O artigo tem um duplo objetivo. Primeiro, estabelecer uma discussão acerca das abordagens que tratam da distribuição espacial da criminalidade. Quais as implicações teóricas da utilização de dados espaciais para o estudo da criminalidade? Segundo o autor, ao deslocar a atenção para os locais de incidência de crimes, ao invés das características dos criminosos, é possível uma análise dos componentes racionais e utilitaristas de determinados tipos de delitos. O outro objetivo do artigo é fazer uma análise, a partir das premissas teóricas estabelecidas anteriormente, da incidência da criminalidade nos 756 municípios de Minas Gerais durante o ano de 1991. Para tal, são utilizados índices corrigidos através dos estimadores empíricos de Bayes para todos os municípios, correlacionados com indicadores socioeconômicos.
Introduçãotransição democrática brasileira encontra incômoda companhia no crescimento das taxas de criminalidade violenta nas áreas metropolitanas brasileiras desde os anos 1970 (Coelho, 1988) alterando substancialmente o diagnóstico e as terapias recomendadas de resolução de problema central da construção da ordem democrática -o controle coercitivo, pela autoridade pública, de comportamentos individuais e coletivos desviantes em relação às regras legais. Apenas recentemente a sociedade brasileira se apercebeu das articulações positivas entre polícia e cidadania. A longa tradição (e experiência) de uma polícia de gente, dócil em relação aos privilégios de classe e status em sua atividade rotineira de imposição da ordem, e de uma a polícia de moleque, nunca hesitante em usar o chicote no trabalho de domesticação das rebeldias individuais e coletivas das classes baixas traduziu o problema do controle social coercitivo nos termos de alguma redução do poder da polícia no Brasil, como condição de construção da democracia no plano das interações sociais rotineiras e cotidianas (Paixão, 1988). A violência instrumental da polícia de moleque afetava a garantia dos RESUMO: Com base nos dados de vitimização levantados pela PNAD 88, os autores analisam as relações entre polícia e sociedade, através de discussão dos motivos que levam as pessoas a procurarem ou não a polícia. Em contraposição a uma explicação de natureza "culturalista", é sugerida a hipótese de que existem motivações racionais para se acionar a polícia para a resolução de conflitos. UNITERMOS:criminalidade, violência, vitimização, polícia, polícia/sociedade, motivações, resolução de conflitos. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO PO-LICIAL NO ESTADO CONTEMPORÂNEOProfessores do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG
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