvem violência, a qual muitas vezes determina a saída dos filhos de casa, buscando novos espaços e possibilidades. A vulnerabilidade no cotidiano familiar e suas tranformações têm-se colocado como um importante aspecto a ser trabalhado na comprensão dos vínculos entre pais e filhos, principalmente na adolescência, momento em que muitos deles passam a vivenciar a rua como alívio diante das tensões experienciadas no contexto familiar. Participaram do estudo adolescentes de ambos os sexos com idades entre 12 e 18 anos, integrantes de duas escolas abertas, com os quais foram realizadas entrevistas e grupos focais examinados por meio da análise de conteúdo. Observou- se a existência de uma vivência de situações violentas nas relações intrafamiliares, as quais constituem uma situação de fragilidade e desamparo conduzindo muitas vezes a saída do adolescente para a rua. Os adolescentes identificaram a mãe como uma pessoa central e importante em suas vidas e o pai aparece como uma pessoa distante, para alguns não conhecido e frequentemente violento. Identificou-se a presença de álcool e drogas no interior da família e a relação entre seu uso e a violência.
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