A criança durante muito tempo foi considerada sujeito à margem da sociedade. Desde 1990, no Brasil, as crianças são resguardas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Este artigo tem por objetivo analisar uma campanha publicitária veiculada em jornais gaúchos no enfrentamento à exploração sexual de crianças. Como método é utilizado a revisão de literatura e como aparato teórico-metodológico a análise de discurso de linha francesa. Percebe-se a partir do movimento analítico da peça que a criança é tida como sujeito em situação de vulnerabilidade. Que a sociedade deve zelar pela sua qualidade de vida, bem como de seus direitos fundamentais.
Entrevista com Quintino de OliveiraProfessor, fale sobre a sua história de vida e a relação com o rádio e a comunicação social. Eu estava no ginásio. Tinha aproximadamente doze, treze anos e morava em Tupanciretã. Um cidadão que era secretário do ginásio, criou um serviço de alto falantes e como eu era muito conhecido no colégio, por dizer poesias e por participar de festivais, ele me convidou para fazer um teste no alto-falante. Ele gostou da minha voz e logo eu comecei a trabalhar no serviço de alto-falantes. Mas este fato, já era a conseqüência de uma paixão antiga. Desde menino, eu me interessava muito pelos assuntos de rádio, embora nem tivesse rádio em minha casa. Isso é curioso, minha família não tinha rádio em casa e, mesmo assim, desenvolvi uma tremenda paixão por rádio que eu ouvia, eventualmente, na casa de outras pessoas. Durante a Segunda Guerra Mundial, que é um dos fatos mais remotos que recordo, e que mostra a força social do rádio, havia rotineiramente o momento em que o correspondente do Repórter Esso informava as notícias da guerra. No dia em que a Guerra acabou, em 1945, eu recordo que entrava a trilha característica da abertura do programa, e toda a vizinhança, quem estava na horta plantando, as donas de casa cuidando de seus afazeres..., soltaram seus aventais e seus guardanapos, saíram correndo e foram até uma das casas da nossa vila que tinha rádio. Naquele momento, todos ouviram a notícia que a guerra havia terminado e foi o testemunho de um dos fatos mais emocionantes da minha vida; até hoje me emociona (pausa na fala). Aliás, com o passar do tempo vamos envelhecendo e as emoções tornam-se mais afloradas. Bom, tudo isso é para dizer que eu nutria uma paixão quase que inexplicável pelo rádio e pelo que ele representava. Em 1958, fui levado a iniciar o trabalho em rádio profissionalmente, aqui em Santa Maria, na Rádio Santamariense. A partir daí, tudo que se referia ao rádio eu não só queria estudar como queria fazer, na prática. Na época, e durante todo meu percurso como jornalista de rádio, eu só não transmitia futebol, porque eu não gostava, como,
Resumo:O foco deste estudo é a problemática da análise de imagens e o objetivo é traçar um percurso teórico-analítico que fundamente trabalhos dessa natureza, na perspectiva da AD franco-brasileira. Exploramos as noções de ideologia; visível e invisível; e forma material, que sustentam os dois ensaios analíticos realizados. Nossa reflexão aponta para um trajeto ideológico de leitura de imagens baseado no vínculo entre prática de sentidos e modos de produção/circulação de objetos simbólicos. Palavras-chave: discurso; imagem; memória; ideologia; circulação. Abstract:The focus of this study is the issue of the analysis of images. We aim to outline a theoretical and analytical framework that grounds works of this nature in the perspective of French Discourse Analysis developed in Brazil. We have explored the notions of ideology; visible and invisible; and material form, all which support both the essays we wrote. Our reflection points to an ideological route of reading images based on the link between practice of sense and ways of production/circulation of symbolic objects.
Diminuídas, desvalorizadas, agredidas, assassinadas. De um contínuo de violências, chega-se ao feminicídio, a morte de mulheres por condição de gênero, instituído como Decreto-lei em março de 2015. Pudemos perceber que o jornalismo brasileiro é reconhecido pelo papel de ser veículo de informação para a população, mas vai além, contribui para a manutenção/circulação de sentidos sobre as formações imaginárias em torno da posição-sujeito mulher em nosso social, dentre eles o imaginário de culpabilização da mulher. Contudo, convém observarmos em que lugares de comunicação este ato se torna visível? Através da Análise de Discurso de linha francesa, procuramos visibilizar como o crime é significado em nossa formação social, lendo em notícias nos meios de comunicação digital o que se diz e o como se diz sobre essas mortes. Objetiva-se depreender as condições de produção que regem as formações discursivas em torno de uma prática significada como espontânea no cotidiano nacional.
O Brasil, um país que tem sua história marcada por embates na/pela terra, agora recebe holofotes midiáticos pelo sucesso do agronegócio. Na tentativa de visibilizar esse sucesso, grandes emissoras produzem materialidades que põem em circulação o “tudo” que é o agronegócio, sendo uma dessas a Rede Globo de Televisão. Por isso, tomando como nosso corpus a propaganda “Agro, a indústria-riqueza do Brasil. Agricultura familiar é Agro”, buscamos analisar como se dá a (re)produção de sentidos acerca da agricultura familiar no discurso da/na mídia e compreender como é projetada, pela propaganda, a relação de sentidos entre agronegócio e agricultura familiar. Para tanto, filiamo-nos à Análise de Discurso materialista (doravante AD), fundada por Michel Pêcheux, que toma o discurso pela sua opacidade e sua heterogeneidade, a partir de determinadas condições de produção. A partir dessa perspectiva teórico-metodológica, veremos como o discurso da/na mídia tem um efeito de completude e de totalidade, buscando apagar determinados sentidos em detrimento de outros e, consequentemente, deslocando o que seria agricultura familiar a favor de um efeito de unidade no cenário agrário brasileiro. Assim, nosso estudo centra-se nos embates agrários, que atravessam não só nosso território, mas, sobretudo, nossa língua.
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