Este artigo teve o objetivo de discutir a temática da violência contra a mulher nas festas universitárias, a partir das ações de um projeto de extensão. Participaram acadêmicas de uma universidade estadual e outros participantes de festas universitárias. A perspectiva teórico-metodológica sustentou-se na articulação entre as perspectivas dos Direitos Humanos, da Redução de Danos e dos Estudos de Gênero. A metodologia organizou-se em capacitação da equipe; divulgação do projeto; realização de grupos com estudantes que frequentam as festas; intervenções em festas universitárias. Os resultados apontam para sensibilização dos atores da comunidade acadêmica no que se refere ao comprometimento ético-político em relação à temática da violência contra mulher nas festas universitárias, bem como reflexão das acadêmicas sobre a questão dos direitos e da autonomia do corpo da mulher na universidade, além da criação de estratégias coletivas de prevenção.
Nesta nota técnica, apresentamos algumas ações desenvolvidas pela equipe do Projeto de Extensão Núcleo Maria da Penha-NUMAPE (UNICENTRO/Irati) no que diz respeito ao enfrentamento da violência doméstica. A partir de relato de experiência de ações desenvolvidas por equipe interdisciplinar composta pelas áreas do Direito e Psicologia, narramos os deslocamentos produzidos pela pandemia do COVID-19 que colocaram alguns desafios para a equipe do projeto: necessidade de realização de atendimentos remotos, foco na prevenção e auxílio para situações de caráter emergencial, tais como encaminhamento para rede de proteção e para recebimento do auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal. Entre os resultados , destacamos a contradição entre o possível aumento da violência doméstica em situação de distanciamento social e, por outro lado, a dificuldade de ações de enfrentamento, tais como denúncias e processo de desvinculação dos agressores.
Resumo O presente trabalho pretende apresentar as ações desenvolvidas pelo projeto de extensão Núcleo Maria da Penha-NUMAPE, da Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Irati-PR. Trata-se de um projeto que se propõe a realizar atendimento psicológico e acompanhamento de mulheres com vistas ao enfrentamento das situações de violência. As ações têm se pautado em um eixo preventivo, com proposições de campanhas, palestras e formações sobre a temática; e em um eixo curativo, por meio do atendimento de mulheres que já passaram por situações de violência. O trabalho aponta alcances e limitações de um projeto que se coloca na relação com os desafios da tentativa de implementação de uma Rede de Enfrentamento à violência contra a mulher em um município de pequeno porte da região centro-sul do Paraná.
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