PALAVRAS-CHAVE-Educação médica.-Aprendizagem baseada em problemas.-Simulação de pacientes.-Competência clínica. RESUMO Este trabalho relata a experiência, construída ao longo de dois anos ABSTRACT This article reports on a two-year experience with Professional Practice Simulations (PPS) as a tea-
Introdução: A prática do Acolhimento que vem sendo proposta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não se estabeleceu adequadamente na rotina da maioria dos serviços. Portanto, conhecer algumas experiências com a mesma pode ser útil ao processo de sua implantação. Objetivo: Descrever a demanda, as necessidades assistenciais, a morbidade e os encaminhamentos dados aos usuários do Serviço de Acolhimento da Unidade de Saúde da Família de Água Vermelha, do município de São Carlos, SP. Casuística e métodos: A partir de um delineamento descritivo, populacional, transversal e institucional, foram aplicados 305 questionários estruturados, no período de novembro de 2009 a janeiro de 2010, os quais foram informatizados e processados pelo software Epi-info 2000, versão 3.5.1. Resultados: Encontrou-se que a maior parte dos Acolhimentos atendeu pessoas do sexo feminino em faixa etária adulta jovem e de baixa inserção socioeconômica, com demanda predominantemente biológica de baixa complexidade. Esses Acolhimentos foram realizados principalmente por pessoal de enfermagem, porém por meio de uma ação cuja resolubilidade foi muito dependente do médico da equipe. Não obstante, 96% das demandas foram resolvidas dentro da própria Unidade de Saúde. Conclusões: O acolhimento é um dispositivo que está sendo proposto para impulsionar o redirecionamento da assistência em saúde por um modelo de cuidado ampliado, integral, resolutivo e multiprofissional, mas é preciso qualificar o modo como vem sendo aplicado na prática para que contribua com esse redirecionamento. Em outras palavras, reduzir o Acolhimento a uma triagem não favorece suficientemente a melhoria assistencial, conforme se espera desse dispositivo.
A Estratégia Saúde da Família é responsável por reorganizar o Sistema Único de Saúde brasileiro por meio da Atenção Primária. O aumento substancial de programas e vagas para residência em Medicina de Família e Comunidade, ocorrido desde 2002, é uma das estratégias para suprir o crescente mercado de trabalho correspondente. Entretanto, menos da metade dessas vagas são ocupadas. A literatura brasileira apresenta poucas evidências sobre o motivo desta baixa procura.Alguns países que optaram pelo fortalecimento da Atenção Primária em seu sistema de saúde também experimentam uma crise aparente na escolha desta carreira pelos egressos médicos. Neste ensaio, revisamos algumas questões envolvidas nesta escolha, apontando sua complexidade e a necessidade de investigações sistematizadas sobre as motivações dos alunos de graduação em optarem ou não por esta especialidade médica, particularmente no Brasil. A B S T R A C TThe Family Health Strategy is responsible for supporting the reorganization of Brazil's Unified National Health System (SUS) through primary care. A substantial increase in available residency positions in family and community medicine is one of the main strategies for supplying the growing professional demand related to this health policy. However, few medical students have chosen the family health career in recent years, and more than half of the vacancies remain unoccupied. The Brazilian literature shows little evidence to explain this fact. Some countries with a strong background in primary health care have also experienced a crisis in the primary care career choice. The current article discusses several arguments involved in this issue, emphasizing its complexity and the need for more scientific data concerning undergraduate students' motivations in choosing this medical specialty as compared to others, particularly in Brazil.
O privilégio do mercado e da tecnologia para consumo que caracterizou o modelo de desenvolvimento social e econômico do século XX desumanizou uma série de práticas. Entre elas, a do cuidado à saúde. A ideia, agora, é redirecionar o progresso tecnológico e científico à pessoa como forma de garantir que tal desenvolvimento gere bem-estar e sirva à vida. Nessa direção, têm surgido propostas alternativas às vigentes para a abordagem de necessidades individuais de saúde. Uma delas sugere que as histórias clínicas destinadas à identificação dessas necessidades tenham como foco o sujeito em sua existência, de modo a compreender e abordar o adoecimento como um fenômeno existencial; uma visão muito além da doença como um evento. Objetivando contribuir para a humanização do cuidado à saúde das pessoas, este texto reflete sobre a questão posta acima e sugere uma sistemática para a construção de histórias clínicas centradas no sujeito, como alternativa à anamnese tradicional, em contribuição ao método clínico centrado na pessoa.
Background Antenatal care is an important tool to prevent complications and decrease the incidence of maternal and antenatal morbidity and mortality. In Brazil, quality, access, and coverage of antenatal care are described as insufficient. Consequently, high rates of caesarean section, congenital morbidities such as syphilis, maternal and early neonatal mortality occur, as well as obstetric violence and dissatisfaction with healthcare. It is important to reflect on health disparities in antenatal care. This study aimed to carry out a critical analysis of antenatal care in one city of São Paulo state in Brazil. Methods A case study was performed, structured in a descriptive cross-sectional epidemiological study and two qualitative studies. Data for the epidemiological study was obtained from the Informatics Department of the Unified Health System (DATASUS) of Brazil, which was processed in the Epi-info v software 7.2. and treated descriptively and by the Mantel–Haenszel or Fisher's exact tests. Qualitative data was collected through semi-structured interviews with 30 pregnant women and 8 nurses in the primary healthcare service of one city in São Paulo. The qualitative data analysis was based on thematic content analysis. Results The data revealed a limited quality of antenatal care. More than six antenatal visits increased the probability of a caesarean section by 47% and babies born vaginally had a lower Apgar score. There was little participation of nurses in antenatal care and women described it as “a quick medical appointment”, limited by protocols, based on procedures and insufficient in dialogue. Antenatal care appeared to be fragmented and permeated by challenges that involve the need for change in management, performance, and ongoing training of professionals, as well as in the guarantee of women’s rights. Conclusions Caesarean section was statistically related to the number of antenatal care visits. Interactions between professionals and pregnant women were poor and resulted in dissatisfaction. There is an urgent need to connect health indicators with the findings from professionals and women’s experiences to improve the quality of antenatal care.
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