Este texto resulta de uma pesquisa sobre a "Educação do Corpo" em contextos interculturais. A pesquisa parte da formação de professores indígenas em Mato Grosso, sustenta-se nos referenciais da Antropologia, da História e da Educação e, numa perspectiva etnográfica, enfoca as práticas corporais cotidianas. Nestas práticas, explicita os múltiplos sentidos e significações da "fabricação da pessoa" no ritual de nominação, na dança e no futebol. A dança é apresentada aqui, como processo polissêmico, no qual as identidades se confrontam num "jogo" que se estabelece nas fronteiras do "nós" e do "eles", criando novas possibilidades de interação e de educação. PALAVRAS-CHAVE: corporalidade -educação -dança -bororo -intercultura
Pesquisamos as culturas populares em interface com a educação escolar para compreender as relações de poder instituída nas práticas educativas que impedem uma práxis voltada ao reconhecimento da diversidade étnico-cultural. Delimitamos experiências exitosas em dois municípios cuja constituição populacional resulta de conflitantes processos de colonização em Mato Grosso. Pautados em pesquisas anteriores nas quais identificamos as outras dinâmicas de poder entre gerações que alimentam a vida coletiva com uma educação marcada no corpo que se sabe, que reza, dança, come e brinca nas festas de santo. Concluímos que o professor não consegue transpor as barreiras do sistema escolar diante de uma realidade inacabada, complexa e dialética, sem uma formação pautada na compreensão da realidade social diversificada e do aprender coletivo.
O objetivo deste estudo foi compreender o ensino da cultura e das danças regionais em um projeto pedagógico de uma professora de educação física. Para isto, foi realizado um estudo de caso com uma professora experiente, que atua em uma escola municipal de Cuiabá-MT, Brasil. Os instrumentos e procedimentos de coleta de dados foram um formulário, uma entrevista semi-dirigida e consulta de documentos (memorial, relatório do projeto, fotos). As danças presentes neste projeto pedagógico foram: siriri, cururu, rasqueado, chorado e dança dos mascarados. Além disto, ela utiliza várias estratégias pedagógicas, trabalha de forma interdisciplinar e vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola e sua prática baseia-se na pedagogia crítico-superadora e no multiculturalismo.
Este trabalho versa sobre a importância do lúdico no processo ensino aprendizagem no Ensino Fundamental I (EFI) e como aportes teóricos foram considerados os autores: Tessaro (2007) que discute a importância do uso de jogos em sala de aula e Vygotsky (2008) que debate o desenvolvimento psíquico da criança. As técnicas e instrumentos foram aplicados aos docentes das turmas do terceiro ano do EFI, sendo realizado um questionário contendo dez questões semiestruturadas realizadas a três (03) professores e dez (10) alunos do Centro Educacional Infantil e Fundamental “Margarida Bruno de Avelar”, escola particular da cidade de Belém do Pará. Também, utilizou-se de uma ficha guia para observação contendo seis itens a serem observados. Logo após a coleta de dados procedeu-se a etapa de analise e tabulação dos resultados obtidos, na qual revela-se que a prática da ludicidade ainda é algo limitado no contexto escolar, por isso que as brincadeiras e os jogos no processo pedagógico podem ser inseridos no currículo escolar (conteúdos de disciplinas) favorecendo o processo de ensino aprendizagem e tornando o sujeito mais consciente de seu papel na sociedade.
No presente estudo procurou-se analisar a relação entre o esporte e a educação do corpo indígena no contexto dos Jogos dos Povos Indígenas. O objetivo foi o de entender o significado do evento em relação ao sentido de educação do corpo indígena. Para tanto, realizou-se uma investigação com base nos pressupostos metodológicos das Ciências Sociais, combinando-se consulta a documentos com a o trabalho de campo, que ocorreu durante a IX edição dos Jogos dos Povos Indígenas. Nesse ínterim, a reflexão e a interpretação mostraram que o evento adquire conotação de espetáculo e que práticas corporais tradicionais assumem características do esporte de alto rendimento, podendo contribuir para o surgimento de outro habitus e modificar a relação dos indígenas com o uso de seu corpo.
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