No presente artigo buscou-se revisitar os principais paradigmas que compõem o percurso evolutivo das escolas penais para investigar a correlação e poder de influência das ideologias penais no desenvolvimento dos métodos e técnicas de pesquisa jurídica do fenômeno criminal. Nessa linha, o objetivo principal deste trabalho foi compreender a relação entre a ideologia penal dominante e sua influência no desenvolvimento da epistemologia e da metodologia aplicada à pesquisa no Direito Criminal. Firme nesse propósito, pretendeu-se lançar um olhar realista, compreensivo e crítico sobre esse fenômeno. Para tanto, optou-se por uma pesquisa sociojurídico-crítica, conduzida pelo método descritivo, de cunho qualitativo, com criteriosa revisão bibliográfica. Como resultado, é possível concluir que existem evidências sólidas de que a ideologia dominante de cada época é determinante para o desenvolvimento epistemológico, de métodos e técnicas orientados a cumprir os objetos da pesquisa e do referencial teórico escolhido, contradizendo fortemente os mitos do cientificismo e da neutralidade científica.
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